Ana Cristina Rosa > Nunca foi uma questão de mérito Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Escola Pública! A Universidade Pública não deveria ser direito Universal a todo estudante que concluÃsse o chamado "ensino médio" ? Fica distante dizer que números tais indicam isso ou aquilo e, que cotas equaliza o Sistema de um mesmo meio, quando se faz referência apenas com números alguns itens desta escala pode buscar aquilo apenas que lhe confere exaltar ou banalizar. Se a polÃtica brasileira estivesse mais voltada ao que falam quando os polÃticos são candidatos, não teriamos o texto supr
Todo brasileiro merece ser tratado igual na lei, mas parece que essa ideia anda fora de moda para alguns. Ao invés de perder tempo atacando os princÃpios democráticos, que tal investir em algo revolucionário, como educação de qualidade? Identitarismo, afinal, só deve servir para o lixo, junto com as velhas teorias racistas.
Imagino, então, que com todo esse “desempenho”, cotistas não precisarão de mais cotas para ingressar em mestrados e doutorados, em residências médicas, em concursos públicos… Ou será que esse “desempenho” só se manifesta em “Censos”, mas na vida real os cotistas ainda continuam a precisar de mais cotas?!
De acordo.
A educação, esse sonho prometido a todas as crianças, carregado com o peso de um futuro melhor, é há tempos a engrenagem de um sistema desigual. Nunca foi o mérito que distribuiu oportunidades, mas uma rede intricada de fatores, alguns evidentes, outros tão profundos e subterrâneos que poucos ousam reconhecê-los. Há quem defenda, fervorosamente, a ideia de que a escola é um campo neutro, onde cada aluno compete com suas próprias forças. Meritocracia. Uma palavra pesada, que brilha aos olhos.
Xará, grato pelo comentário. A meritocracia, para alguns, é o bastião da justiça. Para outros, aparece tingida de cinismo. Quando o mérito pode ser realmente comparado, como medir o talento de quem estudou em uma escola que mal tem professores, contra aqueles que passou a infância entre aulas de lÃnguas e viagens culturais? Como comparar o esforço de quem nunca teve que dividir o quarto para estudar, com o de quem disputou a mesa da cozinha entre irmãos e irmãs?
Meritocracia é a base da sociedade. Queremos e procuramos o melhor em todas as áreas e os estudantes se distinguirão através dessa régua. Não há prêmios para prédios que caem, tubulações que explodem, cirurgias que matam ou jogadores de futebol ruins. A questão é dar acesso, valorizar a educação (de fato) e uma economia que crie oportunidades (dos pais aos filhos). O resto a gurizada resolve sem ajuda.
sou da época que na USP 90% era de pessoal branco, classe média alta e quase todo mundo tinha carro. Amigos meus que estudavam lá tinham este perfil, todos nós oriundos de escola particular. Acho que o sistema de cotas começou há 15 anos e hoje é um prazer ver que mais de 50% por cento dos alunos de lá vem do ensino público e a tão propalada lenda na queda na qualidade desfaz-se só em ver a USP ranqueada em primeiro na América Latina. Só fica faltando entrar na cabeça da bozolandia.
Foi bem até tentar inviabilizar a discussão. Concordo com cotas sociais, desde que sejam realmente sociais e não da classe média patrocinando professores enquanto o filho cursa a escola pública. Daà a discriminar entre pobres há uma distância muito grande.
Pelos comentários vê-se que muita gente desconhece a ciência dos números. Então vai essa: noventa por cento dos internados com covid no final da pandemia, era de não vacinados. E tem gente que ainda não acredita em vacina, inclusive médicos. Como deixariam seus preconceitos no caso de ir à faculdade, se não os deixam nem pra ir ao cemitério?
José TarcÃsio, meu caro, a ciência só traz argumentos a quem se dispõe a considerá-los. Aos que não o fazem, não se dando ao trabalho sequer da observação - o primeiro dos recursos a ser empregado metodicamente - ela não é suficiente sequer como abre-alas, quanto mais como bateria. Sobra só o carro alegórico da crença naquilo que bem entenderem...
Alexandre, eu quis chamar atenção para um levantamento estatÃstico, ciência de números, que daria chance para uma reflexão objetiva, ou ao menos trazer mais objetividade para a questão. Isso deveria demover da simples subjetividade e seus compreensÃveis preconceitos. A ciência contra as trevas, pode até ser, recuperar a humanidade.
Discriminar entre pobres não vai resolver sua questão.
Se quem ingressou pelas ações afirmativas demonstrou desempenho superior, então essas cotas eram desnecessárias: bastaria demonstrar o desempenho superior já no vestibular.
Querem aprovar alunos com notas 20% mais baixas em cursos super concorridos, claro, para "corrigir" a educação pública sem investir um centavo. A solução? Prejudicar adolescentes de alto desempenho e ainda jogar o peso dessa manobra na questão racial. Afinal, nada melhor do que criar desigualdade em nome da "igualdade".
Ou mostra que as provas são mal elaboradas. A única função delas é selecionar os que tem mais chances de fazer um bom curso. Há algo errado se os que tiram notas mais baixas tem sistematicamente melhor desempenho que os que tiram notas mais altas. Melhor então um sorteio.
É o acesso, estupido! (Não é ofensa, apenas paráfrase)
Paulo, talvez se o estado realmente investisse em educação mas o perfil econômico tem grande peso na capacidade de preparação. Boas escolas, cursos, acesso a informação e recursos fazem toda a diferença, o que só reforça a vergonha da educação no paÃs.
Conversa de quem acha que é nobre na corte do LuÃs xiv. Como ficou provado que em pé de igualdade, o que se acha nobre é pior que o povão, quer amarrar a perna do pobre pra parecer competente.
Sofista.
Paulo, realmente é difÃcil entender quando não se deseja fazê-lo, né? Há uma séria disparidade na preparação pros concursos vestibulares quando se compara os estudantes de escolas públicas e privadas - em favor das privadas, óbvio. Contudo, no decorrer da formação superior, tal disparidade se equaliza. É essa a conclusão de vários estudos, realizados por diferentes pesquisadores e entidades.
Quando o ônibus para no ponto da Rocinha, a maior favela do paÃs, é comum um tipo de rosto que não passaria num comitê racial, pois não é negro. Falta uma cota para essa vida Severina.
Pois é. Mas a dos negros e pardos é o filé, a cota da cota.
Tenta outra porque essa só revelou a sua ignorância. As cotas são para estudantes de escolas públicas, só uma parte é para negros e indÃgenas.
Já existe, se informe melhor. A cota é social com uma parte pra pretos e pardos.
Pois é. Discriminar entre pobres é desumano.
Independentemente da correta polÃtica de inserção no Ensino Superior (e sem entrar no tema qua ainda não foi abraçado por nenhum governo até aqui: Escola Pública - ensinos Fundamental e Médio - de qualidade e em tempo integral), parece-me um pouco alarmante que metade dos universitários não concluam sua formação superior.
É bastante preocupante, minha cara. Mereceria, na verdade, a exploração dos motivos pelos quais isso ocorre, porque podem ser muitÃssimo variados. No que tange a quem não tem suporte financeiro familiar, as dificuldades de se manter em um curso superior são visÃveis, e devem responder por boa parte dessa encrenca.
Eita, minha cara Ana, não foi um "tapa na cara" porque os reinitentemente contra as ações compensatórias (trezentos e lá vai pedrada anos de escravidão, seguidos de uma "Liberdade" capenga e desprivilegiada) não dão verdadeiramente a cara a bater. Recusando-se ao óbvio, falarão que "é questão econômica", a despeito da demografia dessa "questão": 7O% ou mais, é preto. E as cotas não se iniciam pela etnia, senão pelo fato da proveniência: escola pública. Parabéns aos cotistas, que se viram a despe
Sou favorável as cotas sociais, branco tbm vivem em comunidades, pobre é pobre, não depende da cor. Um pobre negro não pode ser favorecido em detrimento do pobre branco, ninguém é pobre por opção. A vida sempre foi dura pra quem nasceu desvalido de recursos, eu q o diga, até os 17 anos só tinha estudado no antigo grupo escolar, pra chegar a universidade a luta foi árdua e solitária e não havia as facilidades de hj como cotas e Fies.
Exatamente
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
Milton, meu caro, o primeiro critério pras cotas é econômico, como nosso colega Zé Padilha ressaltou: são alunos de escola pública. O critério étnico vem em segundo nÃvel, depois do recorte econômico.
A justificativa para essas cotas está na reparação histórica de desigualdades raciais e na promoção de representatividade nesses espaços. É difÃcil de entender ou quer que eu desenhe?
As cotas em universidades federais sao para estudantes oriundos da escola publica, o que inclui tambem os brancos.
Trinta anos de cotas, teve seu inÃcio em 1994 na UERJ , no tempo do governo Garotinho , daà fica a pergunta quanto desses cotistas formados em engenharia e medicina se destacaram?
Não leu o artigo?
Ok, cotas sociais então. Cotas racistas, não.
Desisto!
Fernando, se você consegue discriminar pobres com base na cor da pele você não carece de adjetivação. Alienação não constitui argumento, camarada.
Prezado Marcos, respeito suas posições e sua visão humanista, mas andando pelas filas do SUS, UPAS, relegadas escolas públicas, vendo a solidariedade dos que quase nada tem e como a sociedade os trata, fica muito difÃcil distinguir entre pessoas com base na cor da pele. Para essas, números não fazem diferença, pois a pobreza nivela a todos por muito baixo e não devemos acrescentar a isso algum pecado original, que sequer praticaram. Discriminar entre elas é aumentar a injustiça.
Cota racista é manter tudo como está. Geralmente é contra as cotas quem sabe que sem privilégio não chegaria a lugar nenhum.
Tha, estamos discriminando entre pobres, que foram e são preteridas. Não é história, é e sempre foi realidade. Pobres, são nivelados pelas dificuldades econômicas, não tem responsabilidade pelo processo ou pelo passado. Além disso, definir quem é quem com nosso elevado grau de miscigenação leva aos lamentáveis tribunais raciais que estamos presenciando. Discriminação confortável e inconsequente.
Alexandre, prezado, ainda que você não deseje crer nisso, *o primeiro critério é socioeconômico*, o beneficiário da cota tem que ser proveniente de escola pública - que ainda é a opção educacional de qualquer um de renda baixa ou mesmo média. Os critérios étnicos seguem após esse primeiro sarrafo. "Racismo" é negar que pretos tenham sempre sido desfavorecidos nesse paÃs.
É José, somente como você passarão, né? Ou distinguir entre pobres pela cor da pele tem outro nome agora?
Visam beneficiar pessoas que se identificam como pretas, pardas ou indÃgenas, grupos que sofreram e ainda sofrem discriminação e desigualdade racial no Brasil. A justificativa para essas cotas está na reparação histórica de desigualdades raciais e na promoção de representatividade nesses espaços. Entendeu? Ou necessita q se desenhe?
Racistas como voce não passarao!
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Ana Cristina Rosa > Nunca foi uma questão de mérito Voltar
Comente este texto