Maioria da população também.

A escola é uma ambiente transformador, mais não é o único, o papel de minimizar esses comportamentos são de todos, sociedade, familia, instituições religiosas, entre outros. Já que esses comportamentos foram adquiridos, ensinados e podem ser modificados.

Na verdade o racismo sistêmico está tão bem estruturado, que se percebe a falta de posicionamento e ingerência daqueles que possuem o saber. Então percebe-se a falha do sistema educacional e naturalidade da atitude racista. Ter enfrentamento contra o racismo, perpassa pelo conhecimento, pela ação, pelo esclarecimento e debates desse e de outros tantos assuntos que são evidenciado dentro do ambiente escolar: bullying, violência doméstica, homofobia, gordofobia.

Existe professor ainda, em qual em qual Estado. Por aqui somos piores do que lixo. Estou na rede a 32 anos e nunca sonhei ver tanta "maquiagem". Na SED SP nada é o que é, somos obrigados a mentir, mas em qualquer avaliação séria, nossos alunos passaram vergonha.

Não é só o racismo. Tem o sofrimento infantil dos 4 olhos, dos balofos, dos baixinhos, das feias, dos dentuços, dos tímidos, dos burrinhos... ser criança não é fácil.

Causo seríssimo, Ana. Não consigo deixar de ter a impressão de que o racismo nasce em casa. E não me lembro de nenhuma menção racista doméstica, senão de aceitação das variadas gentes que por ali passavam. As vezes que trouxe de fora alguma expressão ou ideia preconceituosa, meus velhos (minha mãe, principalmente) paravam a conversa na hora para discutir aquilo, *com veemência*. A escola acabava sendo minha única fonte de ideias tortas. Papelzinho infeliz, não? É ótima a luta pra que isso mude.

Basta uma criança apresentar um comportamento racista, para ser acompanhada por outras, que serão induzidas a praticar o bullying, a agressão, a exclusão. Basta o professor atentar para o fato, e ter a coragem, a humanidade para, no momento exato, reverter essa situação. A escola é o lugar da socialização, da diversidade, do compartilhamento.