Michael França > As ilhas sociais do país alimentam a indiferença Voltar
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Quando eu era criança, pensava que era simples inveja dos garotos mais ricos que eu. Hoje, mais instruÃdo pela crÃtica social, sei que uma criança vivendo numa casa com piscina é uma violência, uma bofetada na cara daquelas que vivem em apartamentos, onde só há um chuveiro.
Seguir atitude boas dos outros, só se for em silêncio e não dar ouvido para as atitudes de gente mal. Os maus não quer o bem de ninguém, a não ser o seu! Quem teve a sorte de nascer numa famÃlia de pai e mãe bem instruÃdo, larga na frente no quesito esperteza. Eu não tive esta sorte...
Que visão pessimista. Fale por voce.
Toda experiência atual precisa ser - ao menos potencialmente - instagramável. Só é bom o que pega bem na foto. E o que pega bem na foto é o que é luxo ou exibição fÃsica, é uma rede fortemente voltada para o âmbito sexual, para a paquera e para demonstrações de poder e beleza. A maior loucura é que também é, talvez, a rede social mais utilizada. Então, estamos sendo socializados em uma lógica na qual toda experiência deve ser uma forma de dominância: a vivência se transforma em performance.
Já é tempo de as mÃdias fazerem uma campanha contra o materialismo e contra a vida acelerada. Isso seria um grande ato humanitário e de grande serviço à nossa saúde. Infelizmente o dinheiro fala mais alto.
Podemos melhorar nossa Ãndole e controlar nossos instintos agressivos. Usar a empatia para diminuir o risco da autodestruição. Podemos sair de nossas esferas, e optar pela cooperação com os outros. Há muita desigualdade em nosso paÃs. O que você tem feito para diminuÃ-la?
Infelizmente, talvez eu tenha feito pouco ou nada, para diminuir a desigualdade no meu paÃs. No Brasil, vemos muitos chupins esperando o tico-tico fazer o ninho, para depois por seus ovos e, se alimentando dos ovos do tico-tico e, de seu sacrifÃcio...
Não acho que a empatia ficou esquecida, pois o potencial de demonstrá-la sempre está disponÃvel. Mas as pessoas evitam sentir seja de maneira inconsciente ou consciente, fazendo então uso da indiferença. Sentir faria com que elas deixassem de olhar para o próprio umbigo, também poderia ser doloroso e ainda assim demandaria alguma parcela de tempo de suas agendas sobrecarregadas. Logo, como um mecanismo de autoproteção mostram-se indiferentes.
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