Bruno Gualano > Práticas alternativas no SUS: o charlatanismo com selo estatal Voltar
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Quem quiser que faça as PICS que desejar. Mas recurso do SUS não deveria ir para isso, pois há necessidades muito mais urgentes e os recursos são escassos
O subtÃtulo deste colunista "professor do Centro de Medicina do Estilo de Vida da Faculdade de Medicina da USP" nos induz a pensar que se trata da opinião de um médico. Engano. O colunista é um educador fÃsico e me pergunto, não tinha um tema de sua área profissional para escrever? Porque veio se meter em um tema que não tem conhecimento? A Folha devia presar pela qualidade da matéria de seus colunistas.
Só há um modo de decidir sobre essas práticas: a maioria do congresso. Se essa maioria for por exemplo crente em horóscopos, a astrologia entra na lista.
Como se formam profissionais para implementar, por exemplo, imposição de mãos? Algumas das práticas alternativas e complementares agora oficializadas adotam proposições contraditórias, incluindo rejeição à vacinação. omo se estabelece a reponsabilização dos profissionais encarregados de implementar essas práticas? No atual estado de coisas, só falta incluir o horóscopo do paciente em seu histórico clÃnico.
O Conselho Federal de Medicina tomado por médicos anti-vacinas, defensores de remédios ineficazes clinicamente mas eficazes ideologicamente e este professor detonando o SUS. Já mostrou de que lado está e por que virou colunista da nova Folha. Tudo a ver
Pra quem tem memória curta: o ministério da Saúde do governo anterior prescrevia cloroquina e ivermectina contra a Covid-19 e era frontalmente contrário à vacina.
O que não torna o atual menos estúpido, querido. Em tempo: votei Lula e estou totalmente vacinado.
"charlatanismo com selo estatal" - assino embaixo.
Xiii vai ler Harari, amigo... Vcs não sabem nem dos efeitos colaterais dos remédios que prescrevem... E isso não é ser negacionista, aliás muitos da classe médica receitaram cloroquina... Antes de levantar esse dedo em riste, seria mais honesto criticar a sua classe (deixa a concorrência em paz!) e as estruturas que a sustenta, farmacêutica e convênios. O paladino iluminista carece de atitude séria com relação a si mesmo, do contrário, faz terror, v. resolução antiaborto legal do conselho...
Você é especialista em qual dessas terapias pra boi dormir?
Na medicina de consumo, em que a doença é um ativo financeiro, ou seja com capacidade de render dinheiro, a visão da evidência cientÃfica surge como segurança jurÃdica e obrigatoriedade de uso. O que garante o investimento da indústria. A clÃnica é a capacidade de nos declinarmos diante do semelhante com o objetivo de trazer-lhe uma melhor condição, ou um alÃvio, mesmo que fugaz. São questões distintas. Fazia sentido no SUS, mas vai acabar com a privatização em curso.
A medicina de consumo identifica uma patologia, ou varias e as trata como ativos que multiplicam dinheiro, através da inserção de exames, procedimentos e intervenções farmacológicas protocolares. O que se opõe a isso, é a clÃnica, que atua sobre as demandas individuais, contextualizada, sem os protocolos da indústria, que é falacioso na medicina liberal, mas no serviço público, não. Nada mais ilusório do que a medicina convencional na pandemia. O meu português é exotérico.
Qual medicina na Terra não seria "de consumo"? Você usou um argumento falacioso pra defender terapias ilusórias ou o seu português é meio esotérico mesmo?
Charlatanismos como a psicanálise não faltam. A lista aumenta a cada dia. Não sabia que a criminosa constelação familiar, além de liberada, ainda por cima é chancelada por dinheiro público nesse paÃs. Lamentável saber disso.
E o Sr, Sr Regis MageSOAD, quem se imagina ser para criticar um professor da Faculdade de Medicina da USP?
Vai piorar, são centenas de faculdades de medicina atuando (acima de 357) e inúmeras outras aguardando aprovação. Muitas sem a menor condição de formar profissionais adequados. Já que o vestibular (acesso) deixou de ser uma ferramenta que seleciona talvez o exame de ordem( à semelhança OAB) seja a solução para evitar uma tragédia anunciada.
João Cellos ve-se que vc não é do ramo, totalmente infeliz sua opinião. Visite algumas dessas novas escolas particulares, estamos formando médicos sem a menor qualificação.
Tomara que venham muito mais faculdades de medicina. A gritaria é devido ao corporativismo. Nunca foi pela qualidade. Hipocrisia pura.
Texto corajoso, que já produziu um milagre: já estou vendo, apesar de ser cego, os alternativos, que querem que suas crenças sejam obrigatórias, baixando o pau no autor, chamando-o de agente de tal ou qual laboratório.
Nessa mesma linha avançada de "alternativas", o SUS deveria também pagar por quiromantes, elaboração de horóscopos personalizados e mandingas variadas.
Artigo simples e direto
Ótimo texto. É vergonhoso que dinheiro público seja gasto sem critério.
E cada dia mais uma novidade. Vacina e remédio nada. Falta tudo. A lista de vacinas inexistentes é assustadora.A folha podia publicar hoje saiu novamente
a ignorância é secular, é milenar. A suposta medicina milenar chinesa foi uma invenção do lÃder Mao, nem tão secular, pra, pelo menos, pelo efeito placebo (psicológico) a pobre população sentir um consolo. Quem aborda magistralmente tudo isso é o livro Que Bobagem, de Natalia Pasternak e Carlos Orsi que também têm instituto e revista online (gratuitos). Em certos casos, um placebo funciona, como uma oração, uma crença, noutros pode ser prejudicial e mascarar problemas. A Homeopatia move bilhões.
De vez em quando a voz da razão clama no deserto! Valeu, Bruno!
Quem é você para chamar de charlatanismo, praticante da terapia do placebo... Aliáis placebo mata ! Um ato criminoso de ludibriar o paciente pagante. As práticas alternativas são seculares e detalhe são ministradas em cuidados paliativos, quando não resta mais nada a fazer pela ciência, essa parte omitida pelo tal professor...
Um lugar bem alternativo são as Igrejas ppentecostais, que prometem milagres mil. Uma vez no colégio de cegos onde eu estudava uma atriz desempregada da Globo, depois de contar sua história de conversão, reuniu um bando de cegos, entre eles eu e disse: "Glbo ocular, Globo ocular, responda!" Todos os globos oculares, inclusive o meu ficaram quetos.
Práticas integrativas e complementares - ou seja, não substituem o tratamento convencional, mas promovem o bem-estar do paciente. Nem sempre a cura é possÃvel em se tratando de saúde, mas cuidar e melhorar a qualidade de vida, sempre. Charlatanismo é um termo totalmente equivocado para descrever terapias que tanto ajudam pacientes a se fortalecerem para enfrentarem tratamentos densos e invasivos, como por exemplo, quimioterapias.
Então que sejam apresentadas como tal, ou seja, atividades que não tem efetividade terapêutica nas patologias e que promovem bem estar por meio de placebo, e por óbvio não sejam categorizadas como "terapias"
É sempre esse colóquio singular dessa ciência militante. Pequenas pÃlulas de antropologia pode ajudar. Sugiro um texto: "A Eficácia Simbólica" do Claude Levi-Staruss.
Como o próprio nome diz, são práticas integrativas e complementares, ou seja, práticas que podem auxiliar nos tratamentos tradicionais. A ciência já reconhece práticas alternativas e eficientes na melhora dos pacientes. Agora, chamar de charlatanismo ofende, principalmente, as pessoas que fazem uso e se sentem bem.
O debate é: tendo o mesmo efeito do placebo, iremos direcionar gastos públicos para isso? Melhor seria dar uma pÃlula de açúcar ou fazer carinho em um cachorro, de graça.
Convivo há décadas com o discurso alternativo. Moro com ele. O problema é que os alternativos, acham que é obrigatório.
Obrigado por esse texto!
Caro autor, mesmo reconhecendo que desconhece o assunto, é boa prática de bom senso não opinar nesses casos. Ou procure estudar o assunto primeiro, antes de falar bobagens. A humanidade agradece.
Quando li o texto já intuà a chuva de crÃticas. Afinal não se pode destruir mitos, como por exemplo o da ressurreição de Jesus.
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