Ruy Castro > O último da foto Voltar
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Outra boa crônica do Ruy.
Orra, sêo RuyCastro, mindeu até um arrepio, não me lembrava mais dessa foto. Putz, todo mundo morto; do jeito que alguns eram dddooidões, a "ida fora do combinado", como dizia o Rolando Boldrin, deve ter começado rápido. Que treco maravilhoso o tamanho do talento conjunto... Dia desses, peguei um Uber cujo motorista, bonitão e estilosÃssimo, era um nnneegão com a cara do Mingus; super cool, muito calmo, não tinha a mÃnima ideia de quem fôra seu sósia. Uma pena, tudo isso...
Orra, cara, que coisa linda. Essa crônica do Ruy só exudou coisa fina com aroma de rosas. Raro.
Meu caro Benassi, deve ser difÃcil para o Rollins seguir sem essas vozes, sem esses sons que faziam parte da grande harmonia que ele ajudou a compor. No documentário A Great Day in Harlem, de Jean Bach, muitos dos músicos ainda vivos naquela época relembrava, o dia com alegria, uma espécie de nostalgia doce e suave. Eles se lembravam dos detalhes - do calor do verão, das crianças brincando nas escadas, do murmúrio animado das conversas enquanto esperavam o fotógrafo captar o momento perfeito.
A foto mostra uma grande maioria de pretos, inclusive as crianças. Isso só prova que eles são realmente muito bons, tanto no esporte, quanto, e principalmente, nas artes. Um grande viva para a raça.
A minha amada mulher não estão na foto: Betsy Smith. E a minha outra paixão, Billie Holliday não vi, mas, ainda era viva na terra. Ambas são imortais em minha alma.
Fico estarrecido com a interconexão das coisas. Com a relação do jazz e da bossa nova. Com a criação do talento. Com saudades dos tempos antigos. Em1958, temos a música "Chega de saudade", composta por Tom jobim e Vinicius de Moraes, e dois anos depois regravada por João Gilberto, dando a batida que caracteriza a Bossa Nova. Invadia meu rádio Mitsubishi, no qual ouvia essas músicas, no balanço da rede junto ao mar. É como seguir uma flauta mágica, no balanço das ondas; o infinito fascÃnio.
Ôôô coisa linda, meu caro Vito. Era talento demais, esse povo. Eu não deixo de louvar a tecnologia, que deu voz a tanta gente das quebradas. Mas a diferença do que era "música popular" pra hoje em dia, orra, não dá pé, é de doer o fÃgaro. Sigo atrás da sua flauta, que, estou certo, não é aquela tocada em Hamelin.
Acho que vi o Zelig na foto !
Hahahahah!
Muito bom.
Que texto, sou amante do Jazz tenho 66 e não conhecia ou sabia desta foto e de outros dados relatados no texto, anotados e que serão pesquisados. Parabéns!!!
Use IA e estarão todos lá, incluindo Ella. E em mais 2 anos você os verá conversando.
Quais daquelas crianças sentadas na calçada seguiram esses Ãcones? Certamente essa foto encorajou algum menino ou menina a seguir pela estrada da música.
Fantástico texto! A gente volta no tempo! Parabéns, nobre colunista! Seguir vc é um privilégio!
E os moleques, afinal, estão na foto! Que lembrança maravilhosa! Viva o jazz e sua liberdade!
O que certamente desmente a conclusão de que só há um da foto vivo.... mas entendi, o cronista refere-se aos jazzistas somente. E aquele povo na janela?
Querido Ruy, por favor, faz uma playlist pra acompanhar esse texto e foto...
Uia! Não é que era genial? Eita, colega espertÃssima!
BelÃssimo texto, caro Ruy. E que fecho espetacular, "Continua firme, na ativa e, se hoje fizerem outra, ele estará presente."
Diferente de Da Vinci, que eternizou personagens fictÃcios e religiosos, Art Kane reuniu, naquele instante mágico, pessoas de carne e osso, com seus sonhos, frustrações, sorrisos e improvisos. Cada rosto estampado na imagem carrega uma história, um som, uma nota particular que contribuiu para a sinfonia caótica e bela que é o jazz. E como o jazz, todos ali viveram suas vidas de forma improvisada, repleta de altos e baixos, solos gloriosos e pausas inevitáveis. É um testamento silencioso do tempo
Benassi seu comentário muito me honra, ainda mais me comparando ao meu quase xará! A grande questão que paira sobre a cabeça de Rollins é: o que se faz com essa solitária honra de ser o último de uma geração? Como carregar nas costas o peso de uma vida longa e o fardo da representatividade de uma era que se foi? O jazz, mais do que qualquer outro gênero, é uma linguagem da coletividade, onde cada músico se alimenta do outro, e a grandeza de cada improviso reside na escuta cuidadosa do colega.
Caro Hélio Barbosa, obrigado pelo gentil comentário! Aqueles que olhavam para Art Kane agora se foram, um por um, como se fossem se retirando silenciosamente após o último acorde, deixando o palco vazio. O peso de ser o último é inegável. Cada rosto que desaparece da vida e permanece na foto parece puxar um fio invisÃvel da memória, um fio que, ao mesmo que o liga ao passado, o amarra mais ainda ao presente, como uma âncora pesada, impossÃvel de ignorar. Um grande abraço!
Nem seu quasi-xará falaria melhor. Mas era capaz do Marcus Pereira fazer um Justa d um disco bom pra Baralho! Hahahahah!
Que belo comentário!
Gol do Ruy.Recomendo ouvir do inesquecÃvel Wilson das Neves " Partido do tempo".
Que coisa maravilhosa, Ruy. Emocionante. Parabéns, Ruy, sempre nos surpreendendo.
A foto, realmente, é icônica e bota icônica nisso. Representa, principalmente , expoentes do jazz do século XX. Esse artigo prova, que o Ruy é do ramo.
Harlem Shuffle.
Grande Ruy!!!!!!
Esse Ruy Castro sempre me deixando com lágrimas nos olhos ...
Poucos podem compreender porque a Pannonica Rothschild (Baronesa do Jazz) largou o conforto da corte inglesa para viver com essa turma maravilhosa, felizmente eternizada nas gravações.
Parabéns. Sempre aprendendo com o imortal - merecido - Ruy Castro. Vale a assinatura da Folha.
Principalmente do último vivo.
Mas muitas das crianças ainda devem estar vivas.
Anos atrás vi um abaixo assinado que pedia a mudança do nome de uma ponte em New York para Sonny Rollins. O autor do ótimo texto sabe se ainda se fala nisto? Tenho a foto emoldurada no meu cantinho de leitura e música.
Cadê a legenda indicando nome e posição dos fotografados?? Fez falta...
Verdade. Reconheci o Monk (óculos escuros e boné), Jerry Mulligan ( direita, no pé da escada ), e o Dizzy ( também do lado direito, de chapéu e olhando para trás). Fiquei sabendo da foto pelo filme do Spielberg. Ruy fisgou os jazzistas. Muitas emoções!
Corri na Wikipedia para saber quem é quem na foto mas só descobri que o único adulto sentado na sarjeta é o grande Count Basie. O verbete lista todos os músicos mas não aponta suas posições na foto. Mas, deixe estar, os nomes devem estar em algum lugar na web...
Ler diariamente o Ruy Castro é um privilégio.
Tudo, muito lindo!
Importante para os leitores a inserção de conteúdos desse tipo, nas edições. Servem como um antÃdoto, diante das matérias triviais. Esqueçamos polÃticos, criminosos, polÃticos criminosos, doenças, guerras....
Tenho apenas 70 anos e uma foto como a descrita: dá uma angústia danada admirá-la de quando em vez.
Marcos: dá para entender, de forma mais mesquinha, o último dos Moicanos ou, do nosso paÃs, o últimos dos Tanarus. Parodiando Drummond: é apenas um retrato na parede...mas como dói.
Eu tô 16atrás de você, e já mindá um aperto...
Três mulheres presentes, e duas não compareceram. Retrato de uma época.
Muito legal! A foto é ótima, com as crianças na frente! De quando elas ouviam música.
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