Giovana Madalosso > Como incentivar um filho a ler, ao menos um pouco Voltar
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Meu pai me obrigava a ler. Sou grata por isso, me tornei uma leitora voraz. Mas, como não teve acesso a sua dica, impunha os livros de Monteiro Lobato. Conclusão: tomei ranço e nunca encostei nos livros dele depois que cresci. Foi trauma mesmo. Minha mãe me deixava escolher QUALQUER livro e hoje, além de ler os mais variados tÃtulos, sou incapaz de julgar a leitura de alguem.
Aprendi a ler com menos de quatro anos e na zona rural de um municÃpio pobre, de um estado do Nordeste. De tudo que aprendi, é o que mais gosto. Não fosse esse aprendizado, não estaria aqui, me deliciando com este texto. De tanto gostar de ler, incentivei minha filha, que hoje me incentiva. E, junto comigo, incentiva a minha neta de cinco anos a ler.
Ler é um sacrifÃcio sim, porém bem recompensado mesmo sem receber grana. Eu me esforço para ler, pois enxergo na leitura, uma forma de ter opinião própria. Eu não preciso acreditar no que leio...
Be the change you want. Parabéns pelo artigo! Se meu pai ou minha mãe não faz por que eu tenho de fazer? Outra coisa que acho que funciona é ler junto, além de criar conexão gera assunto para conversa.
"Uma criança não começa a comer brócolis porque dizemos que é rico em vitamina C e flavonoides, mas porque o refogamos muito bem com azeite, cebola, alho, temperamos com umas gotas de limão ou um fiozinho de shoyu." Taà a dica de Antonio Prata, na Folha de hoje, para iniciar os futuros leitores. Ler deve ser uma atividade prazerosa; comece estimulando na criança uma espécie de curiosidade intelectual por conhecer as coisas e o mundo ao seu redor.
Cara Giovana, desconfio q você combinou com o Prata. Ele lá na coluna de ontem trazia o tÃtulo "Saramago, brócolis e polÃtica", falava da dificuldade em encontrar um livro para dar a uma criança, pode até ser q seja para a sua filha (ri ri ri). Parece coincidência mas ele também falava sobre este negócio de monetizar "virtudes". Achei muito interessante a analogia q ele fez sobre como os livros infantis estão reproduzindo métodos cerceadores muito comuns no mundo adulto politizado. [Sigo...]
... Eu diria q é uma espécie de ESGc - Environmental, Social and Governance for Children. Ou seja, querem impor às crianças algo como um neo-moralismo com um toque de esquerda "engajada" q se tornou tão opressora quanto a extrema direita em momentos tristes da nossa história (lacração, cancelamento... métodos de tortura e eliminação virtual nas redes). E o direito de uma infância livre e serelepe para voar até o Céu na imaginação?... Esborracha no chão de fábrica de adultos precoces depressivos.
Estamos todos perdidos e impotentes diante de um beco sem saÃda que são as telinhas, interface cintilante entre a vida e o mundo real. Na verdade um muro com tijolos refratários ao "Livre Pensar... é só pensar", afinal se está tudo prontinho e colorido, para que ler um livro, imaginar, inventar e colorir. Se os adultos não pularem o muro, melhor não esperar que as crianças pulem.
Minha netinha me disse agora há pouco que gosta de ler livros finos, com muitos desenhos. Quem sou eu para avaliar a sabedoria infantil. O prazer da leitura se sente lendo. Não há fórmulas.
Contar história com ilustrações antes de dormir (o mundo onÃrico agradece); montar na sala de casa um teatro de fantoches para reunir a famÃlia; contar histórias de orixás, indÃgenas e quilombolas num piquenique no parque, no bosque; valorizar os contadores de história profissionais, espalhados por feiras literárias e bibliotecas com acervo infanto-juvenil; dar vazão aos sentidos, destacando sons, materiais, paisagens, aromas: cheiro de café, "café-com-pão, bolacha-não, piuÃÃÃ".
Apresente para ele a coleção ´´Para gostar de ler`` e pesa-o que leia o conto ´Continho` de Paulo Mendes Campos.
Comecei a gostar de ler na adolescência, ou seja, quando senti vontade. Não há receita. Há uma sugestão que ouvi dos filhos do historiador Sérgio Buarque de Hollanda: "meu pai trazia livro para casa e nos dizia que não Ãamos querer ler, porque o livro era muito grosso e deixava na estante; ficávamos curiosos e lÃamos o livro ".
No nosso paÃs, os livros impressos ainda são caros. Tenho o hábito de comparar o preço da versão original de uma publicação com a que é traduzida e esta em geral é mais cara. Também acontece dos e-books serem estranhamente mais caros que a versão impressa. Eu mesmo já escrevi dezenas de livros e optei pela versão digital, pois facilita a revisão, divulgação e pode ser facilmente adquirida fora do Brasil.
Comprei a coleção Descobrindo a Filosofia (59 volumes) para mim e dei uma igual para o meu sobrinho quando ele entrou na faculdade de Direito. Hoje, ele está com 29 anos e adora ler.
Meu Black Friday deste será com objetivo de comprar vários livros que estou namorando e são bem carosÂ… uma coleção que comprei e indico muitÃssimo é a coleção “Pensadores para crianças “ da Folha de São Paulo. Adorei! São ótimos para adultos também! Um livro incrÃvel que indico é “Tudo é Rio” da Carla MadeiraÂ… fascinante!!!
Por ter trabalhado por quase 40 anos com Informática, precisei ler muito livros, manuais, artigos técnicos etc. Mesmo que estes tivessem uma versão impressa, optava pela leitura da versão digital, pois trazia mais comodidade. Adquiro poucos livros impressos, mas os dois formatos apresentam vantagens e desvantagens em termos de sustentabilidade.
Enquanto os livros impressos usam recursos florestais e geram uma pegada de carbono significativa, os e-books evitam o uso de papel, mas têm um impacto ambiental relacionado à produção e ao consumo de energia dos dispositivos. Hoje, acho que quem quer criar o hábito da leitura sofrerá com as interrupções (chamadas de celular, mensagens digitais, reuniões on-line etc.), pois elas são uma ameaça ao tempo livre/de lazer.
final da infância e começo da adolescência, quadrinhos ajudam. geralmente têm uma estrutura de enquadramento próxima a de cinema, são cheios de ação, e tem lá um texto prá ajudar...
Entre o ritmo acelerado do dia, o smartphone chamando a cada segundo e a infinidade de conteúdo na tela, parece que os livros - esses velhos amigos silenciosos e pacientes - têm perdido a corrida contra o mundo digital. É como se o apelo de uma história vivida nas páginas tivesse ficado tÃmido diante dos brilhos das telas. A cada dia, vejo as páginas dos meus livros ganharem uma camada de poeira invisÃvel, como se estivessem esperado por um raro momento de calmaria para, finalmente, se abrirem.
Acho que se você tem o hábito de ler, há uma chance razoável de sua filha também ler. Os pais passam mais o que fazem do que o que programam para os filhos fazerem.
Concordo. Só acho que não há nada de errado com o trabalho de pedreiro. O ruim é imitar o machismo do pai por exemplo.
O professor Jessé de Souza, em alguns dos vários podcasts que vejo ou ouço com ele, fala sobre as crianças: por amarem seus pais, costumam copiar o que os mesmos fazem, um exemplo que deu que me deixou muito triste,foi quando comparou uma criança da classe média com uma da relé, enquanto a primeira tem estÃmulos de toda a famÃlia, a segunda brinca com o carrinho de pedreiro do pai. Espero um dia mudar essa realidade, nem que seja de 1 dessas crianças da relé, para quebrar o ciclo da exclusão.
Um que já está no carrinho, só aguardando para ver se surge outro para vir junto, porque não gosto de ter a sensação que estou descontrolada com as compras on-line, e o DeclÃnio da Vida em Sociedade e o Brasil no Século XXI", Marcio Pochmann, fiquei impactada com o mini curso do autor realizado on-line pelo Instituto de economia da Unicamp.
E por falar em livros vem aà a "Feira do Livro da USP" ( 6 a 10 de novembro). Eu já fiz a minha lista? E você?
*leia-se a maioria não tem
Sou preguiçosa para ler, mas assim como com a lÃngua portuguesa, tenho uma relação de amor vira lata, amo dissecar nossa lÃngua,mesmo achando dificÃlima, apesar de rica; com os livros não é diferente, passo um tempão quando entro em livraria, estou lendo uns 5 entre eles o pobre de direita, mas tenho um péssimo defeito de não concluir a maioria. Fico com sensação que absorvi a mensagem. Só dou livro de presente as crianças que convivo, nem que seja livro de banho. O último foi um livro chocalho
O livro chocalho dei a um recém nascido, achei muito fofo, a própria mãe depois falou, "é bonito né? Diferente", para crianças um pouco maiores dou livro pop-up, gosto da reação dos pequenos ao verem a imagem sobressaltar aos olhos. Tem pais que não gostam muito, pois dependendo da idade, são eles que têm que ler, o que a maioria não têm o hábito nem a consciência da importância de formar leitores.
Belo texto!! Também não quero ser parafuso!
A análise das eleições dizem muito sobre educação em todos estados do paÃs. O povo cansou de partidos que valorizam a ignorância, premiam a impunidade e incentivam a dependência de ajudas sem contrapartidas, como ler mais, fazer cursos oferecidos por SESI, SENAC, SENAI etc. Nenhuma surpresa, além dos fatores citados pela jornalista.
"um mundo que tenta nos transformar em parafusos para seguir avançando rumo ao próprio fim." : vou plagiar
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