Olá, Dr. Kelman. Estive na Aneel por quatro anos e meio, antes da sua chegada. De volta ao Senado, produzimos alguns trabalhos sobre o tema desse artigo. Esses trabalhos contêm muita informação a respeito do que vem sendo feito contra a construção de hidrelétricas no Brasil, vide Belo Monte, sem reservatório. Posso disponibilizá-los se for de interesse. Esse assunto merece aprofundamento!

Eu acho que ficar só nesse mantra "Não queimar combustível fóssil" não é suficiente para resolver o problema ambiental. A construção de barragens controla a devastação provocadas pelas cheias ao mesmo tempo ameniza os problemas das secas. Mas neste assunto só um grupo é o dono da verdade.

Exato. Temos os reservatórios gigantes de Sobradinho no rio São Francisco, e Tucuruí no Tocantins. Falta um para os afluentes mais ocidentais do rio Amazonas como o Madeira. Nuda o clima, devem mudar os conceitos.

O colunista não usa apenas muita diplomacia com os órgãos ambientais, mas sim muita responsabilidade. Como Engenheiro Agrônomo, com formação em geologia, mas também bioquímica, genética, botânica, zoologia e sociologia, sei quão delicado é o equilíbrio ambiental. Só leigos ou especuladores veem o papel dos órgãos reguladores como danoso. Acrescento que medidas drásticas como juros subsidiados deveriam ser mantidos apenas para produtores com área mínima de reservatórios.

O que o colunista afirma com muita diplomacia é que o ambientalismo oficial no Brasil deve abandonar seu preconceito irracional contra grandes reservatórios de hidrelétricas. A população brasileira já foi muito lesada, e continua sendo lesada, por esse preconceito.

Muito oportuna a coluna! Precisamos debater o tema e buscar soluções urgentemente!!