Opinião > Liberdade de expressão não autoriza a veiculação de fake news Voltar
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Debie, obrigado pela generosa referência. Quanto ao que perguntou, se olharmos pela perspectiva da necessária evolução da humanidade, os rodeios, ao submeterem animais ao sofrimento, não mais se constituem em uma válida tradição cultural de entretenimento. Seria, respeitando as proporções, como as touradas.
Meus caros, que refrescante é ler um debate civilizado...
Obrigada! Suas considerações sempre são pertinentes ao debate público.
Ainda bem que na cidade de São Paulo, rodeios, vaquejadas e tais são proibidos por lei. Ô diversão nefasta. Que voltem os coliseus e os peões de Barretos lutem contra os gladiadores.
Ora, seguramente a ocorrência ou não de maus-tratos não é uma questão de opinião, mas - do que não tratou o autor do texto - de ciência (biologia, neurociência, neuroanatomia etc.) e Ética (o ramo do conhecimento), de modo que o foco (ou ausência dele) dessa discussão judicial especÃfica não leva à conclusão de que não há maus-tratos em atividades de "rodeio". Ao contrário, discussão dessa monta só corrobora com a confusão sobre o tema (o que é mais prejudicial aos animais não humanos, claro).
Bela paciência, Jessé, é qualidade a se tecer loas. Parabéns.
E o tema dos maus tratos é técnico e não de opinião…como no caso das vacinas. Vacinas não causam doenças e não há proteção constitucional para falar em sentido contrário.
Meu caro, boa tarde. Foram realizadas provas periciais em dois processos judiciais, ambas com a mesma conclusão: não há maus tratos aos animais em Barretos. Houve inclusive acompanhamento pelo Ministério Público.
Em suma, a crÃtica é mais ao artigo criticado e suas consequências, o qual propiciou o presente e esse aparente "triunfo" da tese a favor dos rodeios
Necessária uma retificação: o autor do texto disseque o tema é cientÃfico (com o que concordo, claro). A questão é o desfoque dessa discussão, como se estar certo sobre não se tratar de questão de opinião pudesse, de algum modo, afastar a hipótese de maus tratos (aà é outra discussão, que inclusive consta com processos citados, sobre os quais não tenho dados e não é p objeto do meu comentário)
Há de chegar o dia em que os animais não sejam mais usados como diversão, como provou o Cirque du Soleil. Barcelona provou ser maior assim como Bogotá proibindo as touradas. Sim, é minha opinião, e, nesse espaço de liberdade de expressão, sugiro que os peões montem uns nos outros, com os testÃculos amarrados, mas é só uma opinião.
Debie, minha cara, ao Quadrúpede não é fácil garantir mÃnimo respeito existencial - aos bois, submetidos; inviável; aos quadrúpedes opressores, ser tapado é questão de escolha, pelos ganhos econômicos. E Vamo que vamo.
Sr Manoel, o que os peões pretendem provar ao subjugar os animais? Além do que não há consenso entre veterinários sobre o sofrimento ou não dos animais. Se esses pudessem falar... Consenso há de que os animais são submetidos a um estresse desnecessário somente para o júbilo daqueles que ganham dinheiro com isso. Nunca fui e jamais irei a um espetáculo desses por considerá-lo degradante, antiético e desnecessário.
É a sua opinião que deve ser sempre respeitada. Mas tecnicamente não há maus tratos aos animais em Barretos o que foi provado judicialmente de forma técnica.
Liberdade de expressão exige responsabilidade de expressão. Mentir é ato irresponsável, criminoso e que deve ser punido com rigor. Fake news atacam a honra e causam sérios prejuÃzos para pessoas e empresas.
Sr Viveiros, sendo um jornalista famoso, para além de sua opinião sobre liberdade de expressão, gostaria de saber o que o o senhor acha dos rodeios dentro de uma perspectiva ética e humanista.
Plenamente de acordo. O tema 837 será um divisor de águas no STF.
A tese é tentadora mas não se sustenta. A nossa constituição garante por exemplo a liberdade religiosa. E as religiões são fontes abundantes de fake news, como mortos que ressuscitam, sol que pára de se mover, pães que se multiplicam, virgens que concebem e por aà vai. Portanto, o direito de mentir é respaldado pela constituição.
Não há essa distinção de temas técnicos ou não técnicos. Quando se diz que um morto ressuscitou, isso é uma afirmação sobre um fato. Ou é verdade ou não é. Sabemos que não é, mas ainda assim aceitamos que pessoas digam que isso acontece.
Então, liberdade religiosa não é tema técnico e por consequência é livre mesmo. O tema 837 está vinculado a opiniões sobre temas técnicos, como vacinas. Defender opiniões contra a ciência nada mais é que fake news, sem proteção constitucional.
Estes rodeios deveriam ser proibidos ,animais não são objetos .
Respeito sua opinião que tem respaldo constitucional. Já o tema 837 está vinculado a opiniões sobre temas técnicos, como vacinas. Defender opiniões contra a ciência nada mais é que fake news, sem proteção constitucional.
enquanto as fake news não se tornar crime e sujeito a punição a tendência é aumentar, até um governador de estado e postulante a candidato a presidente usa essa covardia, tem gente que ganha a vida fabricando e disseminando mentiras, e só existem por causa das fake news
Perfeita a sua posição.
O cerne da questão está muito bem colocado. A ciência tem plena condições de verificar os fatos, portanto não cabe o argumento de que alguns temas considerados politicamente corretos sejam abordados como mera opinião. Ainda por cima sustentados por fake news.
Sensacional a sua observação. Concordo totalmente.
Respeito a sua opinião, mas o antropoformismo é isso mesmo, avaliamos o tema segundo nossa opinião. A discussão não é esta, mas sim que o tema foi objeto de perÃcias e decisões judiciais no sentido de que não há maus tratos. Vc pode pensar diferente, como pensam aqueles que atacam as vacinas, mas é algo dissociado do que tecnicamente provado. Pior, veicularam vÃdeos de local em que havia maus tratos afirmando ser Barretos (fake news).
Muito bem, seu Luiz Manoel! Os bois da festa do peão lá se encontram no intuito de se divertir, brincando com os humanos. Naquele ambiente agradável, com milhares de pessoas gentis, urrando delicadamente por seus bois prediletos, os animais demonstram claramente seu apreço pelo joguete. O fato de tentar, por todas as vias possÃveis, retirar de si o peão, é prova de que aprovam a brincadeira. A genética brincalhona, conquistada a duras penas, chegará à inteligência: alfabetizaremos a boiada.
O que se discute é se temas técnicos podem ser tratados como simples opinião: não podem.
A base é ética, seu Luiz. Se vosmecê pedir ajuda ao seu Manoel, podem tentar o esforço de sair dessa simplorice de "técnica". Boa sorte a ambos.
Bom dia, obrigado. O fato é que todos podem ter opinões, mas a Constituição não protege aquelas dissociadas da realidade (fake news). O tema é técnico, analisado por duas vezes no Tribunal em São Paulo e provado que não há maus tratos, o restante, como disse, é apenas opinião sem base fática.
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