Blogs Morte Sem Tabu > Andreas Kisser escreve sobre a morte de Antonio Cicero Voltar

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  1. Marcelo Veras

    Esse é justamente o tema de meu livro A morte de si, onde em um capítulo analiso a questão do suicídio assistido. O tema é complexo e exige debate. O psicanalista Nestor Braustein escreveu uma das mais belas cartas de suicídio e que pode ser encontrada na internet. Contudo, os países com leis mais desenvolvidas encontram um outro problema, 3% das mortes no Canadá são por suicídio assistido, muitos desempregados e aposentados, que se sentem inservíveis em uma sociedade neoliberal. Ótimo artigo

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  2. Sinésio Brito

    Sem comentários Andreas, falou tudo.

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  3. João Amaro Ferrari Silva

    Estamos atrasados em tudo! Necessitamos sair deste país para obter um tratamento médico melhor e para simplesmente morrer. Poucos sabem o horror de possuir uma enfermidade incurável, e sermos auxiliados por cuidadoras desinteressadas.

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  4. JOSE EDUARDO MARINHO CARDOSO

    Toda pessoa deveria ter acesso a morte assistida, mas as religiões se apoderaram da morte para manipulação das massas. Especialista em tratamento intensivo, e chefe da escola de anestesia da Universidade de Ferrara, na Itália, Lina Pavanelli concluiu que o Papa João Paulo II teve morte por eutanásia. Conclusão baseada em sua experiência médica e em suas próprias observações do pontífice doente na televisão, bem como em relatórios da imprensa e um livro subsequente do médico pessoal do papa.

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  5. Anderson Pereira de Souza

    O texto é excelente, mas a realidade contrasta. No Brasil não se pode discutir aborto legal, mesmo em casos de gestação oriunda de estupro ou de risco à gestante. Temos um longo passado pela frente.

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  6. gerson tavernari

    esqueça qualquer avanço na nossa sociedade, estamos caminhando para o fundamentalismo pentecostal, caminhando para o atraso e a tudo o que é retrógrado

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    1. Marcelo Veras

      Concordo que o panorama é sombrio no Brasil, por isso a importância de sustentar na cultura aquilo que será cada vez mais negado pelos políticos religiosos. Assim como aborto, o suicídio faz furo nas leis, pois não deixam de acontecer em toda família, mas só servem aos que podem pagar. Como psicanalista, escuto frequentemente situações efetivas de eutanásia e necessidade de fazer um aborto escondido no seio de famílias conservadoras... quando a vida é a do outro.

    2. Tadeu Humberto Scarparo Cunha

      Tanto Anderson quanto o Gerson estão certíssimo,caminhamos a passo largos para a idade da pedra lascada.Temos um longo e tenebroso passado a frente.

  7. Rachel Matos

    Excelente artigo, Andreas. Parabéns!

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  8. Marcelo Magalhães

    Ao modelo capitalista interessa a venda de insumos e serviços para ganhar mais dinheiro. As Unidades de terapia intensiva se transformaram em centros de distanásia, onde os pacientes são mantidos vivos, a despeito de suas vontades, do desejo da família, apenas por comportamentos protocolares, que não aceitam reflexão e críticas. Menos de 10% dos pacientes que permaneceram por mais de 4 dias em ventilação mecânica estarão vivos ou independente em um ano, mas os médicos tem atitudes negacionistas.

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    1. Marcelo Veras

      Concordo, sou psiquiatra na universidade mas fui por anos médico intensivista. Você descreve muito bem o despreparo na formação médica, por negar a morte, eles recaem na ideia de que o primum vivere é o essencial. Lembro da frase de Tom Zé: ao persistirem os médicos, consultem o sintoma

  9. adenor Dias

    Na minha insignificante opinião, a eutanásia, ou morte assistida, deveria ser um direito de qualquer pessoa. Seria uma forma de nos despedirmos de pessoas que gostamos podendo inclusive pedir perdão por algo que tenhamos sido injusto, ou falar coisas que nunca tivemos coragem de falar durante nossa saúde. Acredito que poderíamos suavizar o sofrimento de alguém que por ventura sentirá nossa falta. Uma vez que não sejamos obrigado a optar pela eutanásia, por que não...

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  10. Edu Haber

    É isso mesmo Andreas, parabéns.

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  11. Mariana Ribeiro Marcondes da Silveira

    Trabalhar pelo acesso universal aos cuidados paliativos no Brasil como no Patfest é uma forma muito especial de honrar a memória de um ente querido. É o amor em ato e exemplo do que o amor pode construir. E para levantarmos a corajosa e necessária discussão sobre outras possibilidades perante o sofrimento insuportável de quem está em final de vida como a eutanásia e suicídio assistido, é muito importante contar com vozes de pessoas que são exemplo por sua arte e vida. Valeu Andreas!

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  12. Karina Kanazawa Rienzo

    Meu caro Andreas, num país onde o parlamentar legisla com a bíblia embaixo do braço, esse assunto tem chance zero de prosperar. Infelizmente o momento não é oportuno.

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  13. Gustavo Araujo

    Enquanto houver mais igrejas do que escolas por aqui estaremos condenados a patinar nesta e em outras questões.

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  14. A A Iuras

    A morte morrida vem a todos nós de diversas maneiras e quando menos se espera. Mas outro tipo de morte eu acho que tem outro nome e não deveria ser cultuada, deveria ser lamentada.

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  15. Valdemar Rodrigues de Menezes

    Corrigindo, desfibrilador

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  16. Valdemar Rodrigues de Menezes

    Devemos falar de cuidados paliativos, sim, e fazer uma arregimentacao para a instituicao de hospices (unidades exclusivas de assistencia paliativa) de carater publico, bancados pelo SUS (o atual governo, alias, ja deu um passo ao instituir cuidados paliativos nos hospitais publicos, mas de forma ainda timida). Morrer com o menos de sofrimento possivel constitue um direito humano fundamental e deve ser garantido.

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    1. Valdemar Rodrigues de Menezes

      Tambem devemos falar e pesquisar sobre a vida apos a morte, sem preconceito, nos informando sobre o avanco estupendo das pesquisas nesse sentido, nos ultimos 50 anos, desde que se inventou o desfilibrador e milhoes de pessoas foram resgatadas da morte e comecaram a testemunhar que sua consciencia permaneceu lucida apos terem morte clinica. Se for assim, quem pensa em se matar ou ter morte assistida tera de pensar duas vezes sobre as possiveis realidades com as quais pode se deparar.

  17. VITOR LUIS AIDAR SANTOS

    O artigo de Drausio Varella (uma semana atrás) sobre o tema é inspirador. Decidir sobre o próprio momento de partir, sob certas condições é claro, seria o o suprassumo de respeito às liberdades individuais.

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  18. Alex de Oliveira Guedes

    Por aqui há muitos impeditivos em discutir liberdades individuais. Em uma sociedade onde não podemos sequer escolher como viver, falar sobre uma morte digna se torna tarefa quase impossível.

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