Vera Iaconelli > Por que 'Ainda Estou Aqui' é imperdível Voltar
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como diz o Peninha, catem o canal do bueno, pois eles ainda estão ai, eduquemo-nos, e nada de desconder a realidade do que a ausência da democracia pode causar a nossos filhos e netos , todo mundo no cinema !
Jaqueline Mendes de Oliveira, Benassi, meu guri, sendo dos confins da fronteira oeste , lindeira com Uruguay e Argentina, ouvia, sentia a ditadura se aproximando pelas bandas orientais quando adeloscente, já nos anos 64 coisas estranhas aconteciam, nos anos setenta, outras piores. A ficha foi caindo muito lentamente quando vim para a capital. Mas e meus educandos, que não têm ideia do que se pasó ainda nos dias de hoje ?
Ah, cara Camila, eu acho que todo mundo tem que assistir isso, noves fora as suas qualidades artÃsticas. Têm que ler Marcelo Rubem Paiva, o filhote, tem que saber o que foi essa ditadura assassina, o que foi a infeliz "anistia" que desencriminou agentes do Estado que agiam de modo terrorista em seu nome. Eu é que, pessoalmente, tô repleto de uma covardia, pra mim meio inédita, que é essa de tomar contato com coisas que remexem profundamente, lá no fÃgado e no estômago. Eu, KHgão; o mundo, não!
Ai que texto lindo, Vera, carÃssima! Putz... Para mim, que volta e meia fujo da sua coluna pelo doloroso das reflexões, capaz de ser sinal vermelho: não vá assistir. Tem sido assim também com a Miriam Goldenberg, constantemente v fujo rumo ao debate de barbáries mais grosseiras. É tudo doloroso demais, ando covarde. A dupla de adultos é espetacular, hein? A Fernandinha, que muierão - aliás, aquela famÃlia é algo surreal. Enfim, não sei se vejo; talvez, no streaming, eu respire fundo e dê um play
Vou assistir... Claro! São tantas razões: autor, cinema, tema, história, atores, atrizes. Acredito que deveria ter uns 10 filmes por ano, sempre contando as histórias de cada uma das pessoas q foram vitimadas e torturadas pela "ditabranda". Quem sabe assim, um dia, daqui mais uns 30 anos, teremos uma geração q dê valor à memória e não tente apagar a história daqueles(as) q a ditadura torturou e tirou a vida. Educação, Cultura e Cinema serão fundamentais para q Eles(as), sempre estejam por aqui.
Tem texto que deveria ser interditado aqui na Folha, de tão ruins que são.
"Mamãe, a escola pública e o posto de saúde pública é para os pobres, eu estou em outra patamar, mais elevado, eu posso pagar por escola e saúde privadas, mamãe, eu leio com gosto a Laura Mattos na Folha, mamãe, ela me apresenta um leque de opções de escolas privadas a meu dispor, e ainda dá um chega pra lá nos pobrezinhos, mamãe, afinal de contas eu posso pagar pelos serviços privados, mamãe, me identifico tanto com a Folha, ela "pensa" como eu, mamãe".
Até onde sei, o Estado é obrigado a oferecer vaga em escola pública a todo brasileiro; até onde sei, caso a senhora sofra um acidente de carro, a ambulância do SAMU resgatará a senhora, seja onde estiver; suponho que deva ter tomado as vacinas obrigatórias quando criança, oferecidas pelo Estado. Ninguém está completamente desamparado pelo Estado no Brasil. A sua identificação com a famÃlia de classe média alta do filme me diz muito sobre você.
O artigo da Vera é de pura emoção, contagiada pelo filme que deixa a todos impacientes para assistir.
Nascida no interior das Gerais, de uma familia classe média católica conservadora, educada em escola pública. Ninguém falava sobre o golpe de estado e a perseguição polÃtica (aos "comunistas") era algo que só acontecia na cidade grande. Eu ainda não sabia, mas percebia a opressão pelo tom das conversas. Em segredo, eu odiava o monstro que matava e torturava alhures, mas preferi o perigo à ignorância. Vim pra cidade grande, olhar o monstro nos olhos. E ainda estou aqui.
Não sei porque adiar tanto a estreia do filme. A colunista provavelmente foi uma das poucas privilegiadas a assistir uma sessão só para convidados.
O filme é bom? A Fernanda, o Selton e o Walter são bons? Não tenho a menor dúvida, são excelentes. Mas e o texto da Vera? Está cada dia melhor! Todos os dias, testemunhamos que ela é capaz de produzir reflexões profundas. Hoje, além disso, trouxe as lágrimas do cinema para a página do jornal.
Fui às lágrimas.
Torcendo para que ganhe o Oscar. O prêmio incentivaria os brasileiros a assistir o filme, nem que seja por curiosidade. Assim, muitos poderão perceber o horror das ditaduras...
Estou lendo o livro. Muito bom. Não perderei o filme.
Ainda não vi o filme, no entanto, o livro já li. Louca para assistir, inclusive. Amo sua coluna e nesta, fechou com brilhantismo!
Excelente! Estamos todos aqui.
Bravo+
Ainda permanecem os delÃrios de um passado hipotético onde havia ordem e progresso, onde reinava a moral e os bons costumes, onde a força bruta, o obscurantismo e autoritarismo imperavam. Não avaliam o preço que pagamos pelo desmonte de todo processo democrático e polÃtico, via arrocho salarial, inflação galopante, censura, tortura, corrupção, invasões de resistências, prisões arbitrárias etc. Aos reis e amigos do rei tudo era permitido, aos opositores a morte, o banimento.
Estamos aqui e não lá.
Parabéns Anete!! Sensacional seu texto! Comentário obrigatório para aquele que acreditam num Brasil que jamais existiu!
Eles estão aqui, e continuam a negar a tantas famÃlias o que negaram a Eunice Paiva e seus filhos: poder enterrar e prantear seus queridos. E quase conseguiram, novamente. Não podemos esquecer, nem deixar que as novas gerações esqueçam. Muitos, demais, já não sabem.
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A causalidade de Walter Salles, nesse filme, é conseguir um objetivo, um fim: a possibilidade de uma ética universalmente válida partindo do indivÃduo. Sem a moral das Escrituras; Newton tirou o divino da fÃsica, Hobbes no seu Estado absoluto tirou o divino da polÃtica; Darwin da biologia; Marx da história e Freud para a formação da consciência. Walter Salles tira o divino, que desperta nossa crença; busquemos a moral no nosso papel demasiadamente humano de conhecer o que é correto
Eles ainda estão aqui e são muitos.
Mas, nós ainda estamos aqui e também somos muitos. Apanhamos sim, mas, também demos o devido troco. Lutamos, batemos e cuspimos na cara. Ditadura nunca mais.
Sonhar faz bem: o MEC deveria fazer uma parceria e projetar "Ainda Estou Aqui" em todas as escolas/universidades públicas desse paÃs.
Só para registro, seria ótimo, mas não vai rolar, todos sabemos, por variados motivos. Como já dito acima, tomara que seja premiadÃssimo como forma de incentivar a curiosidade da massa. Tocante o texto da Vera.
Ainda estamos aqui, e infelizmente eles também. A frase final, no sensÃvel artigo de Vera diz tudo. Ninguém, todos saÃdos dos anos JK, dos grandes escritores, poetas e jornalistas, bossa e cinema novo, intelectuais sonhando um Brasil, imaginava que chegassem a tanto. Nem muitos dos conspiradores, cassados e calados depois, imaginavam. Acho, sem ainda ver, que o ar de perplexidade permanente e dolorida de Fernanda deve marcar cada instante, e a obsessiva expectativa, do horror do que virá depois.
Onde está em cartaz ???
Estréia dia 07/11 em cinemas de todo o Brasil.
Acho que vai estrear em muitos cinemas Brasil afora, no dia 07/11.
Foi apresentado - poucas vezes - no Festival Internacional de Cinema. Talvez antecipem a exibição no circuito comercial. Tomara.
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