Lembro-me que a Ditadura em coma profundo, toda oposição saiu às ruas pedindo: Anistia : ampla, geral e irrestrita! Todos ,à época, deveriam ter sido processados. Todos, sem nenhuma exceção. E a Anistia jogou o manto da impunidade sobre todos. Todos! E saíram impunes apesar dos hediondos crimes cometidos. Todos! Ontem , minha sobrinha , Babi, me convidou para ver o filme. Irei!

A vertente explorada pelo PGR Paulo Gonet é o domínio adequado a responsabilizar quem matou Rubens Paiva e submeteu suas esposa e filha menor de idade à torpeza de constrangimentos sórdidos dentro das dependências do Quartel do I Exército, na Tijuca, rua Barão de Mesquita, o Primeiro Batalhão da Polícia do Exército, Batalhão Marechal Zenóbio da Costa, no anexo DOI-CODI. Ao STF, para fazer cumprir o anátema do Doutor Ulysses: "A Constituição é Rubens Paiva; não os facínoras que o mataram".

Mas essa é ideia, não fazer justiça até que todos tenham morrido. E não é só neste caso não. A "justissa" brasileira é uma piada. Quem tem dinheiro e bons advogados nunca perde. Se a coisa apertar, compra-se algumas sentenças....., vide o advogado que foi assassinado porque fazia "negócios" com a "justiça". Os desembargadores que vendiam sentanças deverão ser exemplarmente punidos, aposentadoria integral e liberdade pra sempre.. Vai roubar uma manteiga, vai...., será "enquadrado" pela PM de SP

Claro, o ideal seria a punição, porém, passado mais de 50 anos, imagino que o contato com a imensurável tristeza que a radicalização traz, essa obra cinematográfica possa cumprir seu papel de nos abrir os olhos para esse caminho de trevas e sofrimento que estamos trilhando.