Basra virar lei, a legislação sera para todos, então não havera diferença na concorrencia neste quesito, todos vao se adaptar, a escravidão ia falir o pais, diziam à época...

X x ?

Judiciário 60 dias de férias e mais penduricalhos, político nem sequer é trabalho. Sem contar filha solteira de juíz e militar, que ganha no 0x 7. Este é um pais justo, como o Justo Veríssimo.

Os argumentos patronais não evoluem. Achavam a libertação dos escravos estapafúrdia. A cultura do chicote e da exploração ainda pulsam no patronato brasileiro.

Sempre estive somente de um lado dos incontáveis balcões em que fui servido e não tinha idéia desse engessamento 6 x 1. É tema oportuno e complexo, que demanda espaços de divulgação e debates maiores do que este de Cozinha Bruta. A Folha é pró-patronal e não irá informar mais do que já fez. Chato, né?

Eu trabalho há 25 anos em restaurantes e hotéis, e o que chama mais a atenção é silêncio do Sinthoresp (Sindicato dos trabalhadores de Bares hotéis e restaurantes de SP), não uma manifestação sequer na página, apenas um feliz feriado da proclamação da república.

Agora, se o comércio e o serviço devem folgar dois dias por semana ? sim claro, como os outros setores, semana inglesa, claro. O que está em discussão é o Sábado, a verdade é que querem consolidar uma situação, o Sábado é considerado dia útil, mas não é trabalhado. A verdade é que o custo da Mão-de-obra é igual, tanto nas 36 como nas 44 horas. Têm o mesmo custo de Mão-de-Obra.

Os trabalhadores têm direito à vida fora do trabalho. Já assinalei o manifesto contra a escala 6x1.

Esse é o capitalismo. Salários baixos, Jornada mais longa e maiores lucros para dividendos sem impostos. O CLT havia sido uma conquista na luta dos trabalhadores e uma forma de controlar a "classe perigosa".

Bem, no Japão, após o fim da 2a Guerra Mundial, trabalhavam 60 horas por semana, inclusive aos sábados. Ainda hoje, o trabalhador tem 1 dia de férias por ano a cada ano trabalhado. Ou seja, trabalha 10 anos e tem 10 dias de férias. Não acho que temos de imitar o Japão ( de jeito nenhum!), mas apenas reconhecer que um país só se desenvolve se as pessoas trabalharem duro. Idem a Alemanha no pós-guerra.

"Peço a você, que me lê, um pequeno exame de consciência. O que é mais importante? Um restaurante aberto 24/7 ou permitir uma rotina digna para quem trabalha no setor?" Um restaurante aberto 24/7 pelo menor custo possível.

...e o trabalhador entra com o lombo. A propósito, após essa matéria tem uma propaganda patrocinada sobre casa contêiner que, ao se tentar abrir, recebo aviso do antivirus de que se trata de phishing. Então cabe a pergunta simples: por que a Folha que se apresenta como séria, permite coisas assim?

A receita é só isso? Como é para preparar o lombo?

No lombo do trabalhador.

Outro absurdo é a escala dos trabalhadores em hospitais e clínicas. Jornadas de 12 horas são propícias a exaustão e acidentes. E alguns plantonistas só podem sair se o substituto chegar. Só acha normal quem não passa por isso e não se importa.

Como Faz pro lombo não ficar duro? Vai só sal e pimenta? Limão?

Muito cruel.

Outro absurdo é a escala dos pilotos e comissários de voo. Num voo internacional, fazem um turno de 12 horas. Para obedecer ao limite de 8 horas diárias, deveria haver 2 equipes, que se revezariam na metade do voo, e acabar com voos aos domingos para permitir o lazer com as famílias.

Pois deveria ter!

Não é 6x1! São 44 horas semanais! Já comecaram errado e enganando! Esse jornal não tem revisor?

Salve Marcão! Minha filha trabalha no ramo como bartender. Após juntar um dinheiro ela ficou seis meses nos EUA, em Miami. A ideia era se aprimorar. Mas, segundo ela, lá, como cá, os patrões só exploram. De todo modo, ao voltar ela já tinha uma vaga aqui em Sampa, num bar na região de Pinheiros. Na entrevista com a nova patroa ela negociou um fim de semana ao mês. A patroa primeiro resistiu, para depois se animar, quando minha filha disse que a folga seria para ela se atualizar. Veja você.

A escala 6x1 é estafante ,não leva em conta a saúde física e mental do trabalhador, que de fato é quem faz a Economia acontecer e infelizmente os empresários e economistas só se preocupam com o lucro e com o mercado.

Muito bom, Marcos. Não à escala 6X1!