Vera Iaconelli > Na busca pelo 'grande amor', perdemos os amores da vida Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Um leitor abaixo disse que esse foi o melhor texto da Vera. Não posso dizer se a avaliação é justa ou injusta, não tenho competência para isso. No meu caso valeu por uma riquÃssima palestra. Obrigado, Vera.
É exatamente isso. É tudo simples, quando não se mistura isso com a formação de uma famÃlia, que, essa sim, deve ser pensada para toda uma vida. Faz todo o sentido buscar a mãe dos meus filhos entre 20 e trinta anos. Não faz sentido nenhum deixar essa busca ser guiada por afetos passageiros. As perguntas relevantes são completamente outras. Envolvem afinidade, confiabilidade, inserção social. Paixão é coisa para a happy hour. E, aÃ, sem compromisso, ela pode ser tão vária quanto de fato é.
Texto reconfortante! mas independente de buscas e perdas, quem nunca ficou cego por uma desenfreada paixão. " Você sabe muito bem que não gostamos de alguém por suas virtudes. Amamos simplesmente, uma vontade que toca as almas e corações com uma energia incrÃvel e que atinge as pessoas com sua força, que assusta e que nubla as mentes brilhantes", O jogo de cena em Bolzano,Sandor Marat
Texto maravilhoso e libertador. Faz bem a todos, especialmente àqueles prisioneiros de regras, preconceitos e demais bobagens. Grande Vera Iaconelli!
Muito bom este texto Vera. Parabéns por expor de maneira simples algo tão complexo.
Sublime, verdadeiro ao extremo, tenho 68 anos e me senti como se tivesse 20, vidas vividas, lembranças, muito bom Vera, gostei demais.
BelÃssimo texto, Vera. Ilustra vários conceitos da psicanálise de maneira fluida e natural..e sobre um tema tão basilar!
Nesse tema vale lembrar o mito de Ulisses e as sereias. Só porque nos abrimos para sentir atrações por pessoas diversas não quer dizer que seja prudente seguir essas atrações. Deve-se como Ulisses tirar as ceras dos ouvidos para ouvir o canto delas mas tomar medidas para manter o curso. Ou podemos naufragar nos rochedos dos advogados e pensões.
Parabéns! Esse talvez seja pra mim o melhor artigo da autora. Fala sobre a possibilidade de grandes e pequenos afetos entre as pessoas nos grandes e pequenos encontros que temos diariamente para além de nossos medos, vaidades, preconceitos e inseguranças. Algo sublime e encantador.
Oi Vera! Os dois trechos de letras citadas no texto são, respectivamente, de Arnaldo Antunes e de Caetano Veloso. Os seus intérpretes mais famosos são Gil e Milton (co-autor). O 'grande amor' é satisfação de receber o encomendado. Eros é a perdição no outro.
Caraca, então, nunca existi. Nunca busquei um grande amor. Sempre busquei minha riqueza pessoal.
Somos dois , José Eduardo!
Não sou adepto do amor romântico, daà não procurá-lo em outro alguém. Procuro estar em paz comigo e curto demais a minha companhia.
Que linda mensagem, Jaqueline. Já amei e fui amada.Mas, nunca busquei o amor, sempre procurei estar em paz comigo mesma. Narcisista? penso que não fui, até porque nunca liguei para o fÃsico ou roupas. E, minha saudosa irmã Clemeci, me presenteou com uma camiseta estampada e disse que a camiseta refletia o que eu era, a frase: sou feliz, e daà ? Anete: meu grande amor é o Santos , mas, ele me menoscaba com empates,derrotas e jogadores ruins. E não dá para divorciar.
Existem várias maneiras de existir, assim com existem várias maneiras de amar.
Então, é porque o seu 'grande amor' é você. Buscar em si mesmo (a) essa riqueza ou esse arrebatamento é mais seguro (e mais saudável) do que cair nas armadilhas do 'amor romântico', que ( como se deduz de sua declaração) você não aceitou goela abaixo. Mas, ainda assim, remete ao narcisismo, pois não prescinde de autoafirmação ou de revalidação. O "verdadeiro" (aspas minhas) amor --esse sentimento que não sabemos explicar--isso sim, prescinde do narcisismo e da reciprocidade.
Do Milton? Gosto do ParaÃso Perdido: mais vale ser o Rei no Inferno do que mais um no Céu.
O sociólogo e filósofo polonês Zygmunt Bauman definiu que vivemos na era do “amor lÃquido”, um tipo de apego instável, um sentimento superficial e condenado à rápida dissolução. Mas o mundo vive não só de amor lÃquido. Mudanças de comportamento levaram ao surgimento de várias outras formas de amar, de amor e de se relacionar, exceto o amor romântico. Há as relações abertas, sem a garantia da monogamia, o poliamor entre outras.
A busca incessante por reconhecimento, identificação, corporalidade, tudo o que alimenta nosso narcisismo e de todo resto que o texto indica não é amor verdadeiro. Na prática, as pessoas buscam a reciprocidade afetiva, mas apostam numa delusão construÃda socialmente chamada "amor romântico" ou "grande amor", que acaba por distanciá-las do que almejam. Hoje, bem poucas são aquelas que tem amor-próprio, daà as relações amorosas durarem pouco, gerarem conflitos entre outras dificuldades.
Tem gente que estuda para se explicar.
Não se trata de explicações, mas de expor pensamentos, reflexões, contradições, elaborações, experiências…
"Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura" Guimarães Rosa. Lindo texto da escritora Vera Iaconelli.
Excelente. É muito raro reunir na mesma pessoa todos os predicados (afinidade intelectual, desejo, objetivos de vida, gostos) com os quais sonhamos na busca do outro. Daà preenchermos tais espectativas cultivando amigos, parceiros de hobby etc. E é interagindo socialmente nos vários ambientes que transitamos que temos oportunidade de descobrir novas afinidades e oportunidades de crescimento.
Ótimo
O problema de Freud não é o q ele “entendeu”, mas o q inventou. Ele nunca demonstrou a sexualidade de crianças, nem bobagens como o complexo de Édipo, q postulou a partir de uma suposta memória de sua excitação ao ver a própria mãe nua aos 2,5 anos. Mas crianças nessa idade não formam memórias de longo prazo. Freud nunca fez estudos sistemáticos comportamentais de crianças e baseou-se em conceitos desmentidos, como por ex, de q crianças preferem o genitor do sexo oposto. Freud era uma fraude.
Freudianos acham um absurdo dizer q crianças pequenas não tem desejo sexual e q o prazer q encontram nos genitais é uma questão “mecânica”, dada a sua enervação. Mas, paradoxalmente, acham natural q entre os 6 anos e a adolescência haveria um periodo de latência, sem desejo sexual, simultaneamente com uma “amnesia” desse desejo (como Freud poderia se lembrar da mãe nua?). Bom truque. De bebês, tudo pode ser dito, visto q não são capazes de compreensão e expressão adequadas.
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Vera Iaconelli > Na busca pelo 'grande amor', perdemos os amores da vida Voltar
Comente este texto