Opinião > A universidade invisível Voltar
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No meu estado o Piauà os professores do interior não eram formados ou tinha muito poucos formados , então o governador teve o projeto da UESPI ( universidade estadual do Piauà ) em regime especial o curso funcionava nos colégios de ensino médio na maioria das vezes .E eram aulas o dia todo das 8 da manhã as 5 da tarde e as aulas funcionavam nos meses de janeiro e fevereiro e um mês no meio do ano e eram cursos somente de licenciatura . E formou muita gente . E os cursos eram de graça .
A educação Básica no Brasil precisa melhorar para que o futuro universitário seja um bom estudante .
Há anos venho criticando o fato de que, mesmo com a expansão do ensino superior no Brasil, grandes resultados não são observados. Fala-se em democratização do ensino, mas o progresso não se mostra evidente. Assim, a construção de "elefantes brancos" pelo paÃs resulta apenas em diplomados sem relevância social, cultural e intelectual.
Fiz um comentário questionando se o problema em questão está realmente na Universidade, o comentário foi retido! Clara censura ideológica !
Será que o problema está apenas nas Universidades? O desencanto de milhares e a multiplicação de evadidos não tem relação muito mais com a precarização do trabalho? O próprio desenvolvimento tecnológico e a frenética.busca de reduzir custos substituindo o trabalho humano pelas máquinas não será mais relevante para se entender que a crise é sistêmica? Não será o próprio Modo de Produção que precisa ser superado? São muitas questões que não cabem em explicações e modelos restritos !
O pais gastou muito atraves do Fies para financiar educação superior para muitos que provavelmente nao concluiram o curso ou nao acharam colocação profissional na area estudada. Lembrando que o Brasil é o pais com o maior numero de faculdades de direito do mundo e talvez o que tem o maior numero de bachareis em direito do planeta. Somos o maior cartório aberto do planeta.
O que se viu nesse pais nos ultimos anos - mais precisamente nos ultimos quinze - foi uma politica insustentável e irresponsavel de ampliação do numero de universidade e faculdades sem a contrapartida da necessária formação basica dos frequentadores dessas instituições. Muitos adentraram com ajuda do Fies para formação superior sem o devido preparo educacional na fase fundamental. Muitos empresarios da educação naturalmente não se importaram com isso. O importante era a mensalidade em dia.
Eu não concordo com esse utilitarismo pujante. O ponto central me parece o desenvolvimento da capacidade reflexiva e crÃtica, para que os formandos não se tornem exclusivamente instrumentais. Mas reconheço que saber desincumbir-se das tarefas básicas pertencentes a um determinado domÃnio é fundamento para o profissional.
"78,6% dos trabalhadores com diploma de graduação só encontraram trabalho em áreas em que a formação acadêmica não seria necessária." Não é só aqui. Já li um livro de um educador americano sobre o tema. A explosão do ensino superior após a segunda guerra permite às empresas filtrar os candidatos, exigindo diploma. Aà temos engenheiros chefes de departamentos, onde sua atividade é gerenciar pessoas, conhecer legislação trabalhista, e saber português e as 4 operações.
Se o número de vagas cresce muito além do nescessário, a consequência previsÃvel e inescapavel eh o aumento do desemprego entre aqueles com diploma de curso superior.
O Estado não tem a competência mÃnima de prover uma educação de base de qualidade, por qual motivo teria competência em avaliar a universidade? Deveria sim haver diversidade dessas avalições, inclusive por entidades da iniciativa privada, dos próprios estudantes e até de entidades internacionais.
Bingo, seu Luiz Roberto: tanto a avaliação governamental quanto o próprio processo cientométrico de avaliação são, em medidas variadas, equivocados. Enquanto fiz ciência, era um tal de "publish or perish" disgramado; a quem tem interesse em fazer boa ciência, vá lá, dá para tocar, embora acabe-se perdendo tempo. Se sujeito não tá muito aà com a coisa, é uma excelente forma de mascarar trabalhos irrelevantes, menos bem cuidados ou mal feitos. E o barco navega, achando-se ou não um Porto que prest
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