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Marcelo Innecco
Tem um passarinho aqui onde moro, que pia tão agudo e tão baixinho às seis da matina, que não deixa nem que se perceba que ele está acordando cada um e todo mundo, nem que se apercebam que mesmo minúsculo é o responsável único porque não haja festas desesperadas na vizinhança. Acorda. E deixa a certeza de que têm muitos que sequer percebem que canta voando de um lado para o outro como se fosse o rapaz do gás da hora do almoço: que tem exatamente a mesma função existencial. Acorda.
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Luiz Alberto Brettas
Massa, tua curta crônica, Marcelo.
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