Ilustrada > 'Ainda Estou Aqui' aborda ditadura militar com suavidade apolítica Voltar
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Às vezes, dá a sensação que os crÃticos só precisam se descolar da opinião pública geral. Tá todo mundo elogiando, lotando as salas, chorando, conversando sobre catarse, sobre conhecimento histórico, sobre a necessidade deste filme? Ah, beleza, vou descer a lenha. O mérito do filme é a delicadeza (só aparente) com que Eunice reconstituiu seus destroços; como ela superou a disparidade enorme de forças, contra o leviatã estado ditatorial, que lhe tirou quase tudo. Corram para conferir!
Assisti ontem. Som péssimo, fotografia ruim, roteiro fraco. Elenco passável. Nota 5.
Mas penso que isso ocore com certa frequência no cinema e em outras artes né. É por isso que existem duas expressões diferentes: sucesso de público e sucesso de crÃtica.
O crÃtico não entendeu o filme.
Assisti o filme ontem e vim hoje ler a crÃtica aqui na Folha. Desculpa, o texto era para ser uma crÃtica? Parece mais uma análise da personalidade do diretor. Compreendo alguns pontos, mas o fato do texto inteiro ficar indo e voltando na personalidade do diretor, torna a análise enviesada.
A delicadeza existe, mas apenas mostrar a desnecessidade da violência absurda do sistema. O filme é impecável, com ritmo perfeito e final na hora certa, impactante. Fazia tempo que o cinema brasileiro não se mostrava tão maduro.
Discordo do crÃtico! A Ditadura é o plano de fundo histórico, não a centralidade da trama. Pensar o passado é refletir, também, sobre o impacto do regime na vida privada dos sujeitos. "Ainda estou aqui" cumpre bem com o objetivo de apontar a maneira como a repressão foi destrutiva não apenas para suas vÃtimas fatais, mas, sobretudo, à queles que ficaram.
O soldado que acompanha Eunice na prisão não existe para retratar sujeitos que "apenas" cumpriam ordens, mas sim para elucidar a complexidade estrutural da ditadura. As Forças Armadas não eram unânimes e havia personagens crÃticos ao regime mesmo no interior do Exército. Em entrevista a Juca Kfouri, Marcelo Rubens Paiva destacou que aquele soldados de fato existiu e o diálogo original foi muito mais profundo. Lendo esta crÃtica, me parece que o filme não correspondeu à s expectativas de seu autor
Tal fato também está incluido no livro que inspirou o filme, além de o filme mostrar várias personalidades conhecidas na época por serem comunistas (como os jornalistas do Pasquim). Me surpreende muito que um jornalista que se propõe a escrever uma crÃtica não consiga fazer buscas básicas nos primeiros sites disponÃveis do google ou do bing para entender quem são estas pessoas. Preguiça, muita preguiça, é o que caracteriza esta crÃtica.
Esse crÃtico está completamente equivocado. Ele não entendeu o filme. O foco é a força e o equilÃbrio da figura da mãe ao atravessar um episódio brutal que foi a ditadura, e isso tudo está no filme e nao querer que sua famila seja punida eternamente pela tragédia familiar. Isso foi de uma sabedoria filosófica inacreditável da pessoal real D. Eunice . Só o "cricrico" não viu isso. Ele queria mais do mesmo, cenas explÃcitas de tortura e reação armada. O filme não é sobre isso.
ApolÃtico, o filme? A pior descrição e avaliação de um filme que li em muito tempo. Deve ser picuinha do colunista. A plateia rompeu em aplausos após a exibição que vi. ImperdÃvel.
O filme emociona e não engana. Mas o critico tem razão em apontar o foco na personagem e sua história familiar como um óbice para compreendermos o contexto histórico altamente politizado da epoca Se foca muito na personagem e a emoção transborda obviamente que o contexto histórico complexo fica em segundo plano. É um bom filme bem honesto de acordo com as intenções do diretor. E é sempre bom lembrar que muitas vezes emocoes e lágrimas em demasia não significam que o filme é uma obra-prima
Com a devida vênia do autor da crÃtica, se há um adjetivo que não descreve o filme é "apolÃtico". A obra transpira polÃtica do primeiro ao último minuto, abordando de forma expressa elementos como tortura, perseguição e assassinatos cometidos pelo regime ditatorial. A presença dos agentes da repressão na casa da famÃlia, as sessões de interrogatório, os gritos nos corredores, o sangue no chão, as entrevistas para a imprensa internacional, as alusões ao sequestro do diplomata, tudo está lá.
Rafael, para esse "cricrico", precisa desenhar. Recomendo que ele assista o filme, parece que ele viu outro filme ou talvez tenha dormido. Ou demorou muito tempo na fila da pipoca.
O texto foi publicado há um tempo já e continua cheio de erros.
Inclusive de português!
Filme muito bom. Fui assistir ontem. Quarta feira e a sala do cinema lotada. Não tem nada de suave, exceto a voz da personagem enilce. Não há como assistir e não se colocar no lugar da personagem: se vivêssemos naquela época, não enfrentariamos a mesma situação? Todo bolsonarista deveria ser obrigado a assistir esse filme.
Bolsonaristas já estão mortos por dentro, infelizmente esse filme não fará efeito algum.
O filme me tocou muito justamente no ápice, quando o marido é preso e ela quer saber o que está acontecendo, querendo notÃcias sobre o paradeiro dele, quando também ela é presa junto com uma das filhas, é interrogada e fica sem saber do destino da filha e do marido, quando experimenta a arbitrariedade. Também mais para o final, quando ocorre a cena que dá tÃtulo ao filme, que também é muito emocionante, porque entrelaça imagem, memória e afetividade.
Resenha é um resumo crÃtico, não é um texto laudatório ou bajulador da obra ou do autor: faz um apanhado do trabalho e uma crÃtica que ajude o leitor a se situar no conjunto da obra, contextualizando-a. Essa sensação de suavidade apolÃtica talvez decorra da própria condição da Eunice como dona de casa sem saber do apoio que o marido dava aos guerrilheiros e devido ao pouco destaque que o filme dá à sua atividade posterior como militante dos direitos humanos.
É problema quando o crÃtico se debruça sobre o que ele acha que deveria ser, e não sobre o que é. A história foi contada pelo Walter. Não adianta querer que seja contada por outra pessoa. O filme é perfeito ao que se propõe. Ao que propõe o diretor. Os atores estão perfeitos, a montagem, a direção de arte, tudo. Os horrores da ditadura são conhecidos. O filme é sobre a trajetória de Eunice. Não se pode culpar o diretor por ele não ter feito o filme que a gente queria que ele tivesse feito.
O interessante desde que a Dilma foi caçada e perdeu a presidência da República surgiu vários grupos contra os ensinos nas escola de história moderna e contemporânea no congresso e como vigias nas aulas dadas nas escolas.
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
Não me interessa a opinião do crÃtico, o filme se baseia para mim no impacto numa famÃlia entre 1964 e 1985, o inaceitável foi o fato de impunidade o que não ocorreu na Argentina. Mas é a história do Brasil.
Tem um "crÃtico" aà querendo chamar a atenção ou é impressão minha? Rs.
Acho que ele ficou incomodado com a cena do quadro do Médici.
Pelo que entendi o crÃtico acha que uma das principais qualidades do filme, transmitir o desespero e a angústia com comedimento e delicadesa, é na verdade um defeito. Que bom que o público e a maior parte da crÃtica discordam.
Acho que a crÃtica ficou um pouco ingênua; tenho a impressão de que o crÃtico quer sempre encontrar a mesma estrutura de filme-denúncia, filme-panfleto. Não é o caso: existem diversas abordagens possÃveis para uma situação complexo, e não acho que haja contradição entre suavidade e polÃtica. Pelo contrário: observar as consequências humanas, tangÃveis do autoritarismo no cotdiano de uma famÃlia é um fato polÃtico por excelência. Discordo da crÃtica.
Discordo da crÃtica. Nem todo filme sobre a Ditadura precisa ser igual. Penso que o terrÃvel contexto histórico foi bastante abordado no filme, mas o foco era realmente a vida de Eunice Paiva (como também é o livro do Marcelo Rubens Paiva no qual o filme se baseou). E dessa perspectiva, o filme foi excelente! Apenas a questão do Alzheimer poderia ter sido melhor abordada, mas foi uma escolha do roteiro para poder focar na luta de Eunice e tudo bem
Aqui em Salvador, cinemas lotados. Pela primeira vez vi um filme nacional empurrar filmes estrangeiros para horários de tarde. Isso em pleno festival de cinema francês Varilux, que também são bons.
Nada suave, pelo contrário, há momentos tensos, bem real e emocionante o filme.
O filme é bom. E apenas "bom"! Tem seus méritos ao inserir o expectador pouco a pouco no seio familiar, o tornando um observador Ãntimo - quase "da famÃlia". Outra virtude está na evolução dos dias claros e felizes na praia pela casa escura e sombria após a previsão do Paiva. Contudo, o filme peca (e feio) após a cena o reconhecimento do óbito no cartório (este deveria ter sido o momento do fim). Notavelmente esticaram por mais dois blocos apenas para inserir Fernanda Montenegro.
Leia o livro e entenderá para que servem as cenas que vieram após isso, se acha que a história de Eunice acaba no momento que ela consegue a certidão de óbito do marido, que ela deixa de sentir os impactos da falta dele, que isso para de influenciar a forma como ela vê o mundo, então você não entendeu o filme.
Filmaço. E a bilheteria vem mostrando isso, num momento que a salas de cinema andam em baixa, vazias. Esse filme pode marcar a retomada do cinema após a pandemia.
CrÃtica infeliz. O filme traz os fatos sob a ótica da famÃlia de Paiva, e busca mostrar a força da protagonista. A ditadura é um cenário onde os fatos ocorrem, mas não o tema principal, mesmo assim não percebi nada suavizado.
...corrigindo, emocionante.
Não endosso a opinião do crÃtico. Achei o filme maravilhoso, emoconante,e, talvez, bom demais para o Oscar. De qualquer maneira , imperdÃvel.
Filmaço. O crÃtico é da FSP, agora de viés de ultradireita . Não poderia gostar do filme.
Ainda não assisti o filme. De qualquer forma, a crÃtica me pareceu constrangida. E ao mesmo tempo um pouco fora de lugar, como se ela tentasse afirmar como o filme deveria ter sido feito. Saindo do padrão das crÃticas do I. Araújo, essa não foi muito feliz.
O salas estão lotando. Pode assistir , filmaço.
Acho q o jornalista não viu o filme .
ImpossÃvel ler a primeira frase sem ter um AVC.
O filme ser taxado de apolitico é completamente insano. Inacio Araújo ultimamente tem feito comentários sobre filmes, que discordo completamente. Assistiu o Ainda Estamos Aqui?
Considerando que o crÃtico deu quatro estrelas naquela tranqueira do Megalopolis, vou esperar para assistir o filme brasileiro antes de acreditar que é um filme mediano.
Não concordo com a opinião do crÃtico, Ainda Estou Aqui é um filme polÃtico sim, na medida em que denuncia um governo autoritário. Acho estranho dar 3 estrelas a um filme tão rico, complexo e extremanente bem realizado e dar as mesmas 3 estrelas para um filme péssimo como o do Sequestro do SÃlvio Santos.
Delicadeza é a famÃlia Paiva aceitar, já que suposta e documentalmente o pai do cineasta, foi escolhido ministro do João Goulart, sob imposição dos estados unidos; o então banqueiro, suponhe-se, financiou a ditadura.
Leitura apressada a minha, entendi o que quis dizer. No entendo, o que o pai fez não deve entrar na avaliação do filme. Os dois irmãos, Walter e João, são exemplo de bilionários com consciência. João fez doações importantes para a Piauà que a torna independente até dele mesmo. E para pesquisa a fundo perdido, a Serrapilheira, duas fundações importantes. E há o IMS na Av Paulista.
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