Luiz Felipe Pondé > O dom das lágrimas é uma reação espontânea diante da visão da graça Voltar
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Um dos textos mais bonitos do Pondé na Folha de S. Paulo.
Nenhum ser divino pode evitar, enquanto jovens e adultos vulneráveis derramavam lágrimas como uma reação espontânea diante da visão da desgraça de estarem sendo abusados sexualmente por padres e colaboradores da Igreja Católica. Quantos tiveram sua inocência roubada e a sua vida adulta violentada por membros da Igreja.
Qtos cegos que não podem chorar não por não ter olhos como os fetos, mas porque seus olhos voltam-se somente para o imediato.
Lacrimejamento excessivo (EpÃfora) é uma condição que ocorre quando há uma produção excessiva de lágrimas, drenagem inadequada das lágrimas normais ou a combinação de ambos. Pela lógica estapafúrdia do Pondé, então seria excesso de sintoma divino?! Mas haveria a hipótese de lacrimejar sem choro? Sim, porque uma área do nosso cérebro, chamada sistema lÃmbico, passa essa informação de tristeza pra frente até ela chegar à estrutura que fabrica as lágrimas – a glândula lacrimal. Defeito divino?!
A anoftalmia bilateral é uma condição congênita na qual os olhos e os nervos ópticos não se desenvolvem durante a gestação. Ou seja, bebês nascem sem olhos, condição que afeta 1 em ¼ de milhão de pessoas. Sintoma de falha divina? Mais um equÃvoco de um ser sobrenatural nascido do pavor humano diante da morte?
Pondé, a psicoterapia é fundamental no tratamento de transtornos delirantes, permitindo que o doente encontre um ambiente seguro para discutir os seus sintomas (e não na Folha!!) ao mesmo tempo que o encoraja a ter comportamentos mais saudáveis e funcionais. Outra hipótese é que o Pondé não deve ter tomado seus medicamentos antipsicóticos?
Concluir que o choro é um sintoma divino prova o grau de insanidade do Pondé e dos que compartilham tamanha insensatez? Tal crença não seria sintoma de delÃrio? Chorar é uma reação natural em várias espécies. Estudos indicam que aproximadamente 30% dos adultos têm dificuldade/inabilidade de chorar por razões fisiológicas conhecida como xeroftalmia. - a sÃndrome do olho seco. Uma outra razão para esse distúrbio é o envelhecimento, outra é a falta de vitamina A. Há ainda razões psicológicas.
Ponde é tão religioso que até me comove.
Em resposta aos que pensam que os crÃticos do Rolando Lero atacam o homem (ad hominem) e não as ideias, cito Nietzsche: Cristianismo é platonismo para o povo. Assim fica fácil fazer filosofia, ou seria mero proselitismo religioso? As ideias arrogantemente postas pelo autor pouco trazem de importância. Essa coluna está cada vez mais parecida com um grande varejão. Se fala de tudo para não falar de coisa alguma.
Muitas tradições religiosas possuem um programa de disciplina espiritual que vai pouco a pouco sensibilizando o neófito e educando o seu olhar, como a yoga no hinduÃsmo, e os exercÃcios espirituais entre os jesuÃtas católicos, os quais se coadunam com o "mérito", com muitas aspas. A ideia de eleição ou aristocracia espiritual, portanto, não excluie as demais possibilidades.
Sim a beleza de Deus
Que texto bonito professor e filósofo Pondé, o dom da graça que se manifesta em nós pela emoção diante do belo, do poético, que nos comove tanto que nos faz chorar de beleza. Seus textos sempre me instiga e comove, te leio sempre.
Perfeito, sublime.
Visão de um adolescente,, que n sabe d nada ainda,mas há tempo,estude, trabalhe, a maturidade chega, é de graça!
Sério Pondé? Imaginar que o autor desta coluna defende o genocÃdio em Gaza, com 15 mil crianças eliminadas, milhares mutiladas e órfãos. Pondé, assim como Olavo, são uma farsa premeditada.
Giovanni, poruqe não se restringe a comentar o meu comentário? Pondé é uma farsa para oe menos favorecidos.
Por que não se restringe a comentar o artigo ao invés do Pondé?
E bota farsa nisso!
Diferente da graça, que como lembra Pondé, é de graça, o ódio, a inveja e o rancor são bem pagos...e vivem no interior de quem se diz bonzinho ou sabidão.
Bobajada sem fim, deus não existe.
Oi Celso , sugiro um livro que discute cientificmente e leva a pensar sobre , chama Evidencias de Deus , sao contra pontos cientificos, muito bom , Por exemplo Freud trabalhou apenas com psicoticos sem grupo controle pessoas que acreditavam em Deus e tinham uma vida normal .
Não é alegria e nem tristeza, um misto dela, mas sempre é louvor. N vem com explicações, apenas união, bem do tipo, n sou que vivo, mas Deus q vive em mim. Mareja os olhos, algumas vezes um pouco mais intenso, disfarça-se, teme-se expor. É louvor sempre.
A graça representa a entrega, a aceitação da vida em sua complexidade e, ao mesmo tempo, a rendição ao mistério do divino. Não à toa, o pároco de Bernanos, em seu momento final, encontra paz nesse entendimento. Após uma vida de sofrimento e dúvidas, ele compreende que cada momento, por mais árduo que fosse, faz parte de algo maior. É aqui que o dom das lágrimas encontra o seu lugar: elas não simplesmente uma resposta ao sofrimento, mas uma conexão Ãntima com o sublime.
Mesmo na certeza da pouca valia que tenho, já que são os 7 pecados capitais que me caracterizam, ouso buscar a graça... E é um constrangimento...
Que estranho, justo em dia de tema difÃcil Pondé nos entrega um texto de alta qualidade.
Por que será que os contestadores não se limitam a detalhar as falhas que vêm no artigo, ao invés de malharem o Pondé?
Concordo Julio, se Pondé não copiasse, mas lesse tudo que cita para parecer culto, não escreveria colunas tão absurdas como a com o tÃtulo Pensa que é Einstein e não come ninguém, esta sim, coluna com a essência da cultura dele. Se alguém ainda não leu, sugiro, é cheia de graça.
Por favor, não precisa exagerar, não é? O "filósofo" apenas nos pousou de nos depararmos, mais uma vez, com aquele amontoado de besteiras em linguagem pseudo-intelectual. Usando da pouca inteligência que lhe resta, fez um compilado de algum compêndio que preferiu não citar e economizou o mico semanal.
Muito bom seu artigo, Professor Pondé. Bênçãos de Deus pra vc!
Minha vó não era de chorar, exceto quando lembrava de alguma daquelas frases famosas dos discursos do Churchill durante a segunda guerra. O Roland Barthes, num livro sobre a fotografia, fala de certas fotos e certos detalhes nelas que nos tocam particularmente, mesmo que não saibamos exatamente o porque.
Instigante!
::: Que beleza de texto.
Uma lufada de ar fresco em dia no qual tantos depositam suas esperanças em indivÃduos que prometem o céu na terra. Bravo!
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