Lygia Maria > Woody Allen deve ser aplaudido, não cancelado Voltar
Comente este texto
Leia Mais
1 2 Próximas
Concordo. A arte, transfigurada na obra, deve ser separada da eventual conduta ilÃcita, na vida pessoal, do artista.
É engraçado que a vÃtima mantém a acusação até hoje, mas para a extrema direita não importa. Basta ver a colunista e os comentaristas devotos do bolsonaro batendo ponto para defender o abusador. Agora vai alguém de esquerda dar uma declaração infeliz. Aà a Lygia vira feminista radical.
Independente da posição de cada um o artigo é muito fraquinho, como sempre!
Não tem mesmo porque misturar obra e artista, Woody Allen tem ótimos filmes mas para defender esse ponto de vista a articulista não precisaria tirar a legitimidade da palavra da vÃtima do abuso sexual. Dylan, agora adulta, mantém as alegações de abuso.
Humm, pra falar de um caso tão espinhoso desse era melhor que a pessoa pesquisasse ostensivamente o acontecido, o que não parece ter ocorrido.
Hahahahah, nesse "ostensivamente", senti um maledetto descorretor.
enquanto a filha continuar afirmando que foi abusada, prefiro não compactuar. Pedofilia não pode ser normalizada como um simples desvio de caráter.
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
Artista nunca foi santo. Se o fosse; não faria arte, que é demasiadamente humana. Quem quer santidade, que abra sua igreja.
Quem é você? Não sou eu. Quero dizer, eu não sou você.
Parabéns Lyginha, como a chamamos aqui em casa! OrasilPerspicaz!
Preguiça. Começa falando algo sensato, mas logo se lança numa diatribe sobre filmes com teor polÃtico e simplifica a realidade de movimentos que buscam combater preconceitos e crimes. A moça não consegue. Sabe muito. Mas sua visão do mundo segue mÃope. Preguiça.
Neste ensejo, fica minha homenagem a PC Siqueira, gênio urbano da mesma cepa, igualmene vitimado pela sanha cega dos exterminadores de bruxas.
Não lembra do porquê, Marcos? A demência te acometeu, orra tristeza.
É mesmo, Nuno? Lembro da morte autoinfligida, mas não do porquê. Orra, tristeza.
Adoro seus filmes.
Tenho lá minhas dúvidas da sensibilidade estética da colunista. Acredito que não passa de um pretexto para mais uma vez atacar os movimentos sociais.
Como a colunista, ouso aplaudir Woody Allen, na contramão das tendências avassaladoras que cercam as figuras públicas com julgamentos instantâneos e definitivos. Vemos a condenação de obras e trajetórias inteiras como se o tempo, o contexto e a complexidade humana fossem irrelevantes diante de uma sentença moral moderna. No entanto, será que uma carreira como a de Woody Allen - com mais de meio século de criação artÃstica, inovações e refinamento cultural - pode ser reduzida ao ostracismo?
Quando o filme vai estrear? Não quero perder.
Já estreou, dia 19/9. Vá ver, o filme é muito bom.
Artista por artista, Mia Farrow é grande. Segundo o documentário, ele abusou sim da filha pequena. Bastante exaustiva a argumentação para essa tese. Nunca o achei genial, aliás. Mas isso não vem ao caso, não muda o fato de ser um homem desprezÃvel.
Nossa, como é facil te enganar
DesprezÃveis são julgamentos como o seu. O documentário foi financiado pela famÃlia Farrow, a mesma que disse que o filho que o Woody Allen pensava ser dele, era, na verdade, do Frank Sinatra.
O fato de Mia Farrow ser excelente atriz ficou claro desde "O Bebê de Rosemary", ótimo filme dirigido por Roman Polanski há mais de cinquenta anos. Nada muda isso o surgimento de indÃcios de a diva ter manipulado uma filha adotiva sua e de do maestro André Previn -com o qual começou a ter relações Ãntimas quando ele ainda era marido de uma amiga dela, que sofreu muito por tal fato- para fazer acusações de abuso sexual contra Woody Allen, homem com quem teve longa união após se separar do músico.
Correção: Allen se casou com a filha de Farrow e Previn. Mas a acusação de abuso sexual em foco envolveu Dylan, uma filha adotiva dele e de Mia.
correção de um erro de digitação: do maestro. Não "de do maestro", obviamente.
Existem pessoas que produzem boas coisas, mas são degenerados como Wood Alen, existem pessoas que não produzen nada de nada, como a colunista, representante da extrema direita. Essa coluna é só jaba, propaganda do filme.
Ronaldo, como você pode dizer que a Mia Farrow é desprezada? Os outros filhos dela também devem ser, pois acusan Alen do mesmo.
Como você pode dizer que o Woody Allen é "degenerado"? Em que você se baseia? Nas afirmações da desprezada Mia Farrow? Em toda a sua carreira Allen jamais foi acusado de abuso por suas atrizes e atores.
Excelente artigo. A autora mais uma vez acerta no artigo e ocasiona a fúria dos chamados progressistas.
Não fala bobagem. Eu não sou progressista, sou marxista-leninista, e acho que os argumentos dela estão corretÃssimos.
Sempre gostei muito da obra dele, mas depois das denúncias da filha, nunca mais vi, revi e nem vou ver. Muito do q retrara em seus filmes, q parecia ser ficção, foi baseado em fatos reais e isso é horrÃvel! Pra mim, acabou...o gênio q virou asco
O que "ele retrata em seus filmes" que se baseiam na vida real? Mais, qual a obra que não parte da realidade? Do mais, tenha a certeza que quem perde é apenas você. Se é que teria algo a perder.
Que pena...
Apaga que da tempo, não seja tão deplorável de relativizar um crime tão hediondo praticado por esses monstros travestidos de "gênios".
Acho que você não entendeu o texto. Então, nem vou perder meu tempo argumentando com você.
Por favor, não seja ignorante, Pela sua lógica serÃamos obrigados a queimar toda a produção de Picasso, que mantinha uma relação, para dizer o mÃnimo, conturbada com suas mulheres. Em relação a Woody Allen, sua postura é ainda pior, cúmplice de calúnias. Gente como você é que engrossa o caldo da moderna inquisição.
Que grosseria!
Cobrar moralidade de um artista é arrasar, nivelar e anular a criatividade, os dilemas, as nuances, os conflitos internos morais e éticos, os desejos confessos e os inconfessáveis. Enfim, é mediocrisar a arte, ao gosto de nossa época medÃocre de Romeros Britos e Transformers.
Não é cobrar moralidade do artista, mas do homem.
Tem razão.
"o julgamento não constatou crime" faz-me rir. Ele está até hoje com a filha que adotou pequena. Uma coisa é ser contra a cultura do cancelamento, outra é passar pano
Ela foi adotada pela mulher e outro marido anterior a Woody.
Isso posto (se meu comentário foi publicado), o debate aqui se perdeu entre lovers e haters da "arte" da colunista. Quanto à questão: Saber separar o artista do cidadão, aplaudir a obra e repudiar o criador, é complexo, dada a gravidade das acusações. Pedofilia não é um desvio de caráter trivial. Eu consigo separar, mas compreendo que há pessoas que não conseguem. A colunista não se aprofundou na questão, desviou o assunto e, como sempre, causou confusão. Uma pena que ela não faça bom uso da pen
Alberto. Com toda confusão, a sua crÃtica era pertinente. Expressei-me como se estivesse escrevendo numa rede social que não frequento.
O assunto cria muita confusão mesmo, li errado então.
Completando. O comentário era para Jaqueline.
Alberto. A intenção da minha observação não foi essa. Eu quis dizer que se seguirmos a trilha dos canceladores isto poderia nos levar a cancelar a filosofia grega especialmente pensando em pedofilia. Talvez não me expressei direito. Deveria ter usado mais o condicional.
Caro Peter eu não falei em cancelar ninguém. Mas acho curioso esse pural que você usa, quando diz devemos acredita que o mundo irá acompanhá-lo? Acho que você tem todo o direito de cancelar a filosofia grega, mas não sei se ela vai perder muito com isso. Por outro lado, existem pessoas reais que perdem ou sofrem com o cancelamento.
Colegas leitores, qual foi o ponto do meu comentário que vocês não compreenderam? Fui objetiva e imparcial. Eu não condenei ninguém, não sou promotora de acusação nem juÃza. Eu disse que as acusações que pesam sobre o cineasta não são nada triviais. E que eu consigo apreciar obra do artista apesar das acusações gravÃssimas ao cidadão. E opinei que a colunista não foi competente no trato do tema. Observei que ela nao partiu de um fato, afinal, houve cancelamento do filme nos cinemas ou manifestaç
Devemos, então, cancelar a clássica filosofia grega.
O tema em si não é tão simples,,, se você condena o cineasta, vai pagar a ele para assistir seus filmes? Mas é fácil lançar mão do tema para criar engajamento, como faz a coluna. Até porque as redes sociais criam a possibilidade dos linchamentos virtuais e essa é uma questão com que as pessoas se importam.
É curioso constatar, ao ler os comentários, o quanto o debate se perdeu por falta de objetividade. A questão em tela não é a genialidade do Wood Allen nem a cultura do cancelamento. A colunista não partiu de um fato que justificasse ou servisse de mote para a crÃtica que fez à "cultura do cancelamento". Não sei se houve alguma manifestação de cancelamento ao novo filme do cineasta em São Paulo, mas aqui no Rio, as opiniões se dividem entre os que gostam e os que nao gostam do estilo.
Essa cultura do cancelamento é uma versão moderna do apedrejamento hebreu do tempo de Jesus. Eu vou sim assistir a mais uma obra-prima de um dos maiores cineastas de todos os tempos e dnem-se as minorias identitárias!
Vá mesmo. Filme com o habitual esmero visual e de texto, agora menos irônico (pena).
Soon Yii tirou Woody Allen de Mia Farrow. E ela fez o mesmo muitos anos atrás. Tristinha com a separação de Frank Sinatra, foi acolhida por uma amiga então casada com André Previn. O casal a consolou tão bem que Mia acabou ficando com Previn, tirando-o da amiga. Resumo da ópera: ninguém é santo nessa história.
ah claro, uma adolescente tirou o padrasto da sua mãe. perfeita a atitude do padrasto, mais perfeita ainda a comparação.
Exatamente.
O que seria da obra sem a vida que a criou? O que seria da Siemens sem o nazismo e da Globo da sem a Ditadura? Não existiria Novo Testamento sem Jesus, não existiria Mein Kampf sem Hitler. Por outro lado, é correto culpar Maomé pelo Estado Islâmico? Vou deixar de usar câmeras de segurança da Siemens porque um dia ela produziu maquinário de guerra para forças do Eixo? Vou deixar de assistir futebol no Sportv porque no passado a Globo passou pano pra ditadura? Que importa o que nos importa?
Tambem sou contra o cancelamento. Mas o documentário recente sobre o caso apresenta fatos diferentes sobre o que consta nesse artigo. Ele não foi a julgamento pq não quiseram ouvir a criança para poupa-la, e não pq se concluiu que não havia fato. A filha agora adulta continua a afirmar que houve toques que configurariam abuso sexual. O documentário Farrow x Allen mostra que toda a história é bem complexa, mesmo que não acredite nessa versão.
Você está mal informada: a criança foi ouvida sim em DUAS investigações por órgãos policiais especializados em abuso de crianças e as conclusões foram semelhantes: "the child was coached by her mother". Se a criança foi treinada pela mãe para dizer o que disse em gravação feita pela mãe, o caso não foi a julgamento. A famÃlia Farrow prefere caluniar na mÃdia em documetário financiado por eles em vez de recorrer à Justiça, o que seria permitido pelas Leis americanas.
Existem muitos cientistas com descobertas indispensáveis para a vida moderna que fazem Woody Allen parecer um anjo. Por que os canceladores não fazem o mesmo com a obra destes cientistas? Porque sua ética é de conveniência: quando é conveniente eu faço, quando não, "não é bem assim".
A cultura do cancelamento é real, mas não é simples. Tem um lado pouco notado, que é o vitimismo usado para ganhar simpatia, likes, seguidores. O vitimismo de quem de fato não é vÃtima. Mas há vÃtimas reais também, especialmente quem depende do público em sua atividade. Artistas, sim, mas não sei se Woody Allen perdeu muito. Também pessoas mais sensÃveis à rejeição... Mas perde também a sociedade com esse puritanismo do sec. XXI, tornando-se mais hipócrita.
Fui ao cinema ver Golpe de Sorte. Um filme mediano de Woody Allen ainda é melhor do que quase tudo que tem entrado em cartaz ultimamente.
Não creio que li isso.
Você eh livre para cancelar quem quiser, Yago. Fique a vontade para fazer o que achar melhor mas não espere que todos o sigam.
Essa daà é mais obcecada com o tal "identitarismo" do que o mais radical presidente de DCE de Universidade Federal.
Você deve ser leitor fiel da colunista para avaliar com tanto conhecimento.
A colunista poderia pensar, a se fiar no teor da maioria de suas colunas: "tenho vaga cativa na Folha, mamãe, posso escrever a besteira que eu quiser, mamãe, pois estou respaldada pela Folha, sinto-me tão livre aqui, mamãe, que continuarei dando meus pitacos a torto e a direito, mamãe, sem pensar, quem sabe eu angario mais adeptos e visualizações com temas polêmicos, mamãe".
Nossa, neste exato momento o tal cineasta deve estar em júbilo ao ler esta coluna que o faz sentir-se mais cultuado. Ele poderia pensar: "não preciso pagar para me defenderem publicamente; fazem-no gratuitamente, tamanha a admiração que sentem por mim no cÃrculo de uma pequena elite 'intelectual'". Mais uma colunista pela qual sinto vergonha alheia: qual será o próximo adepto do antipensamento? Qual será o próximo a pisar com gosto na vÃtima do abuso sexual?
Tivesse nascido na época da caça as bruxas, você estaria entre aqueles que acenderam as fogueiras. Espantoso como os jovens de hoje de deixam doutrinar e seguem a manada sem nenhum espÃrito crÃtico.
A colunista não fez defesa ao artista, mas sim crÃtica a determinado comportamento de manada.
Podem cancelar, podem me bater, que eu não mudo de opinião: Woody Allen é gênio. ( E canceladores são mediocres por natureza. Especialmente como moralistas...)
Digo o mesmo.
Ela apenas infere que o atual identitarismo radical é uma aberração. Terrorismo puro.
Assino embaixo.
Aquele negocio dele se casar com a filha adotiva, ficou muito estranho. DifÃcil não misturar a vida publica da vida privada.
Tem uma história ainda das fotos da garota quando ainda era menor, fotos que Mia Farrow encontrou nas coisas de W.Allen. Não é, não foi é nunca será normal um cara se casar com sua enteada. Tanto é estranho que teve processo e tudo o mais, W Allen se saf-ou do processo mas a biografia dele foi pro brejo.
Com quem ele está casado até hoje! Qual o espanto? As pessoas se apaixonam.
Woody Allen começou a relacionar-se com Mia em 1979, portanto pode-se inferir que Soon Yi tornou-se sua enteada, certo?
Filha adotiva de André Previn, e não de Woody Allen
Falou o sabichão julgador da vida alheia...
Não era filha adotiva dele, mas da Mia Farrow que a adotou antes deles se casarem.
Até tendo a concordar com o racioSÃmio geral, Lygia. Mai que mania nefasta de encontrar algum jeito de esculhambar com esses "movimentos identitários", não, dona? Não me lembro de chatice ser obrigatória aos conservadores. Ah, bom, desculpaê, é Reaça, né? Então tá.
Ôôô, Rodrigo, resposta tardia: eu creio que você tem razão não se deve aceitar barbaridade de que lado venha. Mas é que nossa articulista despiroca...
Devemos aplaudir os movimentos iidentitarios. Nao restam dúvidas que evoluÃmos como sociedade. Por outro lado, os exageros do movimento woke, que inclui a cultura do cancelamento, devemos sim combater. Uma evolução não pode ser anulada pelo seu efeito colateral.
Essa mulher não consegue argumentar. É só acusação. Tenha dó, jornalista de péssima qualidade.
Realmente, quem é pessima e vc e suas ideias.
Comentario do tipo "esgoto moral". Aonde chegamos?!!
Sim, Wood Allen é bom. Só não entendo porque essa articulista sempre se posiciona contra as mulheres.
Curioso que Woody Allen fez o papel principal do filme "Testa-de-ferro por acaso" (1976), mas que não foi escrito nem dirigido por ele. O filme trata da perseguição polÃtica de artistas de Hollywood durante o macarthismo, na década de 1950. Vários dos perseguidos trabalharam neste filme. Na época Woody jamais imaginaria que ele mesmo seria vÃtima desse macarthismo do século XXI.
Bravo! Estou completamente de acordo. Inclusive o irmão da suposta vÃtima desmentiu as acusações.
E outro irmão acredita na irmã. Nunca saberemos o que de fato aconteceu. Mas a filha agora adulta continua a afirmar que aconteceu. Nega que houve indução a memtir ou lavagem cerebral.
Não foi ético o envolvimento dele com a filha adotiva de Mia Farrow, então sua esposa. Mas quanto ao abuso da filha foi investigado e não se chegou a nada. O problema de Allen é que não se curvou ao Me Too quanto às acusações contra Harvey, seu produtor. E foi massacrado para servir de exemplo. Tanto que Tarantino, que também menosprezou o caso Harvey, na sequência foi acusado por Uma Thurman de quase a ter matado na filmagem de Kill Bill. Quentin se retratou quanto a Harvey e foi deixado em paz
Celia, Allen e Soon infligiram uma dor profunda em Mia, mas não constituiu crime. Os ataques a Allen e seu cancelamento voltaram-se para uma acusação de abuso de Dilan, então com 6 anos. O Estado de Nova Iorque montou grupo multidisciplinar incluindo policiais, juristas, psicólogos, que trabalharam durante um ano, fazendo entrevistas em profundidade com a criança, os irmãos, os pais, e não conseguiram formular uma acusação. Mesmo assim, Woody a campanha do Me Too contra ele continuou e continua.
E quanto às fotos de Soon na gaveta de Allen?
Curiosamente a grande maioria que aplaude esse text é homem.
Misandria é argumento?
Pois é, infelizmente a profecia de Nelson Rodrigues se realizou. Os i di o tas dominaram o mundo, porque são mais numerosos. Woody Allen é um gênio.
Não é um genio. É um chato de galochas.
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Lygia Maria > Woody Allen deve ser aplaudido, não cancelado Voltar
Comente este texto