O que a matéria deixa evidente é a dificuldade de se produzir e manter habitação popular para uma população que mal ganha pra viver e portanto não tem dinheiro pra sustentar o custo de um apartamento de médio padrão. Mas aí caímos naquela questão, se os apartamentos que recebem incentivo público são destinados aos 20% de maior renda, não estamos ampliando a desigualdade?

Olá Vicente, bom artigo, mas afirmar que interesses sociais estão em segundo plano não é correto. O programa de retrofit da Prefeitura é uma iniciativa inédita que oferece incentivos fiscais e urbanísticos para recuperar prédios antigos e atrair investidores para o centro. Além disso, está integrado a outros programas de incentivo à moradia popular, com subvenções econômicas para habitação de interesse social (HIS) e construção ou reforma de imóveis voltados à habitação.

Não creio que uma população de "alta renda" esteja disposta a comprar ou alugar imoveis reformados em regiões centrais deterioradas O correto seria destinar esses imoveis para a classe media assalariada como policiais, funcionários públicos, bancarios, medicos, advogados, artistas, etc. que tem renda suficiente para fazer a manutenção desses imoveis. Seria um erro destinar esses imoveis reformados para a população de rua que, em pouco tempo, criaria varias favelas verticais como o Ed. São Vito.