Às vezes os cacarecos ocupam quartos inteiros...

A questão do aramezinho do pão de forma mexeu comigo: tenho um copo plástico com pelo menos cinquenta deles; e se usei dois ou três foi muito - e para outro fim que não fechar pacotes (para esses, uso o pregador).

Hahahahah, boniteza! Eu, que fumo, tenho uns três cinzeiros de bolso, que nunca uso. As bitucas jogadas no chão urbano são minha única contribuição consciente e efetiva à barbárie ecológica - ah, tem o combustível do carro. Quando estou no mato, jogo fora o restinho do tabaco e enfio as beatas no bolso. De resto, como prescindir de uma octogenária cadeira de dentista de 25Okg? Mas devo fazer uma inconfidência: as caçambas são uma imensa fonte de diversão. Oh, tempo-espaço, que delícia!

Valeu, Bia!

Mas o legal tem seu outro lado. Eu pessoalmente passei longos anos da minha vida preso no culto ( e no vicio, digo hoje) a uma determinada marca de automóvel, juntando carros e coisas, até que um revés causado por uma junção funesta de pandemia, falsos amigos e coisas de família me levaram a uma quase falência. Hoje me equilibro tentando evitar gatilhos que me levam a me viciar de novo em outras coisas assim.

Aqueles que ainda não construíram suas memórias, suas saudades, nos chamam de acumuladores. Com o tempo vão entender.