Ruy Castro > Fantasiados, acrobáticos e pirotécnicos Voltar
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lendo este texto , entendo q tudo isto ai com algumas exceções, são fatos isolados, ninguem iria ver o Baden se apresentar por que iria tocar seu violão enfiado numa sacola, penso que por seu talento. Já ver artistas como os de hoje que mais vale a imagem que a musica, o entretenimento é outro mesmo. a musica q se dane.
E os neosertanojos usam a platéia nas gravações, pra divulgar q Todos cantam suas músicas d mau gosto.
Pô, Ruy, que coisa linda... Cê contando dessas coisas, fechando com o Spike Jones, lembrei-me do Hermeto Paschoal, que não finge nádegas e, serÃssimo, capaz de fazer o maior som com uma cigarra e um saca-rolhas. E, outro lado da moeda, anteontem não consegui ir pra cama, ouvindo um show do Al di Meola no Arte1, junto de um pianista e um bandoneonista. Tentei dormir no sofá, ouvindo; nada, repeti 3vezes o show. Tudo sem a menor pirotecnia, só um talento de tempestade solar, de queimar satélite.
Fingimento não é só dos artistas, os polÃticos também!!
Mas a diferença de resultado, não, Sérgio? Hahahahah, os primeiros, remédios, balsâmicos; os últimos, um eczema!
A cobra que se apresentava com Alice Cooper não tinha função musical, era só performance. E os personagens do David Bowie e Kizz, os morcegos de Ozzy Osborne e, por aqui, Ney Matogrosso e Secos e Molhados, Rita Lee de noiva grávida na capa dos Mutantes (nos anos 60!), a zoeira cenográfica dos Mamonas...
Mas até Billy Vaughn deu uma de Spike Jones com a canção russa "Midnight in Moscou". Sua versão dessa música, no LP "Chapel by the Sea", transformou a melodia romântica e cigana numa paródia tocada por uma furiosa bandinha em ritmo de dixieland. Bem, Ray Coniff e seus dramáticos corais gritalhões também não foram muito melhor.
InconfundÃvel o estilo de Jack Davis na capa do LP de Spike Jones! Só faltava o álbum ter sido lançado pela Mad Records. Aliás, as capas de discos sofreram um rude golpe ao serem reduzidas nos CDs. Agora, com o streaming, sumiram de vez. Mas, afinal, até a música anda meio sumida nos dias de hoje..
Putz, capas e contracapas! E os miolos dos álbuns duplos? Objetos mais lindos...
Não diria que ela - a música- está sumida, ela está onde sempre esteve e as vezes um encauto como eu a encontra e conhece o tal do bola sete assistindo ao desenho do Snoopy com seus filhos. Tive essa sorte.
Orlan Divo! Fazia mais de meio século que não lia sobre ele. Lá no inÃcio dos anos sessenta meu defunto pai, então vivo, um menininho, com cinquenta e poucos anos, gostava muito dele. Fui pesquisar e ele era peixeiro. Luiz Gonzaga : vi pessoalmente numa Discoteca do Chacrinha. Amo Carmen Miranda. Ela é uma das três mulheres que fui ,sou, apaixonada na vida: Marie Curie, Marilyn Monroe e amo Madonna, não a Virgem, mas a cantora.
A música é uma expressão artÃstica que pode ser apresentada isoladamente ou combinada com outros elementos. Não há nada de errado nisso, pelo contrário, um cantor que se esforça para oferecer um bom espetáculo ao seu fã deveria ser valorizado.
O guitarrista nascido na Bélgica Django Reinhardt usava só dois dedos da mão esquerda para solar. Não era acrobacia ou bossa: um incêndio em sua casa deixou-o sem mobilidade nos dedos mÃnimo e anelar, além da perna direita. Tornou-se um mestre do jazz cigano desenvolvendo uma técnica própria de execução. Stéphane Grappelli foi seu parceiro no violino. Influenciou nomes como Carlos Santana, Julian Brean, Les Paul, Barney Kessel, Joe Pass.
Ôôô dupla, hein, Gilberto? Que sonzeira!
Então, Pessoa, ponha em sua lista também os músicos, além do poeta: " O músico é um fingidor/finge tão completamente/que chega a fingir que é dor/a dor que deveras sente..."
Hahahahah, boa, Budu. Não creio que o Seu Fernando se importaria com sua apropriação dos versos, não, era boa Pessoa. Hahaha!
Finge-se o tempo todo.
A capacidade de iludir os outros pode ser lucrativa. Mas, a arte de deslumbrar ou encantar multidões é extasiante: porém, pode ser extenuante para alguns.
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