Djamila Ribeiro > Os homens que não rompem com a lógica machista Voltar
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Cirúrgica, maravilhoso texto e reflexão!
Lucidez! Parabéns!
A articulista faz questão de deixar nÃtido que escreve no lugar de mulher que já foi próxima do anterior titular dos Direitos Humanos e, inclusive, publicou um livro dele. Há várias denúncias de assédio contra o ex-ministro. A de Anielle Franco, chefe da pasta da Igualdade Racial, é só a mais alardeada, por motivos óbvios. Assim, fica inevitável uma pergunta: como efetivamente Djamila Ribeiro convivia com Silvio Almeida e qual o real grau de conhecimento dela sobre o comportamento desse cidadão?
Maravilhoso artigo, parabéns Djamila
As mulheres querem apenas algo básico, trivial, até porque elas já nasceram com ele. Querem se apropriar do próprio corpo, ser dona e senhora desse corpo. Fazer com ele o que bem entender. Um território demarcado, onde o outro não possa entrar sem o devido consentimento. Penso que é algo fácil de entender, com um pouco de esforço e boa vontade todos compreenderão.
Misoginia
Daniel, a quantas anda sua misógina?
As mulheres querem apenas algo básico, trivial. Kkkkk...
Uma dúvida que eu tenho nesses casos é sobre a violência ou o abuso de uma posição de poder. É o caso daquele produtor de Holywood por exemplo. Não sei se houve isso no caso do ex-ministro. Certamente não em relação à colega de ministério, que não era sua subordinada. Não digo que ele não deveria ser afastado, mas seria por uma espécie de falta de decoro, não uma conduta criminosa.
Bom, uma coisa é certa, vários homens brancos, ricos, inclusive dezóiuazuis e com mestrado e doutorado já foram até para a cadeia por estupro e todo o resto. Tinham à disposição as melhores bancas de advogados, alguns tinham até fãs pelos seus feitos, noves fora, a besteira que fizeram. Com Silvio é a mesma coisa. É apenas um homem a mais a fazer o que não devia, a sua luta por igualdade não será prejudicada, minha cara.
Trata-se de desconstruir, por uma questão moral, ética, humana e civilizatória, o patriarcado, o machismo, a misoginia, o racismo, o preconceito, a violência.
Uma questão essencial, a perda. Não admitem perder os privilégios, os direitos adquiridos, as compensações. Que a perda fique com o sexo oposto! Trata-se de uma potência instantânea, fugaz, que logo se torna frágil, encolhida, murcha.
Toda essa questão mexe conosco, pessoas que lutam para uma mudança significativa, mas não podemos nos perder nessa luta. Caso contrário, os fantasmas tomam conta.
*partem para o ataque.
É mesmo? Que conclusão rasteira, rasa , babaca. Tipo dos que não possuem argumentos e parem para o ataque.
E a homofobia, Anete!
Como já dizia o imperador estóico Marco Aurélio, cada ser humano é um universo. CaracterÃsticas como gênero, raça ou sexualidade são parte Ãnfima do que compõe a personalidade. Dito isso, frases como todo homem negro, todo homem branco, toda mulher negra, toda mulher, partem do equÃvoco de desconsiderar a realidade e complexidade do indivÃduo como pessoa singular.
Os homens sempre serão os culpados por tudo. IncrÃvel.
São culpados por quase tudo. Já que o assédio, o estupro, a importunação, o ato abusivo, o feminicÃdio, a violência, quase sempre é de autoria dos machos.
Só não descarta a culpa quem é decididamente católico, infelizmente.
Trata-se de algo que não deve ser descartado, mas pensado, refletido, trabalhado.
Por quase tudo.
Penso que somos vÃtimas de um sistema, porém já dispomos de informações para rever e reverter essa situação machista/patriarcal/misógina/homofóbia. Agora, aqueles que, mesmo com acesso a esse conhecimento, insistirem devem, sim, ser responsabilizados. A culpa deve ser jogada no lixo, pois não serve para nada. A palavra é 'responsabilidade'.
Ótima pontuação! Se temos a verdadeira intenção de ponderar sobre o tema, não podemos deixar de considerar a questão de interseccionalidade. Ou seja, a pessoa, infelizmente, será julgada pelo que nela estiver contido. E a via da interseccionalidade é de mão dupla. Temos dois exemplos que podem nos ajudar: o caso da CEF e esse mais recente. Ambos devem ser veementemente repudiados e combatidos.
Cabe à mulher romper com essa lógica machista. Não serão os homens, com seus incontáveis privilégios, que irão abandonar esse lugar, dando passagem às mulheres. As lutas femininas, através dos tempos, sempre foram nossas, muitas foram queimadas vivas, presas, encarceradas em hospitais psiquiátricos, assassinadas. Não vai ser agora que ficaremos aguardando uma mudança de mentalidade do sexo oposto, ainda mais temos inúmeras mulheres que os apoiam ou se encontram nessa mesma posição machista.
Bem vinda ao mundo real. Você é muito mais útil a todas as mulheres e principalmente às mulheres negras, quando escreve do chão das senzalas desse imenso Brasil, colonial, racista, patriarcal e misógino. Me lembrei aqui de S. Freud e seu, O futuro de uma ilusão.
Foi difÃcil digerir a notÃcia de assédio sexual praticado por Silvio de Almeida, mas ao escutar as manifestações que deu em sua defesa, utilizando um canal oficial, dizendo ser um homem casado, que ama mulher e filha, isso me enojou. Ele caiu na mesma vala dos que utilizam o fato de ser casado e pai de famÃlia como escudo, que os colocam acima de qualquer suspeita.
Uma lógica machista que terá que ser rompida no dia-dia de cada uma, seja na criação dos filhos, seja na postura frente ao ao sexo oposto. Em vez de considerar o casamento como um destino seguro e garantidor, dar atenção e valor ao estudo, à carreira profissional, à independência. Ao conquistar a autonomia, a mulher poderá se impor, dizer não e se priorizar.
reflexão...decepção Silvo, todos temos uma fraqueza, o meu ser um sapatão...adoro mulher!
Uma fraqueza diante da filha, da irmã, da prima, da mãe.
Obrigada por esse texto com muitas reflexões!
Cara Djamila, discordo em apenas um ponto. Caso Silvio Almeida fosse um homem branco, a denúncia de Arielle, uma mulher negra, faria a fúria de pessoas negras cair sobre todo e qualquer homem branco. Como ele é também negro, há toda essa reflexão e discussão sobre o quanto perde ou não a comunidade negra. A mudança deveria abordar o machismo. Machismo é uma patologia que existe entre brancos e negros. Machismo, para mim, é uma das causas de racismo.
Menos. Mais um artigo Womansplaining. Que bobagem. Não generalize.
Bem mais, mais um artigo de conteúdo, com análise que não se prende a um lado da questão. Quem quer ler gracinhas racistas procure outro lugar. Quem generaliza são os machistas misóginos que não respeitam mulher de jeito nenhum, seja uma escritora premiada seja uma jornalista, a vizinha, a irmã. São pessoas que só pensam em lacrar, em encher a paciência de quem leva a sério a violência contra mulheres, não fica tentando fazer pi ada i di o ta.
Djamila, magnÃfico texto. E a luta contra o racismo continua . A comunidade negra segue na sua luta por mais respeito, igualdade, oportunidades de trabalho, inclusão e acolhimento.
BelÃssimo texto. E muito lúcido. Obrigada!
Texto e argumentação admiráveis.
Foi o texto mais lúcido que li sobre a questão.
Que texto luminoso e ponderado. Colocou todas as questões no seu devido lugar . Foi a melhor análise que li. Parabéns, Djamila.
Cara Djamila Ribeiro ,seu artigo está correto e admirável pela lucidez e coragem ao procurar uma posição isenta para analisar este caso .
Buscou-se......quem buscou? Onde está o sujeito da frase? Em mesa de bar isso é apenas fofoca e está tudo bem. Em se tratando de um editorial opinativo, tinha que ser mais assertivo.
Quem buscou? Boa parte dos homens que comentaram o assunto aqui buscou, nada de novo. E o racismo apareceu tb, homens brancos jogando a culpa na cor do agressor, tão indigno que mostra o racismo explÃcito. Lendo os comentários de vários homens fica claro a posição contra a vÃtima, exigindo que ela fizesse na mesma hora a denúncia, com detalhes, de preferência para a imprensa. Estes homens não são assediados, não estão nem aà para quem sofre, defendem assediadores, a não ser que sejam negros.
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