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  1. ARMISTRONG DE ARA JO SOUTO SOUTO

    Não pude deixar de lembrar da Psico-história, mencionada em A Fundação (Isaac Assimov).

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  2. Ho Hsin Tsai

    Esse prêmio Nobel só confirma a necessidade do capitalismo da narrativa eurocêntrica. Não foram as instituições democráticas que fizeram os países ricos do Ocidente alcançarem essa posição. O verdadeiro Marx (não o marxismo eurocêntrico) já tinha chegado à conclusão de que não existe o capitalismo sem o colonialismo. Foi a transferência de riquezas do resto do mundo para o Ocidente e isso foi feito com o militarismo para dominar e o genocídio de povos originários.

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    1. José Tarcísio Aguilar

      Tsai, este foi o primeiro pensamento que me veio ao ler a notícia do Nobel de economia. Grato por transformar em palavras.

  3. Paloma Fonseca

    Eu acho muito interessante o identitarismo desse ponto de vista: ele mobiliza um conhecimento histórico acerca da condição negra e indígena, feminina e das minorias de gênero e sexuais no passado para transformar a condição dessas populações no presente, porque foram e continuam estigmatizadas, excluídas de direitos, exploradas, subjugadas. Essa perspectiva, eu sei, não agrada a algumas pessoas, talvez porque elas não se sintam atingidas por uma condição opressiva.

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  4. Paloma Fonseca

    Não vejo tanto problema em conhecer o passado para manifestar-se acerca das questões mais pujantes do presente: aliás, muitas das perguntas lançadas ao passado surgem do que se verifica no presente - por exemplo, por que existem países mais ricos e outros mais pobres entre os que foram colonizados pelos europeus. O que deve incomodar é o "presentismo", achar que as ideias e práticas sempre foram do jeito que se apresentam no presente, sem adotar uma perspectiva histórica.

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  5. Sonia Guimaraes

    Interessante observar que a metodologia adotada por Acemoglu e os co-autores desenvolvida em alguns de seus livros difere da que utilizam em seus artigos científicos, em especial, os sobre novas tecnologias e futuro do trabalho, em que as teses são cuidadosamente examinadas sob o controle da econometria. Concordo com Vinicius Mota por desconfiar de argumentos retóricos. Quando estes são mobilizados, a tendência é de que a seleção dos dados reforcem o argumento, correndo o risco de viciar o res

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  6. PATRICIA PORTO DA SILVA

    Essas análises historicistas são em geral diagnósticos. Caricaturalmente, lembram coisa de “engenheiro de obra terminada”, como aqueles indivíduos que dizem como deveria ter sido, mas nada propõem acerca de como sair do “embroglio”. Estamos numa “enrascada”, sem dúvida. Precisamos de quem nos aponte um caminho para a frente e não de explicações sobre porque chegamos a esse ponto, a menos que tais explicações tragam em seu bojo alguma luz sobre algo como uma guinada, quem sabe, uma mudança.

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  7. Isa Bela

    “ E as refutações não tardaram.” Seria interessante citar os estudos com essas refutações. Ficou parecendo que as refutações saíram apenas da cabeça do autor do artigo. Concordo que generalizações são perigosas e que o uso de fatos históricos específicos e longínquos para explicar fatos atuais pode ser enganoso. Mas qual seria a alternativa ao se tentar entender o presente através do passado? É impossível capturar todas as variáveis em um modelo matemático.

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  8. bagdassar minassian

    ... fica a tradicional questão; se as elites dominantes na América Latina tinham formação cultural e vivência europeia, por que continuam com economias tipo colonial, mesmo que diversas, e a permanecia das desigualdades desde os primórdios apesar das modernizações introduzidas e vividas? E as instabilidades dos sistemas políticos, os golpes de estado de qualquer natureza? Sabe-se o porquê está 'assim' e como destravar? Há sugestões. As dezenas tentativas no Brasil são testemunha!

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    1. José Cardoso

      E a pergunta que não quer calar. Eua tem, e há muito tempo, renda per capita semelhante à de seus colonizadores. Já a Espanha e Portugal tem hoje mais ou menos o dobro da renda per capita de suas ex-colônias nas Américas.

  9. Luis Augusto Bustamante

    Ainda não li Acemoglu, Johnson e Robinson, mas depois desta crítica cínica, pernóstica, com um quê de ressentimento viralatista mazombo de Vinicius Mota, acho que vou adorar os autores. Até já encomendei o meu exemplar de Por Que As Nações Fracassam na Amazon.

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    1. juliana correa

      Mestre em Sociologia pela USO… Nem sequer doutor

  10. José Cardoso

    Concordo. Aliás a grande dificuldade de tratar a sociedade de forma científica é a enorme quantidade de dados não controlados. É mais difícil que a meteorologia. A Argentina foi de certa forma uma colônia de povoamento, e o P. A. Samuelson, aliás também prêmio Nobel de economia, confessou que ao final da segunda guerra apostava que seria um dos mais ricos do mundo nas próximas décadas, com sua população bem educada, bom clima, recursos naturais e infraestrutura de transportes. Pois é, deu ruim.

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  11. Luis Augusto Bustamante

    Qual é então a alternativa à história? Tentar compreender como agimos e pensamos no passado é necessário para entender o presente e as possibilidades de futuro. É assim que se faz desde o Iluminismo, ainda que se saiba que esse entendimento é sempre imperfeito. O conhecimento científico da história se faz em passos claudicantes e hesitantes, mas sempre para frente. Rejeitar qualquer tentativa de compreensão da história em nome de um ceticismo niilista e pernóstico faz bem o estilo desta Folha.

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  12. Carlos Mello

    A bem da verdade esse prêmio Nobel desse ano foi estranho. Os ganhadores de economia que me desculpem mas essa teoria já era mencionada desde século retrasado. Nada de novo na verdade.

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