Juliano Spyer > A criação não nos pertence, diz a Bíblia Voltar
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Quando o Gênesis foi elaborado há milênios pelos anciãos da tribo judaica, a humanidade era uma fração do que ela é hoje e, portanto, não tinha capacidade de desequilibrar o planeta (os avanços tecnológicos despertaram um potencial tremendo, o qual, não sendo bem compreendido e domado, tornar-se destrutivo). Por isso, uma reatualização hermenêutica, extraindo novas possibilidades interpretativas condizentes com os tempos atuais, faz-se profundamente necessária e urgente.
Destruir a Terra, dentro deste contexto religioso, pode ser visto como um pecado a Deus, pois o homem (e a mulher!) destrói a criação do Criador, um presente Dele para a sua criatura (nós). É o pecado do orgulho e da arrogância que precipitam a autodestruição.
Fico feliz por ver um texto do Edson aqui, um cara sério, não fundamentalista e comprometido com o bem estar das pessoas!
Não deixa de ser um desperdÃcio uma pessoa tão inteligente e estudiosa se dedicar a criar narrativas sobre textos antigos. Por que não estudar a vazão máxima do rio GuaÃba & efeitos do assoreamento, ou o efeito do vento nas milhares de árvores envolvendo a fiação da rede elétrica de SP?
O cara é da area literária e telologica, os saberes são muitos, mas o José Cardoso podia bem fazer o que sugeriu, corre atrás!
É isso aÃ, Juju. Precisamos entender a mitologia judaico-cristã dentro do contexto cultural de seu aparecimento. Tradições muito mais antigas como a dos sumérios, egÃpcios e gregos forneceram muitos elementos de suas mitologias aos autores judaicos. Nem que seja de forma residual, essas ideias pagãs podem ser observadas no texto bÃblico.
o legal é que, no mundo real, da sanidade mental, o que o texto bÃblico diz ou deixa de dizer é absolutamente irrelevante.
Isso mesmo, sua visao é definitiva é muito agregadora pra um paÃs de maioria cristã, mas acima de tudo e ainda bem, é imensamente irrelevante.
Se isso servir para dar alguma consciência ambiental aos evwngélicos alucinados, essa interpretação poderá servir para alguma coisa No resto, vixe!
É a melhor coluna de humor do jornalismo brasileiro.
Xiiiiii, Juliano, esta perspectiva é suficientemente complexa para ser recusada por95% do peçoau. Eu, gostei bastante. Nossos indÃgenas e seus primos do EUA, também gostarão: em seus mitos fundadores, a Terra sempre foi tratada como Sujeito. Em nÃvel cientÃfico, há ao menos a teoria de Gaia, que encontrou respeitabilidade, a tratar a Terra (a redonda) como um macro-organismo. Quem sabe os parasitas conseguem ouvir essas vozes repletas de bom-senso e não consumir o hospedeiro por completo?
Gostei Juliano, será esse o começo de uma nova teologia terrestre? Como não lembrar de Latour e seu livro Onde a aterrar? Quem dera a surdez seja curada.
Discussão teológicas como essa só alimenta o fogo da imaginação enquanto arde a terra desmatada. Focar no hoje e deixar a leitura como obra de ficção é o que necessitamos. De onde veio a mulher de Caim? Não importa. Porém quem compra as dragas que espalham mercúrio nos rios da Amazônia? O que o estado faz contra o crime ambiental?
(Continuação...) Assim, debates hermenêuticos sobre textos religiosos de uma religiosidade seguida pela grande maioria da população tem o poder de penetrar profundamente nas consciências individuais, alterando assim a mentalidade coletiva. Isso interfere nos polÃticos que elegemos e no que esperamos deles.
Prezado Antônio, ouso discordar. A conscientização da sociedade como um todo é uma guerra comunicacional, e há vários campos de batalhas. Um deles tem a ver justamente com o discurso mÃtico-religioso, pois envolvem histórias que humanos contam a si mesmos para dar sentido à existência (já que o método cientÃfico não se presta a validar ou negar questões existenciais). (continua...)
Interpretação interessante. Até então eu sabia (entendia) que quando Deus disse “façamos” ele se referia a trindade, Deus, filho e EspÃrito.
Um fanático malucão, e como tal, pessoa perigosa. Nuncan vi tanta asneira, num só artigo.
uma mentira escrita que gerou outro monte de mentiras para destruir muitos mentirosos. amém
No mÃnino estranho o texto
De qual deus estamos falando? Planeta só temos um. Deuses há vários. E o meteoro, hein?
Obscurantismo....
Muito mais fácil partir do princÃpio de que Deus não existe e seguir em frente.
Diante da iminência da catástrofe climática, intelectuais bem intencionados reinterpretam textos mÃticos escritos na Idade do Bronze para tentar dar uma orientação civilizada a fundamentalistas religiosos apocalÃpticos. É comovente seu esforço, mas, infelizmente, inútil. Fundamentalistas não são demovidos pela razão.
Excelente comentário! A BÃblia virou a palavra de Deus por obra de Martinho Lutero, para minar os abusos papais até então; uma atitude polÃtica; os textos bÃblicos e de quaisquer outros livros requerem interpretação criteriosa, e não cegueira;
Infelizmente o que há de pior andando por aqui continua sendo o homem...feito, segundo a mesma mitologia, do "pó da terra"...
Meu Deus! Enfim um artigo do Spyer realmente bom e pertinente! Ele traz um estudioso sério dos textos bÃblicos que nos apresenta a uma releitura da BÃblia que dá sustentação a uma abordagem respeitosa com o meio ambiente, exatamente o oposto da interpretação clássica em que Deus "doa" a Terra e todo o restante da Sua Criação aos homens para que estes usem e abusem. O abuso chegou ao paroxismo, se não for revertido será o fim. Parabéns, Spyer, enfim deu uma dentro!
A Guerra, a Fome, a Peste e a Morte já estão por toda parte do mundo. Inclusive no Brasil!
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