Mirian Goldenberg > O Brasil é um país de velhos invisíveis e descartáveis Voltar
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O Brasil sempre foi visto como um paÃs de jovens, só esqueceram que jovem tb envelhece e hoje está na meia vida, as ações golpistas para impedir que os velhos tenham uma vida justa (Desaposentação e revisão da vida toda) a meu ver, mostra que o próprio governo dá golpes, é assim que me sinto, tantos golpes me deram e eu caÃ, mas o do governo me chocou! Somos velhos, pobres, invisÃveis e descartáveis. Pra mim viver muito é indigno pra todo trabalho que executei.
Não é uma resposta fácil, mas irei me atrever em respondê-la. Num paÃs em que não há o respeito cultural pelo velho, não há de se esperar nada de algumas famÃlias, nem todas, e muito menos das empresas ou deste e de qualquer outro governo. Desta forma, penso que os velhos devem se preocupar em sobreviver e buscar ter uma rede de amigos (velhos) para se proteger. Até que alguém iluminado lá no Congresso comece a legislar em favor dos velhos.
Um dos piores etarismos prraticados foi do STF ao, primeiro, impedir a legal desaposentação dos trabalhadores que continuam ou continuaram a trabalhar após a aposentdoria; depois, com a recusa das ações INSS Vida Toda, surrupiando duplamente as contribuições efetuadas ao longo de suas vidas profissionais . Recebem hoje benefÃcios reduzidos desumanamente que os tolhem de levar uma vida digna, embora tenham pago com esse objetivo.
Existe uma outra face do etarismo, esta deve ser procurada nos escritórios luxuosos junto a executivos bem nutridos e bem vestidos, transportados em carros carÃssimos ou em helicópteros, ele enxergam os idosos aposentados como improdutivos, que consomem sem gerar valor e mais valia, por isso, descartávei, para dar uma mãozinha querem uma nova reforma da previdência!
Já que os invasores, o lixo e o barulho vão te alcançar, morar numa ilha não resolve. Então, o que fazer?! Jogar gasolina nas chamas?!! Mas mesmo que você tente jogar sua porção de água apagá-las, elas persistem. Então, o que fazer?! Morar numa caverna?! Mudar para Lua ou Marte?!
Que tal levar a educação a sério?
Outros dois incômodos muito comuns são o lixo e o som alto. Hoje em dia, quem vai a certas praias e locais públicos provavelmente terá que lidar com esses problemas. Em muitas cidades, a qualidade do convÃvio social piorou bastante. Há ruas e condomÃnios no Rio de Janeiro que desconhecem a lei do silêncio, havendo perturbação do sossego dos moradores com som alto, brigas e gritarias, além do descarte de muito lixo. Não adianta ligar para o 1746 ou para a PolÃcia Militar.
Querida Mirian, penso que o etarismo vem junto com a falta de educação. Como bocejar em público sem proteger a boca com a mão ou desrespeitar a faixa de pedestre. Essas atitudes são incontornáveis e, portanto, é preciso um misto de educação, no caso do bocejo, e lei, para o motorista infrator, porque o preconceito e a má educação não devem prevalecer.
Respeito acima de tudo em qualquer idade em qualquer tempo!
Mirian, não sou especialista mas penso que temos nossa responsabilidade, já que fomos criadores e formadores de uma geração. Talvez tenhamos fracassado ao deixar sob a responsabilidade de terceiros a formação moral da garotada. Digo moral, e não cultural ou educacional. Não sei quem me ensinou, mas sempre olhei os mais velhos como uma fonte de conhecimento, mesmo sem formação acadêmica. Mereciam e merecem respeito. Talvez não tenhamos ensinado que todos têm valor.
Não que ainda deva ser assim mas fui criado com o "bença mãe", simples principÃo de respeito.Ensinamos nossos filhos a sempre respeitarem os mais velhos. Deu certo !!
É péssimo constatar como as relações afetivas estão mais e mais efêmeras e que está cada vez mais difÃcil ter relações saudáveis e duradouras.
Mirian, gostei muito deste texto seu. Sempre leio sua coluna. Ainda não cheguei aos 60 anos, não sou idosa, tenho apenas 42. Mas já sinto dificuldades de relacionamento. Em seu texto é dito que os idosos são vistos como invisÃveis, transparentes e descartáveis. Eu concordo, lamentávelmente esse é um reflexo da pécima educação moral do brasileiro. Mas quando tento relacionar-me aos 42 anos vejo que todos, enquanto humanidade, são descartáveis. Isso é terrÃvel! Mas como mudar?
Mirian, gostei muito deste texto seu. Sempre leio sua coluna. Ainda não cheguei aos 60 anos, não sou idosa, tenho apenas 42. Mas já sinto dificuldades de relacionamento. Em seu texto é dito que os idosos são vistos como invisÃveis, transparentes e descartáveis. Eu concordo, lamentávelmente esse é um reflexo da pécima educação familiar do brasileiro. Mas quando tento relacionar-me aos 42 anos vejo que todos, enquanto humanidade, são descartáveis. Isso é terrÃvel! Mas como mudar?
A propósito, lembrei de um ponto importante. As constantes reformas da previdência oficial contribuem consideravelmente com o etarismo. O Estado sempre deixa claro q os jovens precisam trabalhar mais e mais para pagar o soldo dos q já aposentaram.
João, acho q não é o caso, tanto q o problema não é exclusivo do Brasil. Aprofundando-se nas entranhas da previdência oficial, nota-se desigualdades e desvios. Mas o cerne da questão é q nosso sistema é contributivo ou solidário, de forma que os trabalhadores ativos pagam o benefÃcio dos inativos. O aumento da longevidade, a baixa natalidade e o atraso na entrada de jovens no mercado de trabalho resulta num eterno déficit q só é tratado pelo aumento do tempo de contribuição dos trabalhadores.
Caro Leandro, aposentei-me após quarenta anos de contribuição. Portanto, não são os jovens que precisam trabalhar mais que pagam minha aposentadoria. Quando o governo de plantão faz reformas no INSS é porque houve má gestão e desvios e, portanto, seria caso de reformas internas no sistema e polÃcia. Fica mais fácil cobrar o prejuÃzo de quem está na ativa, infelizmente.
Mirian, não tenho autoridade para falar sobre quem sofre com etarismo. Mas posso dizer q infelizmente existem tantos idosos mal educados quanto jovens mal educados. Cansei de ter experiências ruins com pessoas de mais idade q se acham dignos de memorável respeito, mas q ofendem, brigam, não respeitam a opinião e a experiência alheia, se acham os donos do mundo e da verdade. Recordo q o comportamento das novas gerações é fruto da educação e do exemplo dados pelas anteriores.
Minha visão é simplista: a percepção dos jovens mudou com o acesso às tecnologias de comunicação e informação em massa. São adictos do irreal. Nossa geração saiu da TV de tubo e construiu uma infraestrutura global de alta capacidade computacional em ambiente de aplicações em rede. Mesmo assim, jovens acham que não conhecemos tecnologia. Não se pode culpá-los. Se não se conhecem, como reconheceriam valor em veteranos? Oxalá isso passe, como foi a idade média. Ou talvez agora seja assim e pronto.
... ocê, jovem de 30 a 50 anos, ouve uma bici na calçada, quando está em caminhando na mesma, em pista compartilhada, uma bicicleta, se aproximando , numa avenida de oito pistas em pleno horário de movimento comercial ?
o jornal virtual matinal fez primorosa e extensa reportagem sobre as calçadas em estado deplorável na capital gaúcha há dias atrás: árvores mal podadas ameaçam a cabeça de idosos acima de 1,70m , somos atropelados por bikers mal educados , em geral, paseme, estudantes universitários de classe média e alta nas proximidades do campus saúde do clÃnicas, xingamentos, campainha em bicicletas não são equipamento de segurança para os pedestres, você, jovem, ouve uma bici se aproximando ...
Cara Maria Augusta Silveira, de Porto Alegre, sim, caros leitores e leitoras, os jovens e madurotes gaudérios são muito mal educados. Cara Joya , não, a educação vem do grupo familiar: me explico , a crianças entram na escola aos quatro anos, não sabem amarrar os cordões dos tênis, não tem habilidades motoras para comer com talheres no refeitório da escola, não sabem limpar o bum bum, . As professoras das séries iniciais e educação infantil não são babás, senhora.
Respeito independe de idade .Na maioria das vezes filhos deixam os pais por terem de lutar para sua sobrevivência em pais desigual como Brasil..Sou idosa feliz principalmente em ver meus filhos lutando para construir e sobreviver nesse mundo cada vez mais desigual na busca de uma vida melhor para meus netos ;Adequar a vida em sociedade independe de idade e tempo ;Temos enquanto seres humanos viver a cada etapa de nossa vida e lutar sempre sem tirar do foco os principais responsáveis
Maria Angela, infelizmente,o cotidiano duro da maior parte da população que chega em casa exausta do trabalho e de horas de horas no transporte precário, não tem tempo de ouvir e até de compreender o que está por trás da fala etarista do candidato a prefeitura de BH, Bruno Engler.
O Brasil é um paÃs de não-cidadãos sem empatia. A educação e os movimentos sociais são desvalorizados, universidades públicas penam por verbas, vacinas são desacreditadas, cultura é tida como mamata, fundos eleitorais bilionários só perpetuam a farra dos colarinhos brancos, atividades ilegais esbanjam sua cafonice de novos ricos e a sensualidade perdeu lugar para a violência explÃcita do funk, que arrebata legiões. Cansativo e desanimador, sim.
Minha mãe de 88 é tratada como uma rainha
Miriam, te vi hoje no Sem Censura, falando exatamente deste assunto de sua Coluna. Você deu um show de histórias e argumentos. Você tem uma sabedoria e sensibilidade supremas. Uma pena que não tenho 98 nem 99 anos, pra poder ser "assediado" por você e podermos bater um papo, tomando Chopp ou Cafezinho na Padaria rsrsrs De modo fraterno, declarou meu amor por você d
André, eu fiquei muito emocionada no programa. Foi lindo
Não concordo que a situação tenha piorado nos últimos tempos. Os mais velhos de hoje não se lembram de como tratavam os idosos de seus tempos de juventude. No alto dos meus setentinhas não me recordo desse tempo.
Caro Joaquim, entendo seu ponto. Mas, a proposta é mudar as atitudes entre as gerações. No baixo dos meus "sessentaecinquinhos", entendo que nunca é tarde para revermos ações e comportamentos, em benefÃcios das próximas gerações.
No mês em que se celebra o dia nacional e internacional do idoso, assistimos a uma demonstração escancarada de etarismo e desrespeito por parte do candidato Bruno Engler (PL) à Prefeitura de Belo Horizonte. Em sua campanha, Bruno Engler (27 anos) ele se refere aos demais candidatos como antigos e velhos, em um gesto generalizante e preconceituoso.
Bem, prezada Maria Ângela, este é o tÃpico comportamento de pessoas do PL. Criadas pelo já vencido InelegÃvel, que até hoje vive a declarar seus preconceitos. Você tem toda a razão e o que me surpreende é ver que, ou os Adversários não fazem nada, não denunciam, ou a Justiça eleitoral está falhando monstruosamente. O que está acontecendo em MG ?
Cara Mirian mais um texto perfeito,o Brasil é um paÃs que acredita na juventude eterna,na inutilidade das vacinas,não inexistência de uma crise climática e outras baboseiras do gênero, portanto ser idoso no Brasil é um giga desafio.
Tem que ter coragem, Tadeu
Fui educado para respeitar os mais velhos e dar importância aos meus Pais e Avós para cuidar deles, e depois eduquei meus filhos dessa forma e hoje cuidam de nós, depende de quem os educou.
Não há garantia nenhuma de que os filhos sigam os bons conselhos e exemplos dos pais. Mesmo porque nem sempre os pais são bons exemplos.
Minha querida Mirian, nem nosso paÃs e tão menos os jovens foram preparados para ter velhotes como eu na quantidade que somos hoje e mais, somos um paÃs de mal educados e desrespeitosos. Infelizmente!
E quem educou esses mal educados e desrespeitosos?
Infelizmente Ronaldo
Sou tecnicamente idoso, e acho degradante esta ênfase numa falsa estratificação social. Não gosto de nada sectarista, pior ainda quando é voluntario. A pauta identitária só traz choro e vitimismo, nada de positivo ou de concreto. Não se aceite como idoso no sentido de menos valia, e vá à luta. Abandone filhos ingratos, processe quem te magoa ou agride, busque amigos, trabalho e inteligência. Idoso doente é bem diferente de idoso são. Um saco este sofrimento choroso.
Oi Adriana. Sim, empatia temos que ter, mas é difÃcil obrigar alguém a tê-la espontaneamente, e não há medida concreta para penalizar a sua ausência, indicativa de educação social deficiente. A minha observação vale para as mulheres também, vamos todos à luta, eliminemos da nossa vida os antipáticos e não empáticos. Ah, considero excluÃdo da luta o tipo de idoso cafa jeste ao qual você se referiu, caracterÃstica que, aliás, independe da idade.
Um saco, mas realidade de muita gente. O preconceito é inegável, talvez menos para homens brancos. Coroas de 60 pegam meninas de 25 e tá tudo bem. Mulheres de 60 são apenas coroas, mesmo que bem cuidadas por si mesmas e, com sorte, também por um companheiro. Não é sofrimento choroso, César, é necessidade de empatia.
A falta de respeito com os velhos já vem de muito longe, na minha geração aprendemos que qdo estamos sentado no ônibus agente dava o lugar para os mais velhos na hora hoje não nem olham ou falam alguma coisa.
Elogiar o artigo pode. Debater não pode. Pobre jornal.
A MANCHETE É OFENSIVA AOS VELHINHOS, ANCIÃOS E OU A TERCEIRA IDADE, por ser exageradamente acertada (SIC), porém ao mesmo tempo à s experiências de vida nos possibilitam mais conhecimento e até mesmo mais saberdoria. Somos espécies em perÃodo de transição para a caminhada final, onde assusta a quantidade de vezes q se pensa, de como será o final, se tudo é cientificamente deletado, desde que, se concordarmos com as ciências, baseadas nas teorias da evolução das espécies de Darwin!!!
No Brasil tudo é velho e descartável os jovens de cada época se achavam e continuam se achando. Com as exceções de praxe.
Mirian,minha raridade!! Sofro etarismo nas empresas desde os 40 anos. Meu apelido jocoso ou maldoso é 'Velho'. Não me importo. Perco o amigo,mas não perco a piada, não é? De qualquer forma,peço desculpas pelo velho barrigudo e careca. Para ser inoportuno assim,deve haver algum problema cognitivo ou pior( olha o preço certo aÃ). Sucesso sempre. Até semana que vem.
Até semana que vem, com muito humor e sabor
Velhos atualmente foram ou não os educadores d jovens mal educados, citados na sua crônica? Avós ou pais fracassaram no ato educativo, daà os sintomas d epidemia d etarismo. Tal epidemia parece pior no Brasil, mas outros paÃses também revelam os sintomas. Vamos admitir: fracassamos como educadores, tanto os pais e avós Conservadores reacionários e os Progressistas Libertários. Tenho esperança d piorar ainda mais.
Não é bem assim. Nos anos 80 e 90 a TV é que ditava as modas e tendências, e hoje milhares de 'youtubers' assumiram essa função. Todos eles com a mesma mentalidade de apreço pela novidade e desprezo pela antiguidade. Que pai consegue competir com essa invasão na mente dos filhos?
Ninguém é eterno - Eclesiastes cap. três .
Se fala tanto sobre cultura, mas a cultura no entorno aos idosos não se tem.
Quanto essencialismo. Não aprendemos com o idoso tropicalismo: ou não
Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E já não podemos dizer nada. Eduardo Alves da Costa Trecho do poema “No caminho com Mayakovsky”
Qualquer semelhança com julgamento da revisão da vida toda, pelo supremo tribunal federal, será apenas uma mera coincidência.
Nos paÃses ocidentais, a velhice é encarada como algo repugnante e silenciável, onde os "Velhos" são vistos como pessoas que um dia já "tiveram serventia", mas que hoje, são um peso dentro da sociedade, servindo apenas para acarretar o rombo da previdência, e ainda tornam-se um estorvo na vida dos familiares jovens, que muitas vezes precisam se dividir entre de sua vida social e produtiva, para acompanhar e assitir os idosos de sua famÃlia.
A questão é dinheiro. Se o idoso tem dinheiro é cheio de filho por perto. Agora se não tem, ninguém quer saber.
Dinheiro e poder: filhos, netos, amigos, todos enfim.
Releia-se "A velhice" da Simone de Beauvoir.
"Amanhã será pior". (Sêneca)
Senhora Patricia, concordo plenamente com a sua expressão: nós idosos "somos invisÃveis, transparentes e descartáveis", em fim, é muito triste, mas é a realidade, queiramos ou não. E por mais doloroso que possa ser, à s vezes tais fatos acontecem por parte de quem nunca imaginamos. Veja a senhora na ação da "Revisão da Vida Toda", ação esta em que os aposentados estão pleiteando algo que lhes é devido, pois contribuÃram para isso. O que aconteceu: Os "Deuses do Judiciário" os ignoraram.
fico indignado com essas ilações contra o STF pq o que ele fez foi seguir a lei 8213 de 91 que diz que tem de ser de 94 para cá não importa se teve contribuições antes é a lei, não foi o STF que a fez foi congresso e se é a lei não devido Sr José
O apartheid etário só está começando e cabe lembrar a lição de Sêneca: "Amanhã será pior".
No Brasil a maior parte da população - a parte pobre, obviamente - sempre foi descartável. Mas no passado morria-se mais no nascimento, na infância e antes da "melhor idade". Daà chegamos nesta situação. Um paÃs cheio de gente que, para o capitalismo, não vale muita coisa.
Se existe mais idosos hoje, agradeça ao capitalismo. Sem a indústria farmacêutica e o avanço da ciência, não haveria essa bela realidade que é a longevidade.
Muito triste
No Brasil, muitos filhos, na primeira oportunidade, despejam os pais em asilos, e assim que se tornam herdeiros vendem a antiga casa da famÃlia para ser derrubada e substituÃda por algum 'empreendimento' massivo, sem personalidade e cafona. As cidades brasileiras estão todas ficando assim, sem rosto próprio e sem memória, ficano quase irreconhecÃveis a cada geração. E há quem pense que isso é 'progresso'.
A violência mora nas nossas casas
MÃrian, excelente texto e escrito com mta sensibilidade. Os jovens que hj não respeitam os mais velhos, serão os idosos de amanhã. Aà eles sentirão na pele os problemas e as dificuldades da velhice.
Verdade, amanhã. Como querem ser tratados amanhã?
A resposta, educação, quem tem em casa respeita todos, indiferente de idade, sexo, cor e religião!
Isso se traduz em falta de educação no Brasil. Deveria ser ensinado nas escolas já que não há essa cultura em casa.
Pelo texto e pelos comentários, fica evidente o desconhecido dos motivos. A sociedade brasileira é sem educação, brutalizada, sensualizada, barulhenta, individualista, desrespeitoza, alheia, ri do que não tem graça, classista, arredia a regras, etc etc etc etc etc etc. E por fim não cuida de suas crianças.
Mirian, sou leitor contumaz da coluna. Tenho 70, sou redator publicitário desde os 17. Completamente ativo mental e fisicamente. Me espanto em não saber como voltar ao mercado de trabalho depois da pandemia. Não vejo uma janela, porque simplesmente não tem. Imagine um redator de 70 anos numa sala de espera de uma agência para pedir emprego. É uma cena distópica. Mas a pergunta é: porque não consideram a produção de quem tem tanta experiência para ser compartilhada?
Jair, é esta a minha luta diária. Mas me sinto impotente para ajudar a mudar essa triste realidade
Costumamos atribuir à escola um conjunto desumano de missões: preparar para a cidadania, a Agenda 2030, o mercado de trabalho, “para as profissões que ainda não existem” (propaganda de uma escola cara de São Paulo). O que precisamos é integrar, como conteúdo transversal o preparo das novas gerações para os cuidados com as pessoas idosas - circunstância que - tomara! - alcançará a todos. Não dá para esperar a educação de berço resolver isso. Não sabermos lidar com o envelhecimento.
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