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  1. Alexandre Marcos Pereira

    O escritor francês com seu olhar profundo e sua fala cortante, revelou ao Brasil um dos paradoxos mais angustiantes da contemporaneidade: a luta por liberdade pessoal em um mundo de opressões estruturais. Louis, ao narrar sua trajetória pessoal, expôs feridas que não são apenas suas, mas de uma sociedade inteira, com suas armadilhas de classe, gênero e sexualidade. Ele trouxe à tona o quanto é difícil encontrar espaço para ser autêntico quando se está preso em um corpo e uma identidade moldada

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  2. hm lins

    É arrebatador mesmo o modo como ele dá esse grito à sociedade...

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  3. Antonio Araújo

    Poder é poder. Não importa em que mão esteja, sempre corrompe, menos ou mais. Ser gay e negro com o poder à disposição não significa que você não cometeria os mesmos erros de brancos e héteros. O mal está no ser humano, não em sua raça, gênero ou crenças.

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  4. José Cardoso

    Ouvindo o escritor no roda viva deu para perceber que é muito inteligente, e parece ter uma personalidade serena e equilibrada. E tudo isso é em sua maior parte herança genética. Em suma, teve muita sorte nessa loteria, além da sorte de ter nascido num país liberal como a França. Na Arábia ou no Irã os desafios seriam bem maiores.

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    1. Marcos Benassi

      Poi Zé, meu caro, há muitos contrapontos à noção de construção social da realidade e da personalidade. Contudo, são muito poucos aqueles que têm, de fato, consistência suficiente para o bom debate e a adequada explicação dos fatos. Não conheço este que você menciona, em particular, mas esteja certo de que é uma pesquisa imersa em um mar de outras que fluem em sentido contrário.

    2. José Cardoso

      Eu também atribua muito mais ao ambiente. Mas ouvindo as palestras do Paul Bloom, parece que tanto o Freud como o Skinner, que de formas diferentes apostaram nessa linha, perderam prestígio na psicologia, com o progressivo acúmulo de evidências. Ele chega a dizer que, excetuando exageros de maus tratos em crianças muito pequenas, a influência da família na personalidade é pequena.

    3. Marcos Benassi

      José, faço forte e substanciosa restrição à atribuição da "personalidade serena e equilibrada" à loteria genética. Embora de fato dependa muito da sorte, o compósito de genética, ambiente e escolhas individuais é um emaranhado que, absolutamente, não se pode resumir ao primeiro dos itens.

  5. Fabrício Schweitzer

    A liberdade é, sem dúvida, no mundo capitalista, construída a partir do financeiro e de representações da pluralidade humana. Não devemos nos esquecer das intersecções, ou seja, uma mulher negra, nordestina, sem escolaridade e lésbica enfrentará desafios hercúleos para se manter viva.

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    1. Fabrício Schweitzer

      Uma coisa é certa, Sr. Edson, muitas dessas mulheres têm um pensamento que ultrapassa, e muito, o lamentável pensamento bitolado.

    2. Edson Antonio Mendes

      Como assim fazer referência ao Nordeste ? No Nordeste é possível concluir que não há indícios dessas características descritas conforme a interjeição das palavras supra, pois acredito que durante as dezenas anos que o PT controla o Nordeste esses fatos não existam lá mais a essa altura ? A não ser que a Esquerda prega uma coisa é faça outra ?

    3. Marcos Benassi

      Dedo no'zóio. E, se for pra "ser feliz", o desafio não é de Hércules; possivelmente, do próprio Zeus.

  6. Marcos Benassi

    Thiago, caríssimo, longe de mim diminuir a dor de um jovem gay urbano, que tem seu futuro obscurecido e amputado pela negação de muitas das liberdades da vida. Apenas trago o exemplo de liberdade, documentado através de inúmeros estudos, que o conjunto de políticas públicas de combate a miséria teve no Nordeste. Essas políticas, voltadas especialmente as mães de família, levaram imensa liberdade às mulheres que, antes, dependiam de seus maridos. Foi notável, e existiu. E tem de ser reconstruído.

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    1. Marcos Benassi

      Meus caros Walter e Maria, infelizmente a ignorância acerca dos efeitos de determinadas políticas públicas ultrapassa o admissível. Na verdade, nem é a ignorância que o faz, é a má vontade e a falta absoluta de cérebro. Não falta miserável de direita pelaí a gritar como nosso coleguinha abaixo.

    2. Maria Lopes

      Ha um estudo com mais de um milhão das primeiras famílias a entrar no programa. Mais de sessenta por cento o deixaram por ter estudado ou empeeendido. A previsibilidade da renda (e outros programas sociais concomitantes- água, eletricidade etc) possibilitaram essa autonomia. As mulheres precisam dess ajud, são a maioria, criam filhos, sustentam a casa. Quem é contra o programa revela preconceito e ignorância. Ou pior.

    3. WAGNER NEGREIROS

      Prezados Marcos, A socióloga Valquíria Rego tem um livro muito interessante sobre o seu depoimento: vozes do bolsa família. Ela relata exatamente toda está descrição

    4. Marcos Benassi

      Edson, prezado, com essa substância aguada, não há debate possível.

    5. Edson Antonio Mendes

      Tudo resolvido ? Tudo resolvido com o Bolsa família? Ou o Bolsa Bets ! O discurso da Es querdaPT é uma coisa, fazer é outra muito distante!