Muniz Sodre > O tamanho do buraco identitário Voltar
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Me chamou aatenção um texto de Ana Cristina Rosa, quando uma pessoa diz à ela: "sabe aquele preto que é gente." e ela responde: "Sim. O que não conheço é um preto que não é gente."
É claro que há diferenças genéticas, mas não de forma genérica entre brancos e negros. Por exemplo há muitos corredores de longa distância duma certa região da Ãfrica. Aliás, já li que há mais diversidade genética na Ãfrica que em toda a população do resto do mundo.
Se o racismo tem a ver com "....domÃnio social do ego moldado pelo corpo-imagem do mercado. ", como enfrentar essa questão tão dolorida e injusta ? É uma questão psicológica ?
Texto elucidativo é impressionante.
Orra, sençura, Justa Lerda: se o Bruno acha que a gente deve culpar Deus, qual pobrema ceis têm com isso? Esses critérios rotos, que aceitam qualquer "denúncia" vvvaagabunda, são uma porcaria de ordem maior.
Creio que a questão central do racismo acaba nao sendo devidamente abordada. O racismo como o conhecemos é uma construção do seculo xv para justificar a industrialização do comercio de escravos africanos. Ha dados históricos irrefutáveis. Construção europeia, especialmente inglesa, portuguesa e espanhola. Portanto, para nós, povos americanos, insistir com o racismo é perpetuar a ideia de que somos povos inferiores aos europeus. Racismo nas Americas é falta de inteligência.
A Folha agora tem um caderno em javanês? Chama o Djavan para traduzir! Cruz credo.
Qual parte do texto não foi inteligÃvel prá você. InteligÃvel relativo a entendimento.
Djavan seria perfeito
Dizer que raça não existem é como querer tapar o sol com peneira. Raças encaixam-se muito bem no conceito de subespécies: "Populações fenotÃpicamente distintas que habitam um determinado território e pode cruzar com outras subespécies, gerando descendentes férteis." Ex. AborÃgenes australianos são fenotipicamente distintos e habitam Austrália a ilhas adjacentes. Os San(bosquÃmanos) são fenotipicamente distintos e habitam o deserto do Kalahari. Negros são distintos e habitam Ãfrica subsaariana.
Uai, Paulo, peneira é aquela coisa: bota três ou quatro que tapa. E, na escuridão, até dá pra escrever que branco, preto e 'marelo são "raças", umas melhores, outras piores. Quero ver é sustentar isso debaixo da lâmpia d uma análise genética.
Poi Zé, sêo Muniz, é ruim e embrulha o estômago; todavia, quando eu vejo as propagandas da TV, acrescento o fÃgado ao mal-estar: é um tal de produto de beleza para cabelo e pele pretas, seguro mostrando famÃlia preta, plano de saúde aparecendo preto, uma infinita tentativa de captura da etnia. Também paradoxal e extremamente incômodo pra mim é o blá de quem, ainda que com ótimas intenções, monta esqueminhas "empreendedores na favela": cheira-me a "mudar pra que sobrevivam e tudo fique igual".
Roberta, eu diria que esses aspectos acabam sendo, de fato, "cenário". O cerne do meu incômodo vem da lógica que esses "empreendedorismos" tentam vender, que é aquela mesma que os bota na quebrada e na exclusão sócio-econômica. "Olha, pobretalha, aqueles de vocês que aprenderem a jogar o jogo, sobrevivem/melhoram". E é verdade, mas não é, nem de longe, uma solução pra todos, sequer pra muitos. E, quando usada como forma de mistificação do modelo econômico, é muitÃssimo ruim.
Há muito o que devassar nessa floresta densa e fechada que é o racismo a brasileira. Eu consigo entender quando vejo "favela é potência". Mas tenho dificuldade em admitir a possibilidade de uma potência sendo construÃda sobre a realidade de região dominadas pelo crime, poluição de córregos, "casas" de madeira (pra dizer o mÃnimo, entre outros. A mim, parece que, "potência" é, antes de tudo, mudar, de vez, esse "cenário".
Confesso, humildemente, que não entendi o texto e nem o que quis dizer ou defender seu autor. Li e reli procurando identificar a linha de pensamento crÃtica mas não entendi de verdade. Se alguém puder elucidar, fico grata. Ademais racis mo ainda é uma realidade que carece de explicação e mudanças em direção a sua superação.
O que eu entendi do texto é que a armadilha racialista é tão profunda, que mesmo que a esquerda apoie projetos, que beneficiem discriminados, a gente não consegue mais construir uma visão de umndo universal. Temos de estar presos em nossas caixinhas.
Eu acompanho o relator, ou o comentário do Marcos Benassi, também foi o que entendi da crônica ou micro-ensaio d Prof. Muniz.
Obrigada, Marcos!
Eu suspeito, cara Roberta, que a reflexão do seu Muniz aponte-nos uma certa ineficácia da polÃtica identitária "epidérmica", superficial. A não-aceitação da diferença tem muitos outros nÃveis, mais primitivos, que não serão desmontados através da forma como a ideia foi incorporada à ação polÃtica convencional. A objetividade da batalha étnica não é capaz de subjugar a subjetividade, generalidade e profundidade do preconceito contra a "esquisitice". Essa é a reflexão que me surge, sinteticamente.
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
Hahahahah, ótema. Mas a qual "Deus" devemos nos dirigir - melhor, dirigir nosso dedo acusatório? Deuses não faltam pela aÃ, ainda que ninguém tenha um panteão bacana como os gregos ou os romanos. Aliás, as religiões afro tem belÃssimos panteões, mas, justamente elas, zelam pelos oprimidos pelo preconceito. Pobremaço, prezado Bruno.
A que Deus culpamos pelo racismo? O VinÃcius J não é vitima de racismo, ele é talentoso, e isso derruba o racismo. Talvez ele esteja defendendo os outros negros que não tiveram a sorte de possuir talento igual a ele. Para ele ser vitima de racismo, o treinador não poria ele em campo, preferindo um branco. Ou mesmo o clube, não o contrataria!
Enquanto não nos entendermos, todos dessa terra, com mais melanina, com menos melanina, com ascendentes de 1500 ou ascendentes de ontem, como brasileiros, que é a etnia atual a qual todos pertencemos, não haverá como ter paz, não haverá como dar educação e justiça real para todos. Nessa terra doida, não interessa como, ainda existem uns querendo ser mais que os outros por qualquer motivo, e muitos que "protegem" os desvalidos nada mais querem além de poder e que se danem os desvalidos.
Uma vez ouvir de um radialista, já não mais entre nós, que só existe um tipo de raça: a humana; que pena que o conceito não é assimilado.
De fato, não cabe falar em raça, tratando-se de humanos.
Tive uma infância muito pobre, nossa turma era de muitas cores com os tons que tingem a população brasileira, eu era parte do proletariado mais pobre, sendo forjado na solidariedade de classe, que iguala nas mesmas carências os diversos tons de pele, a "saÃda" identitária fratura a classe trabalhadora, produto da crise de um projeto universalista, é a carta na manga do capital !
Todo tratamento preconceituoso entre os Seres Humanos, em quaisquer de suas manifestações está associado ao desconhecimento de um verdade elementar. Somos todos espÃritos multiexistenciais cujas condições biológicas, culturais, sociais, econômicas, fÃsicas, étnicas e nacionais são variáveis ou, em certa medida, pode-se até dizer permutáveis na sucessão de nossas diversas vidas.Não somos corpos estamos com um corpo ou Seres Espirituais passando por experiência humana.Deus nos ilumine! Namastê!
Vanderlei. Espiritualidade remete à moralidade e não a qualquer crença. Existem ateus mais espiritualizados que religiosos. Que Deus nos ilumine a todos e abraços fraternos em agnósticos e ateus! Namastê!
Preconceito remete à falta de espiritualidade? Na ìndia as castas apoiaram-se na ideia da reencarnação, que aliás serve prá justificar todas as romanidades, prá deixarmos o preconceito contra os bárbaros.
Ou melhor explicando. O preconceito remete à ausência de espiritualidade sua ausência à civilização. Namastê!
Absolutamente não disse isso caro Benassi. Que Deus nos ilumine a todos e abraços fraternos em agnósticos e ateus! Namastê!
Poi Zé, caro Nelson, mas não dá para pretender que a assunção dessa perspectiva espiritualizada seja a única base para uma vida efetivamente mais igualitária. E não é necessária: eu, que provenho de uma famÃlia "medianamente católica", que não me impingiu a crença, não creio; todavia, sempre exercitei o não-preconceito, *animado pelo comportamento efetivo* de meus pais, não por suas crenças mais profundas. Civilidade não é, obrigatoriamente, produto de espiritualidade.
Texto excelente, professor Muniz Sodré. Infelizmente o racismo existe no Brasil, e é difÃcil combatê-lo enquanto as pessoas não entenderem que somos tds iguais e não é a cor da pele que faz alguém ser melhor ou pior do que o outro. O Brasil teve 388 anos de escravidão, e foi o trabalho da mão de obra escravizada que alavancou o desenvolvimento e o progresso desse PaÃs. Precisamos ser gratos e valorizar tds os afrodescendentes .
Essas frases estão incompreensÃveis: “ domÃnio social do ego moldado pelo corpo-imagem do mercado. A "aldeia global" (metáfora de McLuhan) é tecno-narcisista, perpassada por um aturdimento inerente tanto à madame zona sul quanto ao pobre capturado por aberrações.” Duvido duas pessoas lerem e chegarem a um mesmo significado, se é que algum
Acabei de comentar sobre isso. Não entendi nada. É precisa uma linguagem mais acessÃvel e direta.
Também entendi pouca coisa, chegou um momento que eu achei até que ele ia começar a falar que o rodri não merecia a bola de ouro, começou, olha poucas vezes vi um texto de tão difÃcil compreensão. Mas, alguém deve ter entendido.
Conta lá para os corredores de 100 metros que raça é uma construção. Eles vão todos concordar...
Correr mais rápido não define uma raça. Há paÃses da Europa em que as pessoas são altas, e outros com baixa estatura, nem por isso são raças distintas. Para serem raças diferentes, as caracterÃsticas diferentes teriam que ser maiores. Mesma raça não pressupõe todos os grupos exatamente iguais.
Caro Prof Muniz,porque essa palavra etnia é desconsiderada quando se fala de racismo,pois raça humana só existe uma,quanto a etnias existem várias?
ImpossÃvel não explica haitianos trabalhando e implica na rejeição deles por brancos e pardos, além de pretos. Essa tese não se mantém de pé para além da narrativa conveniente. Classismo, por outro lado, explica muita coisa, pois preconceito social se manifesta em todas a cores e contra todas a cores. Talvez precise de uma voltinha pelo quarteirão para entender melhor o que se passa, pois a vida pelo binóculo é diferente.
É do instinto animal o cuidado com outros animais, esse cuidado pela sobrevivência quando atirado dentro de um contexto social exige uma inteligência emocional superior para que os diferentes não temam uns aos outros. Tira-se proveito do instinto para humilhar os outros por motivos adicionais à cor, inclusive aparência, vestimentas etc. Não é simples alterar a energia dos instintos.
Pais racistas formam proles racistas? Comunidades racistas formam gerações racistas? Culturas racistas só pioram as coisas para a civilização - sobretudo quando se trata do "ódio cristão", notoriamente preconceituoso e indigno de Cristo?
A mim, prezado Frederico, parece que sim, sim, sim.
Tema oportuno e bem apresentado pelo Muniz Sodré. Enquanto não tivermos esse auto olhar acabamos levando nosso viés e se comportando como se o assunto fosse modismo. Ainda sendo transmitido de geração em geração.
Lúcido e pertinente, como sempre! Obrigado, mestre!
Sujeito confuso. Racismo é crime. O racista tem uma ideia equivocada de si e do outro. E da� Tem que punir.
O buraco é mais embaixo, Prezado!. Espero que meu comentário anterior seja publicado.
Excelente!
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