Sérgio Rodrigues > Destarte, outrossim, embromação e fim Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Texto precioso e preciso como sempre, mas este achado é de matar: "afetado gato juridiquento entra na tuba." Sensacional.
Ah, Serjão, é bonito, né não? Destarte, que alembra descarte. Outrossim, outronão, outrotalvez, outronada, outronunca... Outrora é lindo de verdade. Eu adoro Nevertheless, pena que não dá pra usar em português. Lembro-me de um chefe que eu tive em Portugal que levou um tempo pra acreditar que eu escrevia direito - evidentemente, nunca fui capaz de escrever correntemente com aquela construção Tuga das frases, é preciso um treino e tanto. 'Tadinha da garotada, crendo que "bom português" é empolado
Perfeito.
Concordo. O fato é que os alunos precisam responder 90 questões e ainda escrever um texto dissertativo. Vamos dizer que nossos escritores não eram oprimidos com esse tipo de exigência. Então, eu entendo que aos vestibulandos se ensine um jeito engessado e burocrático de escrita.
Basta incluir nos critérios de correção um incentivo à linguagem direta, ao papo reto como escreveu o colunista. Um corretor de redações com base em IA?
Destarte, é indeclinável inferir em primeira análise, outrossim, que esta sua coluna considerar-se-á antológica!
Vc é excelente quando escreve sobre a lingua portuguesa
Outro autor que serviria de bom exemplo é Dalton Trevisan. PerÃodos curtos, zero embromação, legÃvel e compreensÃvel para qualquer classe social. O Vampiro de Curitiba deveria ser leitura obrigatória no Ensino Médio.
Os destartes e outrossins ganham vida longa também na universidade, onde há professores que recomendam os estudantes a abandonarem a linguagem "chula" do dia a dia para desenvo. É sofrÃvel corrigir trabalhos cheios do mais pobre bacharelismo que o próprio Machado ironizava ainda no século XIX.
Excelente!
Shakespeare, é o conhecido clássico inglês. Segundo Harold Bloom, um dos mais respeitados crÃticos literários, é o Clássico dos clássicos. Muito bem, isto posto seus tradutores no Brasil, criavam um texto presunçoso e pernóstico, para fazer juz à fama do autor e à sua própria. Ora, o teatro de Shakespeare era quase um espetáculo de feira. Linguagem popular, inclusive em palavrões. Padre Vieira em sermões seiscentistas exerce a arte da persuasão, da Retórica. Clareza e arquitetura argumentative.
Apesar de a {competência para a} linguagem escrita ser questão séria de cidadania e autoestima cultural, hoje, Sérgio Rodrigues, você estava mais solerte do que nunca. Como diria Rolando Lero, causou-me profusão de chistoso deleite. Com galhardia despeço-me à moda de Odorico Paraguaçu: "Suas ideias não passam de obra da esquerda comunista, marronzista e badernenta." ;o)
Óh Adonai, meu Divino Senhor, idolatrado entre os mais ególatras.... Em sua espetacular sabedoria, não és capaz de distinguir humor daquilo que é puro fel??? Rsrsrsrs só rindo muito pra vc...
Oba! Achamos a responsavej pelos temas do Enem! Tanto fél assim só pode ser vaidade ferida.
Por isso defendo que a dissertação não tenha nota. Seria apenas julgada como aprovacada ou reprovada. Não é justo facilitar a classificação para quem copia e não cria nada. De que adianta para um engenheiro? Conheço gente boa que teve dificuldade com isso, em detrimento de outras disciplinas.
Aà também não. Não se pode querer que nem mesmo um concursando a um cargo policial apresente solução para a questão das drogas, quanto mais um adolescente de 17 anos propor algo para a paz mundial. Mas ele precisa demonstrar que pode argumentar a respeito de um assunto que lhe seja próximo. Como uma ideia para economia doméstica de energia elétrica.
Todo universitário precisa saber escrever. Um engenheiro tem de apresentar projetos como qualquer profissional.
Desculpe Rosa, sou engenheiro e discordo que se formem beócios que saibam fazer contas.
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Sérgio Rodrigues > Destarte, outrossim, embromação e fim Voltar
Comente este texto