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Eu acredito haver preconceitos fortes contra os evangélicos em meios progressistas.
Lisboa, que não é pobre, vê a massa enorme de pobres (maioria não-brancos) em nosso paÃs como alvo de domesticação. A site, essa não bate na esposa porque tem civilidade, o pobre precisa de religião para parar de agredir a mulher. A elite vai para universidades, para a direção dos grandes bancos, indústrias e agronegócio, o pobre, esse precisa sonhar em ser patrão e abrir lojinha e afins para viver como pequeno empreendedor (claro, jamais pisará no Insper, onde Lisboa dá aula), vergonhoso!
Parar de beber é um grande ganho para a pessoa. Tenho minhas dúvidas se há uma relação de causa e efeito entre a religião e a abstinência (ou a moderação). Correlação não significa causalidade. É também possÃvel que ao parar de beber, a pessoa mude seu entorno, dos amigos festeiros para o cÃrculo familiar. O que facilita a conversão religiosa.
Como sempre vc foi no ponto, agora, alargando seus artigos além dos temas especificamente econômicos. De fato, a incorporação da "ética protestante", teorozada por Max Weber, foi decisiva para explicar o surgimento e expansão do capitalismo na Inglaterra e Europa germânica - também nos EUA, que se traduz na visão de o progresso material é uma graça divina, diferentemente do que ocorreu nos paÃses com religão predominante católica, a exemplo do Brasil e outros.
Parabéns Marcos Lisboa. Neste artigo é mostrado o piso fundamental onde as sociedades prosperam. O respeito ao trabalho, o respeito à famÃlia e o respeito ao outro. Feliz o paÃs que tem comunidades com esses valores.
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(tit) Violências.
(i) Meu trajeto de bicicleta ficou parecido com o formato de um revólver. Talvez metáfora desses dias, talvez não... Sei que não foi por querer (já fiz 'por querer', por isso sei!). O empresário eliminado ao sair do aeroporto, deportação em massa, tudo se resolvendo na força, um mundo violento, nada disso passava em minha cabeça.
(ii) Mas outra violência (crise), me atingia diretamente - Muita gente morando na rua e eu saà pra pedalar depois das 22h. Tem um outro tanto de gente, amiga, que fala que isto é perigoso. Mas eu transito no empirismo deste testar. Tenho muito a falar sobre - 10mil quilômetros rodados em BrasÃlia, uns setenta% desses depois das 20h, me credenciam.
E eu falo assim:
(iii) Tem exagero! Muito exagero nesta noção de perigo. Nesse tempo todo pra rodar os 10mil quilômetros aqui, apenas uma vez, e me livrei fácil, um cara tentou me cercar. É porque não é gente que ataca, é gente que pede, prefere pedir... Fiquei no Frans Café hoje por uns quarenta minutos e passaram uns seis pedindo, um atrás do outro.
(iv) Um deles propagandeava as pústulas, este ato foi o mais agressivo que teve e mesmo assim ele 'pedia', piedade... Em BrasÃlia é fácil fazer linhas retas. Fui de casa até as duzentas/quatrocentas, subi e segui pelas calçadas do eixinho, desci na210 e o trajeto acabou formando este decalque de revólver, com mira e tudo. Não me identifico, sei que não é assim que se resolve...
Tudo isso é muito bem explicado por Marx, através do verbete alienação. A religião ocupa esse espaço, onde o explorado busca forças para continuar suportando, mas os exploradores buscam tentar amenizar seu comportamento predatório. É um ponto de equilÃbrio instável, que proporciona, antes de tudo, a continuidade, sendo assim patológico em uma sociedade doente. Mas tem um lado realmente interessante em relação ao cuidado com o próximo, radicalmente diferente da indiferença burguesa.
Seus comentários sao uma sopa de letras. Desconfio que nem vc entende o que esta falando.
Obrigado Vinicius, a mensagem é que o capitalismo é absolutamente predatório e se não for superado e rápido, o planeta não suportará. E você sabe disso, pois conhece as histórias de conquistas do espaço para fugir da hecatombe. É a mensagem de Hannah Arendt no prefácio da Condição Humana. E na sequência, Eichmann em Jerusalém, ela mostra a banalidade do mal, que são os crimes cometidos por falta de reflexão e crÃtica.
Gostei do ponto de equilÃbrio instável. Agora vc se superou mesmo. Uma verdadeira pérola!
Vinicius, leia de novo e tente entender o que eu escrevi. Aà pensa se você tem algo a dizer sobre o assunto, que acrescente alguma coisa. Ninguém está interessado se eu sou isdo que você diz, ou não. As pessoas querem discutir ideias e não pessoas. Mesmo porque, eu não sou importante e não tenho nenhuma relevância.
Marcelo e suas pretensões filosóficas, fruto de equivocada interpretação da teoria progressista de Max Weber. Considera-se um profundo conhecedor da economia politica, mas não passa de um mau aluno, que teima em pregar a ditadura do proletariado. O tempo passou, mas o cara parou em mil novecentos e dezessete, e por ali ficou.
Outra coisa Leonardo: se o marido precisa de uma igreja para parar de agredir a esposa, isso só mostra que ambos têm problemas: o marido, por não ter caráter e precisar de uma igreja para dar um mÃnimo de respeito para sua esposa e a esposa por aceitar um cara desses ao invés de se respeitar e ser a dona da própria vida!
Leonardo Van Holthe: é isso que vocês sugerem né? O pobre pode montar pizzaria, salão de beleza, ser Uber. Eu não acho que vocês da direita elitista querem que o povo passe fome, mas tampouco querem que o povo melhore de vida substancialmente. Não querem que o povo tome os privilégios de vocês, que nós sejamos um paÃs nórdico né? Tudo bem melhorar um pouquinho d vida, desde que as grandes fortunas, as grandes empresas e as viagens para Paris fiquem nas mãos de vocês!
A ética protestante o espÃrito do capitalismo. Choque de capitalismo nesta modorra para que tudo que é sólido se desmanche no ar.
Excelente texto. Apenas a esquerda jurássica não entende a importância da rede de proteção social que os evangélicos proveem entre si, para suprir o que o Estado não lhes fornecem. É o marido que arranja emprego e para de agredir a mãe. São serviços de saúde, educação, apoio com familiares PCD, recuperação de pessoas em drogadição, asilos, creches... Tem vários problemas a serem resolvidos (com diálogo) como a questão dos costumes? Tem! Mas é um fenômeno a ser respeitado e compreendido.
É interessante, né? Pobres, votando na direita, defendendo o liberalismo econômico, dizendo que patrão não explora, que querem ser patrão. Eles vão ser patrão? Muitas vezes, eles montarão pizzarias, pequenos salões de beleza, uma lojinha. Mas vão estudar no Insper, onde Lisboa dá aula? Vão ser donos de latifúndios do agronegócio? Vão dirigir as grandes empresas, os grandes bancos? Vão viajar na Europa e ter mansões? Esse discurso parece que é um discurso que agrada muito a elite, né?
Montarão pizzarias e melhorarão de vida. Simples assim. Não precisam ir para a Europa nem chefiar grandes bancos para serem felizes.
Não faz mal perguntar Lisboa; quantos desses evangélicos estuda no Insper, onde você foi presidente Lisboa? Quantos deles saem para o mercado financeiro, a direção das grandes indústrias ou das grandes techs e startups, para controlar as terras ricas do agronegócio, para viajar na Europa? “Eu quero ser o patrão”, pobre é maravilhoso, quando vira dona de salão de beleza ou de lava rápido ou te serve como Uber, segurança ou garçom né? Ponha os filhos desses evangélicos com seus alunos do Insper!
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Texto horroroso. Lisboa sempre defendeu aqui um elitismo libera sem precedentes. Os evangélicos estão sim geralmente entre os grupos mais pobres e menos instruÃdos no Brasil. “Meu patrão não me explora, eu quero ser o patrão”. Ótimo dizer isso para quem mora em favela e pode no máximo ser uber ou abrir uma lojinha, enquanto isso as elites continuam com terras e fazendas, com as melhores universidades, com os grandes cargos executivos nas mais poderosas empresas e com as melhores profissões.
Excelente texto Lisboa. Demonstra com clareza que os movimentos progressistas gostam de números e evidências que corroborem sua visões e crenças.
Um economista falando de movimentos sociais e religiosos enquanto o desastre fiscal está à nossa porta. O terremoto já está para acontecer e certos grupos organizados da sociedade, só servem para desviarmos do que é essencial a ser solucionado.
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