Um modelo interessante é o do TCU. É um órgão legislativo, mas com um certo distanciamento. E tem uma boa parte de seus membros escolhidos por concurso público e não por mera indicação.

Seu Jerson, prezadíssimo, também o senhor não merecerá que julguemos seu artigo somente pelo título, o que pode facilmente acontecer no ambiente de leitura aqui da folha - ainda não li nenhum comentário, torço para que não tenha acontecido. As Agências, como outros entes públicos - legislativo em especial - agem sem nenhuma cobrança acerca das providências que tomam, e, repletas de gente "de mercado" e com uma lubrificadíssima porta giratória, deixam de lado sua função precípua. Sobra inação.

As agências foram criadas para garantir independência técnica, mas com o tempo tornaram-se vulneráveis a manipulações políticas e econômicas. Nos EUA, o embate por autonomia é intenso e na Europa, prevalece um tom mais diplomático, mas sem reformas, perdem força, relevância e são corrompidas por interesses diversos. O Brasil vive situação parecida. É urgente atualizar modelos, proteger indicações e reforçar transparência para não serem meros instrumentos de quem deveriam fiscalizar.

Não CGU. Policia Federal. Muita corrupção.

"Diretores são quase sempre escolhidos não pela qualificação, mas pela vinculação política." Nessa frase o Sr Jerson Kelman disse tudo e apontou a origem da degradação das agências reguladoras, que foram criadas com um bom propósito, mas aos poucos foram sendo aparelhadas pelos políticos, em favor das empresas que deveriam ser reguladas e fiscalizadas. Os motivos dessa atuação dos políticos nem precisam ser citados.

"Estão maltratando as agências reguladoras", assinado: o dirigente das agências reguladoras... O governo deveria, sim, investigar as festas, as viagens e os "presentes" que as empresas dão periodicamente para os diretores das agências reguladoras. Aí está o problema.