Lygia Maria > Banir livros é medida típica de ditaduras Voltar
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Lygia Maria, o profissional do Direito não é como um aluno qualquer que passou pela escola. O profissional do direito, tem uma relação axiomática com a lei, da mesma forma que um Ministro do Supremo tem relação dogmática com a Constituição Federal. O seu artigo, é uma contradição em si, pois você cita trechos completamente inconstitucionais das obras mencionadas e ao mesmo tempo, não compreende que estes trechos são ilegais e não podem ser ensinados a quem terá por missão aplicar a lei.
Gostei da análise.Não teria retirado de circulação, por mais absurdas que sejam as palavras nele contido. Azar de quem comprou e de quem  leu!  Homofobia? Nunca! Mas não teria retirado o livro. Há que se ter bom senso, sempre .
o pensamento bolsonarista de sempre.
Existem vidas inteligentes no Brasil fora da dicotomia bovÃdea lula e bolsonaro. Endosso o que a jornalista escreveu e detesto bolsonaro...votei para lula em vinte e dois.
A bem da verdade os livros não forma "banidos", foram retirados da biblioteca de uma universidade porque se entendeu que traziam conceitos equivocados. Será que alguém entende que livros que propõem tratamentos com sanguessugas devem ser mantidos nas escolas de medicina?
Objetivo da "comunidade" é criticar o governo e nosso sistema judiciário. Ao contrário do paÃs do "povo escolhido", o nosso tem Constituição . Jornalista presta serviços ao Conib.
Sob a perspectiva jurÃdica, parece+me acertada a decisão. Os trechos são agressivos à s minorias. Contudo, o efeito prático da decisão é contrário, pois confere as essas obras uma relevância que não possuem.Destaco que é inapropriada a comparação com a bÃblia. As obras censuradas são contemporâneas, a bÃblia é um livro histórico.
Petismo defendendo queima de livros achei q iria demorar mais para ver.
Parabéns pelo artigo, a nova Santa inquisição é a cara da atual composição do STF. Desde a Carmen Lúcia que se dizia contra a censura, mas que NAQUELE CASO que não a agradava ideologicamente podia sim censurar, até esse absurdo de proibir livros porque um bando de vestais empedernidos que não cabem num fusca se sentirem ofendidos por livros que ninguém nem sabia existirem? Existe um caminho pra quem não gosta: processe por injúria, difamação e calúnia. Mas para o Dino valem as trevas .
Sofisma do inÃcio ao fim. A escriba tem a vantagem da idade, se tiver a do caráter, certamente com mais leitura aprenderá algumas coisas.
Perdão, mas confundir banimento de livros em ditaduras por estes pregarem liberdade e democracia (por exemplo) com o banimento de livros jurÃdicos obsoletos e grotescamente ultrapassados é erro inaceitável. A presente crônica peca absurdamente nesse sentido.
Tente escrever o nome do povo que massacra o povo de gaza e veja se a Folha não censura. Contra a Folha, poliana maria, o que tem a dizer?
Que opinião mais hipócrita, logo na Folha de São Paulo, a Folha que censura comentários meus dia sim e dia também. Uma opinião arrogante como se fosse a dona da verdade, polianismo.
Muitos estão usando esse argumento, comparar com bÃblia, isso é desonestidade intelectual. Os livros em questão tem autores que cometeram crimes e a homofobia explÃcita agride de forma cruel parcela da sociedade. Não cabe comprar por uma coisa escrita, sabe-se lá por quem, há milhares de anos.... BÃblia é mundial e questão de crença, não de ciência. Não é censura do Dino, é justiça com minorias perseguidas criminosamente.
Eu havia concordado com a colunista, não gosto de censura, proibição, mesmo sendo do Flávio Dino, que aprendi a admirar! Revi meu posicionamento depois do que você escreveu! Concordo plenamente com você!
Decretos também são tÃpicos de ditaduras, mas não foram retirados do ordenamento jurÃdico, a Constituição os aceita, sob condições. Quando se vê a história completa - Os alunos recorreram ao TRF4 que negou, estes então recorreram ao Supremo e Dino acolheu, nem é definitiva sua decisão. É absurda a argumentação de Lygia, a liberdade de expressão no paÃs também é condicionada. Os Liberais defendem esse 'vale tudo', mas a Constituição não acolhe, sabe que vira bagunça se pode tudo, até mentir...
Banir livros de Direito em que está escrito que homossexualidade é doença é necessário. Ou a colunista defende uma volta à Idade Média?
Crime é crime, mesmo os escritos em livros. Essa oposição desmedida da F S P está escancarada.
São dois casos completamente diferentes: governos estaduais, como o do sr. Caiado, baniu, proibiu e recolheu "o avesso da pele", um livro atual, vencedor do prêmio jabuti. Isso é censura. Outra coisa é discutir a atualidade de um livro cientÃfico, e obviamente descartá-lo como referência atual, que parece ser o caso, aliás, muito pouco esclarecido pela ânsia da autora em só bradar: tá vendo, a esquerda também proÃbe! Que artigo ridÃculo! A folha cada vez mais perdendo qualidade e credibilidade
É censura. Só porque é contrário ao seu posicionamento ideológico deve ser banido? Não concordo com o conteúdo, mas banir é contra os princÃpios democráticos.
A jornalista deveria ler o acórdão do STF no caso Ellvanger. Assim, mais aculturada, não defenderia esse amontoado de bobagens. Não há direitos absolutos, e cada época é compreendida no seu tempo e espaço.
Todo marxista é um tirano, sem exceções.
Assim como toda generalização é burra. Kkkk
Censura nunca mais.
Momento complicado.Censura nunca mais.
Fala para o governador TarcÃsio de Freitas liberar o dinheiro da TV Cultura e depois volta a falar de autoritarismo e que vivemos em uma ditadura por tirar livros que cometem crime em sua fala das bibliotecas, quem quiser vai na loja e compra o livro, ou não?
não mesmo.
Uma coisa não exclui a outra…
E produzir livros, com o conteúdo que justificou o banimento, é tÃpico de fascismo! Simples, assim!
A matéria jornalÃstica está por demais incompleta. Quais alunos recorreram ao supremo? Quais alegações colocaram no processo? Quais os argumentos do juiz e qual a sua decisão processual? Ora, se a jornalista defende a inclusão de tais obras, na biblioteca ou no currÃculo. Sugiro que igualmente recorra ao supremo, com argumentos jurÃdicos, sustentando a sua tese.
Você vai pagar os 13 mil + advogados pra ela?
Exatamente! Absurdo a jornalista contestar algo incontestável.
No cabeçalho dessa página tem: Colunas - Blogs - Opinião. Todos os colunistas da Folha escrevem textos de opinião, não são reportes jornalÃsticos. A notÃcia da proibição é anterior à opinião, o que temos aqui é apenas um comentário sobre a notÃcia...
Livros didáticos estão sempre sendo atualizados de acordo com parâmetros acadêmicos, cientÃficos e legais. Não sei de quando seriam esses livros jurÃdicos, que servem, exclusivamente, como manuais de consulta a estudantes de direito ou a pessoas dessa área especÃfica. Dessa forma, de acordo com o que prega a constituição são obsoletos e devem, sim, ser retirados de circulação como acontece com os didáticos não atualizados.
Lygia, essa é sua opinião, você escreve como quem é a dona da verdade. Não sou a favor de censura, mas também não sou a favor de donos da verdade.
Exatamente
Se trata pessoas obesas como "gordola", imagine como se refere a homossexuais.
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
A articulista incorre numa falsa simetria quando fala em "censura de esquerda" e "censura de direita". Primeiro que Dino é ministro do STF, que não é um partido polÃtico. Segundo que Crivella age de acordo com suas convicções neo-pentecostais e eleitoreiras. Dino foi instado ao dever de agir por ter recebido a denúncia. Eu queria chamar essa opinião de néscia, mas sei que isso não seria aprovado por, veja só, a censura da Folha.
Resposta perfeita! Dino foi instado a agir. Não agiu por conta própria, segundo suas convicções. Já a colunista escreve em concordância com seus próprios princÃpios.
Uma proibição absolutamente inócua. De que adianta queimar os livros se um grande número de pessoas pensa exatamente aquilo que eles dizem? A Lei pode controlar a boca das pessoas, silencia-las, mas ninguém tem o poder de coibir o pensamento delas, acrescentando que o comportamento humano é volátil e o que é vedado hoje amanhã poderá ser liberado .
Trindade, dois errados não produzem um certo. Conteúdo lixo na Web não justifica ignorar livros deste tipo. É como tolerar um criminoso porque outros estão cometendo crimes também.
Exato. Ninguém precisa de um livro obscuro pra se radicalizar, basta abrir o YouTube ou o TikTok.
O mundo, a sociedade, as pessoas evoluem. Não dá para andar pra trás.
A luta continua. Tem que parar o fundamentalismo religioso.
Eu ouvi partes do que está nesses livros por via de Reynaldo Azevedo. Totalmente discriminatórios e classificando o homossexualismo como uma patologia, por exemplo. Isso nao cabe em livros ditos jurÃdicos.
Trindade, eventualmente alguns desses pastores passa do limite e responde criminalmente. O que não dá é para generalizar. Nem para comparar livros de direito com livros de mitologia judaico-cristã.
Proibiram um livro obscuro que ninguém conhecia, mas deixam pastores pregar que ser gay é patologia livremente por todo o paÃs. É por isso que é justo apontar a politização no ato da censura: o que de fato contribui para a radicalização da sociedade acontece em cada esquina nas "casas" do Senhor.
É. Se alguém escrevesse um livro incentivando a pedofilia estaria a obra liberada?
A autora, com a boa formação que ela tem, sabe que parte de uma falácia denominada de falsa equivalência. A BÃblia não é banida, assim como nenhum livro religioso - pelo menos prima facie -, porque a liberdade de consciência, de crença e a laicidade reforçam a proteção dos textos. O mesmo não se estende ao livros jurÃdicos cujos trechos foram suprimidos por decisão judicial, haja vista a submissão dos mesmos ao texto constitucional. Uma leitura dos textos e da decisão dilui dúvidas.
Nem sabia que o Dino tinha censurado livros. Bola fora do ministro, pois a liberdade de imprensa é cláusula pétrea da constituição.
Claro que sim Paulo, pois os livros são impressos, isso desde o século 16.
Você precisa se esforçar mais se quiser comentar algo que faça sentido. A pauta aqui são livros sobre direito que discriminam e estimulam a discriminação de minorias, homossexuais neste caso especÃfico.
Liberdade de imprensa não se aplica ao caso. Bola fora sua.
Concordo. O tema interrupção voluntária da gravidez foi banido do debate público por direita e esquerda, por motivos distintos. Gostaria de pedir à s jornalistas e aos homens também que se organizassem para tratar deste tema em suas colunas em sistema de rodÃzio, garantindo publicações semanais
Amigos da FSP, ironias à parte, a censura se mascara com desculpas variadas, vestindo trajes de virtude, zelo pela ordem, proteção da moral ou, no caso mais recente, dignidade da pessoa humana. Mas a essência é a mesma: controlar o pensamento e restringir a liberdade de expressão. Quando o Estado ergue as mãos e cerra o punho sobre as prateleiras, retirando de circulação qualquer ideia que considera perigosa, é o prório cerne do livre pensar que se vê ameaçado.
Que a sociedade possa resistir a esses tempos de sombra, e que a liberdade literária seja preservada, pois é nela que reside o espÃrito de democracia e o direito mais sagrado: o de pensar.
Ao banir livros, Dino dá um passo atrás em nossa trajetória civilizacional. A sociedade moderna, fundamentada sobre o Iluminismo e o Renascimento, valores que defendem o conhecimento e a liberdade como motores do progresso, não pode se render ao obscurantismo de outros tempos. Somos chamados a defender o direito de acesso irrestrito à literatura, à filosofia e à ciência. Como bem disse Voltaire, não concordo com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo.
Marcelo ofender minha integridade moral não vai me inibir. É curioso alguém defender a censura em nome da preservação da integridade moral e ela própria atentar contra a honra de alguém apenas porque este alguém tem um pensamento diferente. É por essas e outras que nunca mais pretendo votar na esquerda, como fiz nas últimas eleições presidenciais. Uma vez no poder, a esquerda revela seu lado stalinista e passa a perseguir quem pensa diferente. Por isso comemorei a derrota de Boulos.
Paulo, cada tentativa de controlar o acesso ao conhecimento só serve para reforçar a importância de preservar a liberdade de pensamento. A democracia se fortalece no pluralismo, e a ideia de um Estado democrático é permitir que o debate prospere, que as opiniões discordantes coexistam. Numa sociedade livre, o dissenso não deve ser temido, mas valorizado. Quando se admite a censura, abre-se o caminho para o controle totalitário, e a linha entre o zelo pela ordem e a opressão se torna tênue.
E antes de argumentar que fasci smo é um termo inadequado, que estamos falando de homofo bia, troque o objeto da discriminação: mude ho mossexual para ju deu e veja o resultado. Os espaços são para escapar da moderação.
É simples: a inação contra fascistas instala o fascismo. E o fascismo faz exatamente o que você tem.
Ou você é ingênuo ou é intelectualmente desonesto ou simplesmente não estudou história direito. O nazi-fascismo se instalou na Alemanha usando entre outros, instrumentalizar a liberdade de expressão para destruir a liberdade de expressão. Procure estudar o método de Goebbels e verá como essa teoria bonitinha que você propõe causou a destruição do livre pensar no século passado.
Liberdade de expressão tem limites, nesse caso o de incutir agressão às minorias.
From Santa Catarinareich.
Statenazi..
Mais uma vez fui censu rado por defender que um livro jurÃdico , destinado a formar defensores e intérpretes da lei, não deve conter preconceitos e fobias . Não o confunda com obra literária.
Concordo com você!
Mais uma vez fui censurado por defender que um livro jurÃdico , destinado a formar defensores e intérpretes da lei, não deve conter preconceitos e fobias . Não o confunda com obra literária.
A partir da arti culista , quantos comentaristas eri ditos aqui surgiram, citando obras e escritores geniais.Porem são obras literárias , que admitem a livre expressão do autor. Mas , neste caso, quase nenhum toca no fundamental: trata- se de livro jurÃdico, onde não cabe preconceitos e outras fobias, vez que se destinam a formar defensores e intérpretes da lei.
Por que os estudantes que acharam os tais livros foram bater à s portas da "justiça seja feita"? Quais são os tÃtulos e autores? Por que os estudantes não organizaram um projeto de pesquisa sobre como os temas sociais, culturais e comportamentais são abordados nos estudos jurÃdicos produzidos no Brasil?
Porque é preciso antes de tudo repudiar veementemente e publicamente estes livros e seus autores . Depois teremos tempo para esmiuçar o que leva alguém a editar este tipo de material. Os tÃtulos e autores são de conhecimento público a esta altura.
Sob a desculpa de falar em "censura" de livros, a calunista só fala mal da esquerda e além de tudo vai na contramão de editoras do mundo todo, que estão reeditando livros e retirando conteúdos considerados sensÃveis, por conterem racismo, misoginia e outras coisas que não cabem mais neste mundo. Mas pelo jeito, dona Lygia acha que tudo bem.
A articulista e/ou a Folha conseguiu seu intento, este é o artigo com maior número de comentários dos últimos tempos. Lamentável ter que trabalhar mal para conseguir isso.
Sr Alexandre, se eu tivesse este poder, obrigaria à retirada desses tópicos homofóbicos e que tratam as mulheres como coisas por ferirem nossos preceitos constitucionais. O senhor, obviamente, não é da área do Direito, assim entendo sua posição e a respeito.
Sra. Regina, veja como é a diversidade de opiniões. Eu achei o artigo maravilhoso. Não sei se a senhora, se tivesse poderes para tanto, o baniria. Mas não seria uma medida inteligente. A proibição traz consigo o velho dilema. É a própria censura que faz com as ideias se tornem ainda mais atraentes. Nada é tão poderoso quanto um texto banido, pois sua interdição desperta curiosidade, fascÃnio e, mais ainda, uma resistência cultural. Ao suprimir leituras, o Estado alimenta o desejo pelo proibido.
Por fim, para citar uma autora viva, portanto, suscetÃvel de ser intimada judicialmente, pois tem feito comentários transfóbicos em redes sociais. Se ela não obedecer, siga o exemplo do seu colega Alexandre de Moraes, multe essa transfóbica e penhore os direitos autorais de Harry Potter. Não é pouca coisa.
Marcelo, não sou quem não faz a distinção: é a Constituição, em seu artigo quinto, inciso quatro. Ela assegura a liberdade de expressão para todo o gênero de obra. O senhor poderia me apontar qual dispositivo normativo autoriza a censura especificamente para livros de direito? Cursei Direito no Largo de São Francisco e como bom discÃpulo do Mestre Goffredo da Silva Telles aprendi que a censura é o principal instrumento da ditadura. Não conheço nenhum dispositivo que crie uma exceção ao Direito.
Sra. Maria Luporini, de novo vou responder. A Constituição assegura a liberdade de pensamento e expressão para todas as áreas e não faz uma exceção para os autores de livros de Direito. Sem essa liberdade, a evolução doutrinária, no âmbito jurÃdico, seria cerceada e o Direito perderia uma de suas principais funções: a de acompanhar e responder à s transformações da sociedade. O seu raciocÃnio autorizaria um ministro evangélico a censurar uma obra jurÃdica que defendesse o direito ao aborto.
Pereira, você tem dificuldade em não misturar laranjas e bananas. O assunto é aqui é banir a barbárie, não censura literária. Isso só existe na sua cabeça quando analisamos este caso.
De novo, Harry Potter é ficção, não é livro de Direito.
Obras jurÃdicas que pregam desserviço e vão na contra mão do pensamento humanista e democrático devem sim ser retirados de acesso. De que serviriam eles, cara jornalista?
Esse texto é um desserviço a análise inteligente. O texto bÃblico neste assunto, diz respeito a condição espiritual de cada um. Não é doutrina jurÃdica, sendo também no jurÃdico os tratos que se dá a cidadania e direito das pessoas. A bÃblia é um livro de entendimento espiritual e individual. Aliás, muitos aqui, tenho certeza, achariam ótimo queima-las todas em praça pública.
Victor, se você não consegui compreender o que é a bÃblia, critica-la é a sua opção. A bÃblia não é um livro para agradar ao racional humano e é dividida em duas etapas, antes e depois de Jesus. Infelizmente a bÃblia está sendo representada pela religião, que por sua vez está cada dia mais desvirtuada da realidade espiritual. Não perca seu brigando com ela.
Seria uma maravilha o mundo sem esse livro que é um poço de preconceito e ignorância, que já justificou e justifica a morte e perseguição de milhões de pessoas.
Louis-Ferdinand Céline, conhecido por seu estilo ácido e controverso, expressa em Viagem ao Fim da Noite, e em outras obras, visões xenofóbicas e homofóbicas muitas vezes através de personagens cÃnicos e moralmente ambÃguos. Ministro Dino, caneta nesse elemento!
Sra. Regina, grato pelo comentário. Os autores de livros jurÃdicos têm uma robusta defesa de seu direito à liberdade de expressão na própria Constituição, que assegura esse direito de forma irrestrita e ampla a todos os cidadãos e autores. A liberdade de manifestação do pensamento e da expressão não admite, em um Estado Democrático de Direito, qualquer distinção de valor entre os conteúdos, autores e gêneros abordados. Isso significa que a expressão de ideias, inclusive no Direito, é livre.
Você citou um livro não jurÃdico, ainda não entendeu a diferença?
Vejam só até mesmo D.H Lawrence pode ser atingido pela caneta do Ministro Dino, pois expressa, em alguns ensaios e romances, desdém pela homossexualidade masculina, vista por ele como uma fuga do natural. A caneta de Dino não deixará incólume esse predador, macho hétero, em que pese suas mulheres apaixonadas.
Joaquim, grato pelo comentário. Juristas não são párias que, diferentemente de seus colegas, sob sua ótica, não poderiam desfrutar do mesmo direito dos demais autores. Autores como Dworkin, Habermas e outros criticam normas e estruturas de poder e ilustram como o Direito, como as demais áreas, devem se abrir a espaços crÃticos e de resistência, fundamental para um ambiente de liberdade intelectual, o que é cerceado pela censura. O que a Constituição consagra como direito não pode ser crime.
Você está confundindo as coisas. Uma coisa são obras literárias e obras do passado quando o homem era muitÃssimo mais preconceituoso e seguiam a bÃblia ao pé da letra. Agora em um manual jurÃdico feito nos tempos atuais não pode haver esse tipo de preconceito e crueldade. É crime inclusive.
O problema todo está em achar que um livro que ensina leis é espaço para o debate público e que pode, por conseguinte, ensinar algo contra a lei. Erro absurdo!
Ernest Hemingway, em obras como O Sol Também se Levanta e Por Quem os Sinos Dobram, usou termos e descrições que mostram uma visão bastante negativa e zombeteira sobre a homossexualidade. Ministro Dino, vamos banir Hemingway. As suas longas estadias em Cuba não o redimem.
Sra. Raquel, grato pelo comentário. Discordo da tese que o jurista seja uma espécie de pária intelectual que, diferentemente de outros autores, deve se submeter à censura. O Direito, como campo do saber, é altamente reflexivo e dialógico. Juristas não apenas produzem conteúdo jurÃdico, mas se engajam em debates acalorados sobre os limites da legalidade e da justiça, usando suas vozes para questionar o próprio sistema que interpretam e defendem. Os juristas tem os mesmos direitos dos demais.
Sra. Maria Luporini, grato pelo comentário. Quer dizer que os juristas, diferentemente de outros autores, estão sujeitos à censura? A censura, em sua essência, é uma ferramenta de controle que se aplica a todos que se manifestam publicamente, independentemente da área de atuação. Seja um autor de ficção, um filósofo, um cientista social ou um jurista, todos estão sob a vigilância perversa desse mecanismo que inibe a liberdade de expressão. Se a censura é OK para os juristas, mudo de profissão.
Avelar tenho uma biblioteca particular com mais de seis mil volumes e li todas as obras que mencionei aqui, a maioria mais de uma vez. No meu iPad tenho mais duas mil obras carregadas. Não tenho a pretensão de ser um erudito e não sou. Sou apenas um cidadão comum que defende o direito de ler em paz meus livros, ouvir minhas músicas e assistir meus filmes, sem que algum stalinista venha dizer o que devo ler. Esses são os meus passatempos.
Você citou obras literárias e não obras jurÃdicas como é o caso em questão.
Mas Ernest era jurista?
Alexandre Marcos Pereira, pergunta singela: vc, de fato, leu todas essas obras que citou? Ou usa uma pseudoerudição para praticar seu passatempo predileto que é tentar menoscabar o trabalho da Corte Suprema do seu paÃs?
Balzac, na Comédia Humana, especialmente em Esplendores e Miséria das Cortesãs, sugere que personagens homossexuais são degradados ou degenerados, alinhando-se a estereótipos que associavam comportamentos à corrupção e ao vÃcio. Balzac teve grande influência em Marx, conforme este próprio admitiu várias vezes. Então, Ministro Dino, caneta nele, até para punir esse corruptor de mentes juvenis como o imberbe Karl Marx.
LuÃs Lopes, ri muito do seu comentário irônico, bastante inteligente. Grato. Mas acredite, ele não nasceu barbado na bucólica Trier. Houve um tempo em sua vida que a sua principal preocupação era conquistar o coração da bela e aristocrática Jenny von Westphalen, com a qual ficou noivo secretamente, pois o pai da moça não enxergava um futuro brilhante para o rapaz. O sogro tinha uma certa razão. A bela Jenny sofreu muito com a pobreza e a infidelidade de Marx, a essa altura dono de hirsuta barba.
Marcus, grato pelo comentário. Proibir livros, pouco importa qual seja o seu gênero, fere a liberdade de cada ter suas próprias ideias. Não é o pensamento que ameaça o bem-estar da sociedade, mas a imposição de uma única visão. Cada livro carrega consigo o direito de existir, de ecoar ideias e provocar reflexões. Quando Dino decide banir uma obra, interfere nessa livre circulação de pensamentos, tomando o papel de um guardião moral que decide, em lugar dos leitores, o que é certo ou errado.
Marx pode ser chamado de um monte de coisas, mas nunca de imberbe.
Pois é. Mas o diabo mora nos detalhes: é uma obra ficcional.
Sartre, no ensaio Saint Genet, Comédien et Martyr, escrito sobre Jean Genet, parece empregar uma visão complexa e, por vezes complexa e, por vezes, ambÃgua sobre a homossexualidade, em que associa comportamentos homossexuais a marginalidade e criminalidade. Pelo sim, pelo não, Dino deveria banir Sartre. O inferno são os outros.
TerrÃvel, absurdo, censura...voltando a idade média
Não, na verdade estamos tentando sair da idade média a qual a direita tenta nos arrastar de volta, com seus preconceitos.
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