Tati Bernardi > Por que ainda é tão fácil odiar mulheres? Voltar
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Goste-se ou não da serie, a cena de sedução no bar (episodio 3, + ou - a partir de 20° minuto) é deslumbrante, um show de sedução em tempos de sexo explÃcito e fácil, segue as cenas de sedução do cinema do passado. Apenas gestos e olhares.....
Às vezes concordo com o que você escreveu, às vezes não concordo. Mas, sempre quero ler os seus textos. Fã.
"Agradeço muitÃssimo ao fracasso dos meus tratamentos." Acredito q esta conclusão muito se assemelha à q chegaram Regina (namoradinha do B) e Cássia (musa dos quartéis), depois de várias tentativas de terapias. Replico aqui trecho do seu próprio texto para reflexão e mais uma tentativa de cura: "e o diretor fala sobre sua angústia ao perceber q ignorou sinais para seguir odiando a personagem." Ou seja, vale o clichê: o mal e a cura estão dentro de você mesma ou do seu próprio texto. (Sigo...)
Replico aqui também trecho do texto de José Manoel Diogo, o qual indico a leitura na Ãntegra, como mais uma tentativa: "Quando a vida perde suas nuances e é reduzida a dicotomias rÃgidas, o indivÃduo pode sentir que não há espaço para sua existência autêntica." Fico na torcida, não para que encontre ou assuma a "boazinha" ou a "má", mas que as reconheça e deixe que elas se entendam dentro de você. Logo você irá se reconhecer, e lógico, a gente vai te ver... "autêntica".
Sério, dá pena da Tati... Feminista neurótica... Às mulheres merecem direitos iguais... Mas nesse caminho surgiram feministas extremistas e neuróticas que criaram um mundo à parte e não sabem falar outra coisa que não falar mal de todos os homens da face da terra, dia sim e o outro também. Realmente, você precisa de uma boa psicoterapia...
E né, chamar de feminista como se fosse uma ofensa... olhos revirados, oh deus, oh dorr! E ainda mandar para a terapia? Antes louca que mediocre, sempre.
Neuróticos somos todos, até pq as alternativas sao muito piores...
Quando pararem de matar mulheres como se mata nesse paÃs, talvez faça sentido sua reclamação.
Feminista, neurótica, complexa...
Gustavo, seu parente Guilherme (Figueiredo), tem a resposta a vosso comentário. Encontra-se em "tratado geral dos chatos", editado há quase cinquenta anos - e hilário até hoje.
O liberalismo feminino que devia ser uma coisa, sua independência para escolher, virou outra coisa com as mulheres se jogando no mundo machistas para serem vitrines e escolhidas, viraram presas fáceis do sexismo machista vulgar, as que conseguem sair o fazem com depressao por terem sido usadas e descartadas..
Tati, filha. De uma mulher velha e independente. Você não é elas e não tem a menor ideia do que viver imersa no machismo brutal. Vive numa bolha intelectual, cronista de um jornal de direita e se achando voz . Não não é. E um pouco de humildade vai te fazer crescer
Se você gosta de homens descomedidos e realizadores, é porque talvez você seja descomedida e realizadora. Homens elegantes e sonhadores são para mulheres igualmente elegantes e sonhadoras.
Você rotulou o personagem Don Draper como boy li xo e ironizou os seus possÃveis traumas de infância. A verdadeira compaixão não é seletiva, mas universal.
Uma personagem feminina ególatra é detestável pelo seu egoÃsmo, e não por ser mulher. Não confunda as coisas. Um personagem masculino ególatra pode ser atraente para algumas pessoas por causa do terno caro que ele veste ou pelo seu caráter sedutor, mas isso diz mais dessas pessoas (superficiais, diga-se de passagem) do que do personagem masculino mau-caráter.
A auto critica é o caminho para a libertação, sua "inútia" kkk . Não consigo esquecer esse "adjetivo"
Minha segunda gargalhada do dia - e, óia só, que começou às quatro da matina. "Inútia!" Hahahahah, também adorei. Viva Ritinha! Futura feminina, feminista, amalucada e abençoada. Como todas as pessoas deveriam ser.
A personagem ególatra? Olha quem fala…
Tati, uma mulher que "anseia por homens descomedidos e realizadores". Isso é tão machista quanto um homem que "anseia por uma mulher que esquente a barriga no fogão e esfrie no tanque".
Pior q ela sabe disso...
Ei, Tati, aceite minha sugestão: insira uma foto de garotas de biquÃni em cada artigo seu. Vai bombar.
Eita, sô, jura? Mas já bombou, óia só. Sei lá se gente pelada melhora o Ibope - além de não ser feminazi, talvez fosse melhor uns boys, pra variar.
Há mulheres que carregam em si ecos de uma tradição que as precede, como uma gravação antiga reproduzida em novas vozes. São mulheres, crescidas sob as mesmas regras que, ainda que sutilmente, tentam lhes ensinar a desconfiar de outras mulheres. Não sejam como ela, dizem seja mais comportada, mais discreta, mais responsável. Aos poucos, algumas percebem que esse ela era um arquétipo.
É, Tati, somente os homens tem o aval para serem patéticos, e o pior: nós ainda achamos o máximo.
Os homens tem inúmeros avais q as mulheres nao tem...
Nos falta grandes autores. Com uma frase, eles resumiriam magistralmente páginas de amadores. E. L. Doctorow diria: They were hateful presences in me.
O machismo tenta destruir a Tati. Mais paranoica impossÃvel. Volte ao tratamento, filha.
Por que diabos eu tenho de pagar um jornal que lança colunas para o autor falar sobre si? Que me interessa os fracassos e sucessos terapêuticos de uma autora e sua forma de lidar com homens e mulheres? E olha que já li excelentes colunas desta mesma autora, mas seus problemas Ãntimos não deviam ser expressos em uma coluna de jornal -- e sim entre seus amigos, terapia e, vá lá, um blog pessoal. É desagradável, é uma exposição desnecessária e não é de interesse público.
Justa Lerda, Marçal, pula o artigo e boa, uai. Chatice, mano...
É uma técnica para capturar o leitor ocioso. Não se escreve mais crônicas, porém blogs. Olhe que tem audiência pois o objetivo é a provocação e na letargia mental de nosso tempo não faltam aplausos. É tudo espuma sem conteúdo, porém o colarinho tem quem aprecie.
Por que será que isso incomoda tanto algumas pessoas? Esse jornal tem muitos textos para serem lidos, mas algumas pessoas tem um prazer estranho de lerem colunistas que odeiam só pelo ainda mais estranho prazer de comentar como os odeiam...
se não fosse de interesse publico, o senhor não leria...
Tati trazendo aqui um pouco do que tenho lido e pensado ultimamente. Apresentadas recentemente a mim, Annie Ernaux e Elena Ferrante são como as vozes que clamam no deserto...
Quem inveja e odeia uma mulher é outra. Homem quando não ama é indiferente o que as deixam furiosas.
Nao vemos muita indiferença masculina nos comentários de homens aqui e na Mariliz...
Por que é tão difÃcil as pessoas entenderem que defender a idéia de que as mulheres devem ocupar os mesmos espaços que os homens e terem os mesmos direitos, não é salvo conduta para elas cometerem más ações. Esse tipo de artigo é um desserviço ao femismo, que nada mais é do que defender o fim de injustiças.
Vou me atrever a proferir duas profecias O "homo sapiens" vai ser chamado logo "mulire sapiens". E segunda; a categoria machismo, no sentido pejorativo, não vai integrar mais o polÃticamente correto. As mulheres deverão abandonar o "feminazismo" compreendendo que intimidam aos homens e ficam encalhadas. Já sei que vou ser massacrado por isto mas por via das dúvidas, aclaro que não sou misógino. Uma mulher segura não precisa ficar sempre à defensiva contra o machismo estrutural para vencê-lo.
Falar feminazismo é de fato uma lição de autoconfiança, não é mesmo?
Hahahahah, a auto-impiedade que grassa em vossos miocárdio e célebro, Tati, carÃssima, é até capaz de ter grande condão terapêutico, não nego a possibilidade. Mas que tem um risco de sofrimento indizÃvel (e, talvez, incomunicável, a despeito de espaço no jornal e podcast), isso tem. Eu, perfeitamente maluco na minha pequenina e ridÃcula loucura pessoal, não sou bom pra dar conselho; todavia, posso fazer uso de uma frase-feita, aquela que diz da utilidade do caldo de galinha e da cautela...
Vendo alguns comentários, concluir que amando ou odiando, assim como de loucos, médicos e agora de Tati todos temos um pouco.
É meu cara, o algoritmo da folha e a ativação de notificações usam o mesmo modus operandi da internet para nos capturar. Tu se equivocastes quando diz que foi tua 2ª gargalhada, só nessa coluna é a 3ª; além de modesto quando comenta o comentário do assinante Mário Lúcio. Fui caminhar agora à tarde e rindo sozinha como de costume ao lembrar da inútia
Coluna ótima Tati. Bem ia ver a série, mas mudei de ideia agora.
Na mosca. Caà no mesmo engodo em todas as vezes que vc citou. Que b. , não?
Hahahahah, ótema! E eu na lenga-lenga de cuidado com a auto-impiedade... Tá comprovada a utilidade perfeitamente terapêutica da coisa, senão pra articulista, pra nós leitores - ah, mas somente pra quem tem autocrÃtica.
"Como eu deixei que a verdade me escapasse?" Na 'Nova Antologia do Conto Russo' da Editora 34 há a história "O Caça-Ratos", Aleksandr Grin. Derrapei na leitura, ou travei nas alucinações do narrador. Então vi um pobre diabo famélico topar com uma civilização de ratos disfarçada no meio da civilização humana. Depois ele era despachado duma enfermaria ruminando aquele acontecimento no diapasão das coisas triviais. Que pena. Reli o final.
Eita, prezadÃssimos colegas, alto nÃvel, hein? Tão lá nos pÃncaros que nem posso participar; resta-me só agradecer pela dica literária, fiquei agulhadÃssimo.
Simone Weil: o amor não exerce nem sofre a força; é essa a única pureza.
Tudo bem. Talvez seja uma estética modernista? Eu ainda não li este conto. Mas penso que calha com madness and modernism, de Louis Sass, que estou lendo.
É interessante, sim. Não sei bem se o texto remete a uma impureza da higiene, mais do que da moral, que desde sempre encontrou na impulso feminino o lugar do vÃcio e da desordem, ou mais moral, uma recusa de renunciar a exercer sua força. Simone Weil tem uma frase que diz que a pureza é um amor que renuncia à força, e o único amor. Mas ela foi quase santa, e eros é um deus possessÃvo e impertinente.
Aleksandr Grin morreu no ostracismo e na miséria aos cinquenta e dois anos. Talvez, ao cunhar o pseudônimo, ele tenha se inspirado nos Irmãos Jacob e Wilhelm Grimm. Aleksandr Stiepánovitch Grinévski viveu gorkianamente. Era um mestre do fantástico, caso desse conto a que me referi, e do maravilhoso. Mas é difÃcil classificá-lo, dado o "estranhamento estético gerado pela sua ficção". Desculpem-me por escrever muito.
Literatura é arte.
P.s.: Este texto é ouro de milhões de quilates. A pergunta que lhe dá tÃtulo é coerente com a descrição de uma espécie ecologicamente inviável que, é claro... por mero acaso... intitularam 'Homo' - e não 'Femina' -, acrescentando a dupla bordoada 'sapiens sapiens'.
Os loucos têm um salvo-conduto para dizer essas coisas que podem causar impressão.
Seu texto foi removido porque infringe as regras de uso do site.
E como seria escrever involuntariamente?
OMG Hahahahahahahahaha Espero q não tenha sido involuntário.
Toda fraqueza corrompe. Uma fraqueza infinita corrompe infinitamente.
Ô moça, faz com inteligência uma personagem de si; ou talvez, não sendo suficiente a Galáxia para ti, quem sabe o Universo...e sabes que escreves bem!..
Escreve bem, espantosamente bem! E nestes comentários aqui também há quem escreva bem também! Ler isto tudo é um vento fresco pro intelecto da gente!!
Tati cada vez melhor!!
Procurou benzedeira? Acertou. Amo-as.
Pensei q seria um artigo sobre a Damares ou a Zambeli. Mas acabou q gostei.
Rindo muito aqui deste comentário acima, mas...pelo amor de Deus, a gente sabe que Tati Bernardi não desperdiça seu talento- e é por esta razão que ela o divide com seus leitores!!
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