Suzana Herculano-Houzel > O cérebro deprimido não apenas 'está' diferente, ele é diferente Voltar
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Ela insiste há tempos na naturalização das diferenças, esquecendo sempre, dos fatores ambientais. “Pessoas nascem assim”, não se tornam é a tese central de praticamente todas as suas colunas. A tese das diferenças naturais foi (e é) a sustentação da eugenia. Há riscos em pensamentos como esse, mesmo que eles venham carregados de jargões e autoridades cientÃficas.
Os protagonistas de práticas abomináveis eh que se utilizam inapropriada mente de falsos métodos cientÃficos para ludibriar. Os verdadeiros cientistas não tem culpa de existirem essas excrescências humanas. E não abandonar os estudos metódicos por isso.
Gustavo, prezado, a compreensão mais profunda do cérebro, das intrincadas conexões de suas diferentes partes entre si e com o resto do corpo, que hoje em dia se faz possÃvel por conta da tecnologia, da esperteza e da sensibilidade cientÃficas é que são o grande tema da Suzana. A forma como decorre o tempo e as relações sociais e seus efeitos no cérebro, no comportamento e nos afetos nunca pôde ser tão bem explorada como agora. A eugenia é escandalosamente pobrinha e linear, fique tranquilo.
Até que enfim um tema de altÃssima relevância neste espaço. De fato presente nas famÃlias e com graus variados. É uma luta muito desgastante ter um ente querido vivendo essa patologia. Viva aos cientistas!
Eita, dona Suzana, que Herda linda! A ciência é Bela, a natureza é belÃssima, mas a vida é uma Herda! Hahahahah, desculpaê, não migüentei. Não é bolinho lidar com este cérebro, que não tem respeito ou boas maneiras para com a vida cotidiana. E as medicações, que só contornam, contornam e, digo mais, fazem workaround à questão essencial? Agora sim, talvez comecemos a saber de verdade o que acontece dentro dos miolos. Nada como pesquisador bom e método inovador.
Silvia, enquanto a sençura espanca minha humilde retratação, continuo afirmando: as flores do meu amigo sempre estarão esperando por uma visita sua, tá? Tudo coisa menos pugilÃstica do que aquele tal de zombie brain, Jesus da Goiabeira... Hahahahah!
Benassi, meu caro: a VIDA é linda, vária e sempre surpreendente. O que é uma herda é o mundo e seus bÃpedes desemplumados... Abraço!
A depressão endógena , como outras psicopatologias "antigas e desprezadas" pelo DSM5R, é hereditária ; logicamente os cérebros e mentes são diferentes; não é preciso RNM...basta conhecer famÃlias inteiras; sou idoso psiquiatra, no interior de S Paulo; sem modéstia, mas com muita experiência; já vi e atendi muitas pessoas "deprimidas de nascença", como ainda dizemos por aqui; Dra Suzana é ótima, gosto de sua Neurociência, mas não esqueço o Prof Nobre de Mello
Sr Benassi tem toda razão: o progresso no diagnóstico e tratamento das doenças , de todas etiologias, é permanente, contÃnuo, progressivo e serve a todos nós. Apenas escrevi que nao há , "muita" necessidade de RNM para reconhecer as diferenças entre uma pessoa com depressão endógena e outra, "eutÃmica"... a experiência clÃnica é, ainda, valiosa; "tudo pela saúde..."!!!
Ôôô, prezado Seu Michel, acho que tem uma novidade interessantÃssima nessa história, que é poder identificar o que seja anátomo-funcionalmente hereditário - ainda que, durante a vida, misture-se com o que seja socialmente hereditário. Imagino que um futuro dessas pesquisas seja encontrar medicações mais eficazes, que um bom experiente psiquiatra terá como ferramenta de trabalho.
Sou Psiquiatra há 47 anos, no interior. ; trabalhei muito; atendi muitas gerações de famÃlias inteiras; as cinco "personalidade básicas": esquizo-paranóide; conversiva dissociativa, manÃaco-depressiva; obsessiva-compulsiva; epileptóide viscosa-paroxÃstica, todas tem traços de "herança complexa e penetração variável"...há muito se sabe disso... mudaram os nomes no "DSM5R"...havia "depressâo endógena"; cérebros/mentes diferentes; Dra Suzana é Ótima, mas releva a Psicopatologia Antiga e Aceita...
Um novo estudo revelou que os músicos têm mais massa cinzenta em determinadas regiões do cérebro. Ao comparar o cérebro de músicos profissionais, amadores e não músicos, os cientistas constataram diferenças na quantidade de massa cinzenta de determinadas regiões responsáveis pela audição, visão e controle motor. Em 2020, hospitais e unidades de saúde pelo Brasil aderiram ao uso de música para auxiliar no tratamento de pacientes internados com COVID-19.
Lendo os livros de David Eagleman aprendi que "o cérebro é mais bem compreendido como uma equipe de rivais, uma competição entre populações neurais diferentes". Então, se entendi bem o artigo, a depressão não só tem seu espaço no cérebro mas também encolhe/expande? A depressão é uma "coisa" viva, não se restringe a coisas mortas como pensamentos, lembranças e sentimentos repetitivos/intrusivos?
Interessante como a ciência evolui, pois a desacreditada frenologia tentava correlacionar atributos anatômicos na cabeça com traços de personalidades. Mas obviamente não tinha na época acesso ao cérebro, por isso se contentava como o formato do crânio. Pode-se dizer que essas conclusões mencionadas aqui são uma espécie de frenologia 2.0.
Então deduzo que é possÃvel diagnosticar a depressão (profunda, crônica) com mais precisão a partir não somente da sintomatologia, mas também a partir de imagens do cérebro. Me ocorreu: dá-se a entender que a depressão teria somente relação com a expansão daquelas três regiões do cérebro, mas será que as estruturas cerebrais contraÃdas por aquelas que se expandem acabam sofrendo uma disfunção?
Ah, isso dava prosa, cara Paloma! Eu diria que, no nÃvel estrutural, sofre não: há uma plasticidade tão surpreendente nos miolos que, funcionalmente, tenderiam a se reorganizar e dar conta. Agora... se há uma redução de neurotransmissores especÃficos a estas funções, se há bloqueios posteriores ou anteriores aos estÃmulos... Pode ser. É um negócio lindo esse tal de célebro!
Ótimo texto informativo de uma atualização. Então temos que provavelmente, Deprimidos são gestados estruturalmente depressivos. Mais uma vez, Anatomia é Destino...
Como sou dualista, vou apelar!. Estados depressivos não têm apenas causas anatomo-fisiológicas.: causas espirituais devem ser consideradas. Como comprovar ? A ciência, com o seu empirismo, não considera nem como hipótese.
SR Raul, seja UNICISTA...corpo, cérebro, mente, alma , matéria, espirito são uma só Entidade, um Organismo, uma Vida... ANIMAIS, VEGETAIS, MINERAIS...o Universo infinito é UNO, indizÃvel, indivisÃvel
Bom texto
Depressão é uma das Doenças Mentais Modernas cuja incidência é marcante na nossa época. Sempre existiram, mas o meio em que vivemos é fértil para sua manifestação. É possÃvel demonstrar isso não apenas comparando os portadores individualmente, mas ampliando a amostra para incluir cérebros com as caracterÃsticas mencionadas obtidas em autópsia de pessoas de gerações de ambientes mais saudáveis.
Valiosa descoberta.
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