João Pereira Coutinho > Woody Allen quer um mundo sem Deus, mas com justiça divina Voltar
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Parece que alguma vez Woody mencionou que acreditava nas reencarnações, no entanto não se aprofundou nessa questão: por que e para que? E tudo se fundamenta nas leis universais da Criação.
Magistral, como de costume.
Que Platão já tenha discutido bastante esse tema mostra como ele precede o monoteÃsmo. Um interlocutor chega a se impacientar com Sócrates, pois para ele a vida do injusto é obviamente preferÃvel à do justo. O Sócrates leva muitas páginas para tentar mostrar o contrário.
A frequência com que pessoas lucram com os seus crimes, jamais punidos, e parecem viver muito bem dessa maneira põe um dúvida a existência de consciência moral. Todos trazem uma consigo? Se a trouxessem, não reincidiriam. Ou reincidir torna-se obrigatório: para esquecer um crime, ou justificá-lo, é preciso cometer outro e outro... Consciência moral talvez seja uma caracterÃstica de grandes personagens (Hamlet seria um dos modelos). Não é comum na vida real.
Excelente, Coutinho, muito melhor do que a média paterna pelaÃ. Na suposição, evidente, de que ele pergunte: em caso de ser um observador arguto e calado, cometê-los-á (ah, que saudades do Temer!) sem perguntar ao pai. Quero ver é usar os filmes do Woody Allen para responder "pai, por que é que eu tenho que escolher um gênero para viver?". Obviamente, só tenho essa dúvida porque não sou conhecedor da obra, vai que? Hahahahah, muito boa sorte na paternidade!
Ótimo artigo. Sugiro a leitura de "A Abolição do Homem" de C S Lewis para os interessados na temática.
Infelizmente, muita gente estão ricas e felizes, porque o crime compensou . Para nossa sorte, há quem precisa de gente no mundo e, por isso combatem o crime, ou pelo menos controla.
Peter Singer, em "Practical Ethics", diz que direitos básicos não são negociáveis. Um utilitarismo de preferências. Como o direito à vida, direitos naturais; não é apenas porque existe a lei. Numa guerra o médico deve cuidar de quem mais precisa, de quem tem chance de sobreviver, não de quem está morrendo. Há utilitaristas que defendem moralmente o direito dos animais. Não precisa ser uma ética religiosa. Devemos pensar no bem-estar coletivo. Há diversos direitos a serem respeitados.
Justiça nada tem a ver com religião, vai orar pra pneu!
Ôôô, Celso, pode até ser; a culpa, todavia, tem *tudo*.
O mundo sempre foi sem Deus. Na verdade sempre foi com nenhum deus, seja de qual religião for. Deuses são folclores.
Flavio, opinião não se traduz em fatos. Não é porque você quer acreditar em algo é que esse algo vai passar a existir.
Na sua opinião. Ja na minha, Deus existe e está em todo lugar.
No livro de Eduardo Giannetti, "O Anel de Giges" há boas reflexões sobre a fábula no livro da República de Platão, na qual um camponês acha um anel que o torna invisÃvel. A ética cristã, como a platônica, supõe que exista um único caminho capaz de conduzir ao bem maior. Um utilitarista desviando recursos para causas nobres, Kant jamais permitiria. Intelectuais na polÃtica: Platão feito escravo na SicÃlia, CÃcero com as mãos decepadas, Rousseau feito ideólogo doTerror, etc.
A medida em que os preconceitos sistemáticos como racismo, misoginia e homofobia ficam inaceitáveis, as crises de consciência se tornam constantes, pois sempre há um mais correto politicamente do que os outros. Mas tudo tem limites e a imoralidade muda de lugar. Ah um detalhe. A consciência de certo é errado dos indÃgenas é muito melhor do que a dos civilizados judaico-cristaos
Concordo. A consciência coletiva hoje apregoa o sucesso a qualquer custo e tal objetivo justifica o emprego de qualquer meio. Influencers e coachs vendem este peixe. E a consciência individual demanda tempo, repertório intelectual e introspecção, extintos na sociedade imediatista e reativa na qual (sobre)vivemos.
Eu acho estamos pendendo para o contrário, cada vez menos problemas de consciência. No passado tÃnhamos uma consciência coletiva que tendia a reprovar qualquer tipo de crime e isso acabava contaminando a consciência do criminoso. Hoje, essa consciência coletiva ficou muito mais permissiva, aceitando o sucesso mesmo que por um caminho tortuoso. Basta ver que mentir, e ser pego na mentira, era gravÃssimo para um polÃtico e hoje não é problema nenhum.
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