Boa parte de nossos partidos políticos existem em função do fundo partidário, extinguido-se esta excrescência, haveria uma depuração natural, sobrando apenas aqueles que representam algum espectro ideológico.

A política é locus de locupletação e enriquecimento, adicionalmente de poder. Antes das monumentais verbas públicas, a caça maior era por cargos públicos com altos recursos para abiscoitar pecúlio via superfaturamento. Agora com a legalização da defraudação tudo ficou mais fácil.

Quanto desperdiçaram nas eleições em São Paulo? O Par Tido torrou sessenta milhões com o Boules.

Interessante, o homem mais rico do mundo iniciou um processo de compra de votos explícito, na chamada maior democracia do mundo e nada acontece. A folha sequer comenta esse escândalo no editorial. O que faz uma empresa nitidamente voltada à propaganda do capitalismo tosco desqualificar a inteligência dos seus leitores, pregando abertamente que votos devem ser adquiridos através dos grandes capitais e que não faz sentido candidatos independentes? Que venham a enxurrada de pobres de direita.

A FSP demonstra sonhar com um mundo que não existe. É impensável imaginar que os políticos farão um melhor uso dessas verbas que alcançaram estrondosos 50bi. Acabamos de ver um Nobel em Economia ser laureado por seus estudos sobre as Instituições. A instituição do jogo político no Brasil é um verdadeiro câncer a nivel municipal. Reduzir o dinheiro público disponível para essa bagunça é parte do tratamento do problema. De resto, que as demais instituições continuem agindo de acordo.