João Pereira Coutinho > Inimigos íntimos Voltar
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À parte ter gostado das reflexões sobre envelhecer e do uso de CR7, vi "outro" filme. Sigo achando que os principais méritos dele são justamente as crÃticas apontadas, como as suas. Dennis Quaid de quem se deveria fugir? Não por acaso, o nome dele no filme é Harvey. Escatologia? É só para visualizar, cruamente, o hábito de se transformar mulheres em mercadorias perecÃveis. E por aà vai. Achei brilhante e necessário, com todos os engulhos que desperta. Ou por causa deles.
Mas o filme exagera propositalmente, pena que o colunista não tenha entendido, inclusive a cena final pode ser uma referencia a Carrie a Estranha e o corredor vermelho a famosa cena de O Iluminado. Cristiano Ronaldo, vaidoso que só ele, nem chegou aos 40 e tem dinheiro de sobra para viver muito bem, mas qdo tiver 50,60, 70..longe dos holofotes que o endeusam....
Que deleite, Coutinho!
Já ouvi do Chico Buarque que continua criando, só que tudo demora mais. A época em que recebia uma encomenda de um pacote de músicas para uma nova peça de teatro para daqui a um mês já passou faz tempo.
Saber envelhecer é um clichê amplamente repetido, mas que carrega uma sabedoria significativa. A expressão remonta à filosofia clássica, especialmente a CÃcero, que escreveu o tratado De Senectute, uma reflexão profunda sobre como lidar com o envelhecimento de maneira digna e serena. O clichê sugere que a velhice, inevitável para todos que têm o privilégio de viver longamente, é uma fase da vida que exige adaptação, aceitação e, acima de tudo, sabedoria para aproveitar as dádivas que ela traz.
DM ainda lindÃssima.
Pior do que ver filmes caricatos é ver os fracotes caricatos da vida real como o autor da coluna e os que a aplaudem nos comentários, um bando de fracotes que se sentem ameaçados com a crÃtica de uma obra a um tipo especÃfico de pessoa. Provavelmente vestiram a carapuça pois olham no espelho e enxergam o Dennis Quaid de manicômio.
O mais absurdo é que tem mulher que endossa o machismo desses caras.
parece que quem se sente ameaçado com uma crÃtica a uma obra é vc, hahahaha
Vi de outra forma. Essa "futilidade" ou "imaturidade" no envelhecimento não é algo intrÃnseco à s mulheres, como gênero. Mas é algo muito presente nessa indústria do entretenimento, que tem sim uma dose muito elevada de misoginia na sua forma e conteúdo. Penso que o mal estar de Hollywood com o filme é um pouco pelo quão literal e caricata a história se mostra, mesmo sendo a mais pura verdade. Afinal, Cristiano Ronaldo não ganhou dinheiro pela sua aparência, ele entretém misóginos de outra forma.
... quanto o 'propósito' do filme, 'mira em um e acerta em outros', é compreensÃvel como 'Obra Aberta' (Eco, U.). Os conselhos sempre são razoáveis se seguidos, a do autor, afinal, sabe-se que CR é muito ligado à sua Mãe e é fiel filho seguidor que, apesar da distância, no texto, é fato marcante. 'Envelhecer não é nada agradável' e o desprezo, a solidão, a condição de não ser é mais torturante ainda.
Penso cá com os meus botões, que feminismo e machismo são movimentos de quem se recusa a crescer.
O sujeito não entendeu nada. O filme não fala de "juventude eterna", fala de um mundo misógino de machos babões. A eles é permitido, como Cristiano Ronaldo, envelhecer da forma que quiserem.
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Texto fraquÃssimo, exceto pelo paralelo entre a personagem Elizabeth Sparkle e o jogador CR7. Claramente não compreendeu o filme, se atendo à s cenas mais "nojentas" e caricatas. Um texto medÃocre com tons sexistas que diz mais sobre o autor do texto do que sobre a obra analisada. O texto é patético e encontrou eco apenas entre outros homens que se sentiram de alguma forma feridos pela obra ou simplesmente carecem da capacidade intelectual para compreender o filme e sua crÃtica.
Quanto amargor! Parece que você viu outro filme. Nos comentários, mesmo as feministas concordam com o escriba.
Excelente, eu como mulher e feminista achei o filme uma caricatura ruim que reforça o estereótipo que diz combater. Até o filme da Barbie fez uma critica melhorzinha.
Todo extremo se prova incorreto. Nem todo homem é um monstro, nem toda mulher é uma vÃtima. Temos que separar o joio do trigo e nesse mundo de tribos formadas pelas redes sociais parece que ficou mais fácil fazer a triagem.
Incluir esse filme entre "obras de arte" é de chorar... ou vomitar, que é a única reação que essa gororoba intragável é capaz de produzir.
Excelente ponto de vista. Não vi o filme mas acho extremamente pertinente a reflexão.
Pior filme que vi nos últimos tempos, o texto ótimo, salvou o filme
Acuidade de observação de um caleidoscópio. Que boa leitura!
Importante mesmo não vitimizar as mulheres. Estamos em outro momento da luta, é só conviver com as mulheres mais jovens, que vem colocando em prática a liberdade tão desejada pelas mulheres da década de 60, do século passado. Carregadas de contradição, como toda vida humana, mas menos amedrontadas, mais sintonizadas com o que querem para si, aliás, mais ousadas. Viva a luta em liberdade, para as mulheres e para os homens.
ainda bem que o homem não envelhece. amém.
como sempre a culpa é do homem. sem novidades.
Sendo homem, é impossÃvel para você entender o que significa envelhecer para uma mulher. Dennis Quaid deu vontade de sair correndo? Assim são muitos dos homens a quem precisamos nos submeter, de quem queremos correr e não podemos. Há que se refletir pq a crÃtica do filme passou batido e causou em você exatamente aquilo que o patriarcado faz de melhor: culpar a mulher.
Denise, concordo. E ainda a comparação infeliz com o Cristiano Ronaldo, atleta, que mesmo se aposentando aos 40 anos, é jovem. E não foi estética que Cristiano venceu, mas como todo jogador de sucesso, pelo talento!
O autor falha em ler a organicidade presente em cada cena, o decaimento inerente de tudo que é orgânico, na contramão do que deseja a indústria do entretenimento que se materializa especialmente na figura masculina, recorre ao famoso "mas nem todo homem" e a evidência anedóticas e diversas outras falácias. Parece um texto apressado, sem reflexão, de alguém que claramente não entendeu o filme e a crÃtica feminista.
Eu concordo com vc, Denize (sei que vc não precisa de um homem para validar seu ponto, mas achei importante vir apoiar seu comentário)! Eu tenho visto muitas opiniões sobre esse filme e, curiosamente, a esmagadora maioria dos detratores são homens. Inclusive o texto "Inimigos Ãntimos" é fraquÃssimo em sua profundidade crÃtica e de leitura tanto do mundo quanto da obra. Exceto pelo paralelo interessante entre a personagem Elizabeth Sparkle (e não da atriz Demi Moore, como o autor fez) e o CR7.
e a mulher culpa o patriarcado. vira o disco , já deu .
Filme tem um bom começo, mas vira uma porcaria, pq não tem resposta para a crÃtica que traz.
É só um filme ruim mesmo. Um amontoado de caras e bocas, caricaturas e clichês. A cena inicial (da comida americana espatifando nojentamente na estrela da calçada da fama) e sua repetição como cena final (da personagem espatifando nojentamente na mesma calçada) são um bom resumo das insuportáveis duas horas e meia de filme.
"E "não saber envelhecer" é ser incapaz de largar o jovem que fomos em suas atitudes e proezas. É fazer o mesmo, mas pior." Perfeito!
Isso mesmo, Felipe. Essa frase diz tudo!
O filme começa bem e não se sustenta, esse texto que acabei de ler salvou o filme. Perfeito.
Patriarcado falando do patriarcado. E sim, o patriarcado é ridÃculo e caricato. Mas precisa ser mulher de fora da bolha para sentir. Tura a capa edipiniana e converse com as mulheres fortes sobre o que passaram e as fizeram ficar forte. Com certeza , por trás havia alguma estrutura familiar, cultural e intelectual que as nutriu e armou. Cresce!
Faltou ele dissertar sobre o que, para ele, significa ser "mulher e forte". Lê-se, nas entrelinhas, que ele as considera fortes 'apesar' de serem mulheres. Apreende-se, do que ele discursa, que "mulher forte" não "se vitimiza". Resigna-se?
A sua analogia faz todo o sentido.
Pourrraaa, perfeita análise!
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