Demétrio Magnoli > Trump, história revista Voltar
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A polarização nos EUA não será resolvida com dicotomias simples. A solução está em uma reforma polÃtica que crie uma coalizão inclusiva, com foco na reconstrução econômica local, redução da desigualdade e fortalecimento da educação e capacitação. É preciso um diálogo que leve em conta as preocupações econômicas e culturais de ambos os lados, oferecendo polÃticas que tragam resultados concretos, como mais empregos e segurança econômica, sem abrir mão dos direitos civis e da diversidade.
Ninguém tem a bola de cristal para saber o que acontecerá daqui prá frente. Talvez haja uma profunda mudança do regime polÃtico que descaracterize a democracia, como já apontada por autores de lá; talvez o neoprotecionismo altere o cenário do comércio internacional, promovendo inflação e desemprego; talvez nada disso aconteça, como na era Nixon, até que surja um novo Watergate. Se tudo ou quase ocorrer bem, Vance será o substituto de Trump e o Império continue como está, dominando o mundo.
Parece uma análise bem apropriada. Mas Demétrio, qual deveria ser o (novo?) caminho que os sociais-democratas poderiam ou deveriam trilhar para ser alternativa genuÃna e com votos?
Com Biden fazendo o que fez, qualquer um muda de partido. Ele foi o maior cabo-eleitoral do Trump.
Hoje progressista, o Partido Democrata já foi o mais conservador dos EUA. Durante o governo Roosevelt, por volta de década 1930, o Partido Democrata começou a sua virada para a centro-esquerda no espectro polÃtico, ao menos na área social. Agora parece haver uma reviravolta, que teve como estÃmulo a saturação da globalização, a pandemia, tecnologia e energia renovável. Atualmente, os Democratas parecem ser uma elite estudada, vegana, que anda de carro elétrico e não usa dinheiro em espécie.
Realme te, o partido cemocrata. logo apos o termino ds Guerra Civil, houve empate entre Republicanos e Democratas, e ,para resolver o embroglio, acordou se em conceder aos Democratas do Sul, uma serie de reztricoes aos negros recem libertos, possibilitando a eleicao de Grant.
Na mosca. Lamentável veracidade polÃtica.
Excelente artigo.
Para o articulista, que a interpretação oferecida por este populismo nacionalista esteja inteiramente baseada em desinformação, mentira, exploração de medo e ódio e oferta de soluções simples e errôneas para problemas complexos é tão irrelevante que isso nem é mencionado; para ele, o que de fato conta é que o identitarismo foi vencido. Não importa se por outra forma mais insidiosa e perigosa de identitarismo, como de fato foi.
Então, acho que o tipo de interpretação ou foco que você sugere, Bernardo, é exatamente o que as lideranças democratas insistiam, e por isso não se deram conta que perdiam parcelas vulneráveis da socidade. E votos! (E o Demétrio não disse nessa coluna que o identitarismo foi derrotado). Penso que a centro-esquerda tem de ultrapassar a visão maniqueista como parece ser a sua.
Essa questão da imigração e da concorrência de produtos importados é como uma enchente. Pode-se tentar diques e bombas como em Porto Alegre, mas bastam algumas falhas e a água entra pra valer. Ele é um sintoma, mas não uma solução.
Esse segundo governo Trump, se prenuncia catastrófico. Quem viver verá.
Premonição.
"Partido Nacional Populista" , já conhecemos o equivalente alemão desse partido a cerca de 90 anos atrás. O resultado foi desastroso e agora o que esperar?
Muito boa análise. Uma eleição, com barba, cabelo e bigode, eis a distância entre as idéias no ar condicionado da torre de marfim e o cidadão comum. Trump não somente ganhou, ele esfregou o chão com os democratas. As eleições municipais no Brasil, de certa forma, apontam a mesma falta de identificação com a esquerda. Mais ainda está por vir, pois, arrogantes, não aprendem lições.
Até os democratas votaram nele.
"Milhões de eleitores de Trump votaram, antes, em Barack Obama. Os democratas podem escolher o álibi conveniente de classificá-los como uma massa de "deploráveis": racistas, fascistas ou misóginos. É o caminho mais curto para colher derrotas eleitorais em série." Muitos eleitores de Lula votaram em Nunes em SP. Por aqui a "estratégia" pra reconquistar esses votos é chama-los de pobres de direita. Outras derrotas em série virão. Que ninguém diga que não foi por falta de aviso.
Semana após semana, Demétrio mantém o alto nÃvel de análise polÃtica e sÃntese argumentativa. Sério, impressionante. Análise formidável. Não perde em nada para - e em momentos até supera - os ganhadores de Pulitzer Bret Stephens e David Brooks do NYT. Junto com JP Coutinho é de longe o maior ativo da seção "opinão" do jornal. Está subaproveitado com apenas uma coluna semanal. Alô, Folha! Dê mais trabalho para o Demétrio.
O mais surpreendente é que os sociólogos, cientistas polÃticos, historiadores e filósofos são todos de esquerda, ou seja, o partido Democrata tem ao seu dispor um aparato intelectual monumental para analisar e interpretar as frustrações, agruras e ambições das classes desfavorecidas, mas nada disso serviu para captar essas demandas populares com antecedência e capturar os votos de ampla parcela da população. Ou seja, o grande bufão laranja deu uma rasteira nos intelectuais e jornalistas.
Demétrio não é de esquerda, talvez não de direita. É uma espécie de Raymond Aron que acabou escrevendo para os jornais de direita na França. Mas, certamente, Aron era muito mais brilhante que nosso sociólogo da Folha e da Globo News. Sua caracterÃstica (de Demétrio) é de provocar, assim sempre estará em evidência, como os neopopulistas de direita fazem!
O problema é que esse aparato" intelectual", que é mais barulhento que monumental ignora solenemente as novas demandas populares. Um progressismo moderno e mais atualizado está surgindo mas leva fogo amigo o tempo todo. Os novos progressistas irão prevalecer com a extinção da esquerda jurássica mas infelizmente vai levar algum tempo até essa transição se consolidar no campo progressista. Até lá, vai ter muitas vitórias da extrema direita e faniquito dos jurássicos culpando a todos(menos eles).
Demetrio sempre realista . Não entendo como convive com a extrema esquerda da Globo trash
De ser uma Globo diferente, pois nunca vi mais gorda.
A Globo News fez o que a Jovem Pan, a Record e o SBT jamais fariam, ou seja, apostou na diversidade de opiniões. Se prefere falta de diversidade de opiniões assista a esses canais e na melhor hipótese verá uma neutralidade disfarçada. A Globo pode não ter o mesmo tamanho, mas está muito a frente no que se refere a qualidade do seu jornalismo e por consequência nos jornalistas e comentaristas do seu quadro.
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