Raymundo Faoro precisa ser lido e relido, mas não seria uma solução. Sessenta e seis anos depois de sua publicação, o País virou um sessenta e nove, na pior acepção da coisa. E se todos nossos atávicos problemas nacionais fossem as túnicas do STF, o Brasil seria de fato o último paraíso da Terra.

Colunista segue toada bolorenta-liberal, utilizando para tal de verniz intelectualoide de autores estrangeiros: relacionando a corrupção somente ao “intervencionismo estatal”.

O STF está completamente descontrolado. Não há nenhuma auto contenção, pudor ou grandeza. Quanta tinta já se gastou falando sobre como seria urgente parar com decisões monocráticas e usar o plenário para mais legitimidade? Tudo solenemente ignorado. Não seguem as leis. Só um remotíssimo impeachment de um ministro, qq um, apenas para faze-los sentir um minimo de vulnerabilidade, talvez mude essa situação

Marcus olvidou a principal tese de Faoro que traduziu a independência harmônica dos poderes pelo aparelhamento institucional resultante na síntese estatal de "um círculo impermeável de poder e mando". Falta lembrar a profecia de Ulysses em 1991 ao jornalista Costa Pinto:"Está achando ruim essa composição do Congresso, então espera a próxima que será pior, pior e pior". Com Executivo e Judiciário não é diferente. Ulysses parodiou Sêneca, que dissera: "Amanhã será pior!".

Vivemos realmente tempos muito nebulosos. Eu faço os meus comentários e raramente eles são publicados. Estou chegando à triste conclusão de que os "Deuses do Judiciário" não podem ser criticados. Só pode ser mordaça ou medo mesmo. Triste, muito triste.

Alguns erros do STF não devem ser generalizados .O STF tem sido um instrumento eficaz em combater o golpismo .

Vivemos tempos nebulosos. Alguns Ministros, hoje, estão proferindo votos totalmente incompreensíveis, e, a título de exemplo, vejam os votos de alguns na ação da "Revisão da Vida". Ademais, estão usando 2 pesos e 2 medidas, jogando o "Principio da Isonomia" na lata do lixo, eis que alguns aposentados tiverem as suas ações deferidas, e outros provavelmente terão as suas ações indeferidas, independente de ambos terem feitos suas maiores contribuições antes do ano de 1994. É justo isso.

Legislativo faz as leis que lhe protegem assim como os colegas do executivo. O executivo aponta juízes no STF. A festa do caqui.

Há bem poucos anos, quando ainda não se sentiam envergonhados em festejar o ex-juiz mau-caráter, tinhamos montanhas de provas. Hoje já são menos. Não, a nova Republica não nasceu contra a corrupção, mas contra o arbítrio. Mas acredito que em breve teremos uma derrota importante contra a impunidade. Uma pena para o colunista que a vítima sera o o Dom Sebastião da Folha, o mito Jair Messias Bolsonaro. Mas vocês também não podem esperar ter tudo o que querem... né mesmo?

Analise perfeita, parabens marcus