Ruy Castro > Cada qual com seu gimmick Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Ruy Castro, colunista-mor desta Folha ! Eu ,na minha provecta idade de ser bisa sem bisnetos , me deliciei com esse seu artigo. Ainda mais que provocaram uma avalanche de comentários em forma de bate-papos que enriqueceram ainda mais a memória de grandes artistas de ontem. Foi lindo e me bateu aquela saudade!
O coreógrafo Lenny Dale deu a ideia de rodar os braços, Bôscoli apelidou-a de hélice Regina.
E depois casou-se com ela...
Ah, o Lenny Dale era um sujeito tão luminoso...
Quase todo grande artista precisa ter uma assinatura , pra mim o que importa mesmo é a assinatura artÃstica. Mas muitos tem também uma marca visual. As camisetas baby look do Caetano, a juba de leoa de Gal, a interpretação dramática e sentimental de Bethania. A boina do Milton Nascimento ou o bigodao de Belchior. Os cabelos coloridos da Baby do Brasil. So Chico tinha um visual de homem mortal. Mas em comum mesmo é que todos esbanjam talento. Viva o artista brasileiro.
Marcos Benassi, o pai do Chico, Professor Sérgio Buarque de Holanda, foi um dos mais importantes historiadores brasileiros. RaÃzes do Brasil foi uma obra inovadora, fundamental para a compreensão do nosso paÃs, que abriu novos e fecundos caminhos na historiografia nacional. Felizmente deixou discÃpulos à altura, como Fernando Novais e Laura de Mello e Souza.
Rapá, né mêmo? O Chico era uma pessoa comum - tirante, por óbvio, a capacidade poética alienÃgena. E ser bonito pra baralho, além de descender de excelente famÃlia.
Já ia me esquecendo. Sobre o tÃtulo da coluna de hoje, e que voz, e que sovaquinho sensual hein Rui?
Ah, Ruy, mas a Elis e seus vestidinhos tinham um ganho estético sensacional, hein? A voz demorou um pouco mais para chegar em sua potência completa, mas os vestidinhos já faziam um servição aos olhos, que belezinha de moça! Inda por cima, corajosa à beça, mas não tenho informação alguma sobre como a polÃtica e o jazz se misturavam lá na gringolândia. Aliás, se aceita sugestão de pauta, essa podia ser bem interessante.
Ruy, lembrei imediatamente do Liberace com o seu candelabro sobre o piano!
O Liberace ERA o candelabro.
Passando por aqui de novo, Cristiano, ganhei tração pra escrever que lembrei do Benito di Paula quando você falou do Liberace. Fiquei com preguiça, já que ele só tinha seu cabelão e um ou outro paletó brilhoso. E, como eu o achava muitÃssimo bom como músico, não quis meter no mesmo balaio do gringo, do qual não tinha tão boa opinião. Mas que o amigo do Charlie Brown era bem único isso era! Hahahahah!
Rapá, não é que é mêmo? Olha, sabe que eu tava passando muito bem a minha vida sem lembrar do Liberace? Não, ela não piorou, longe de mim acusar um colega leitor de uma coisa dessas. Mas é que, pô, depois de ler do Monk e do Gillespie, foi meio chocante... Hahahahah!
Ruy, ledo ivo, ledo engano: os joelhos da Nara Leão não foram desbancados por nenhuma outra artista. Eram divinos - se joelhos podem ser divinos.
Marcos Benassi, os joelhos da Nara Leão tinham um certo carisma. Nunca soube de outros joelhos com a mesma propriedade.
Uai, Luthero, não é que rebateu muito bem a lembrança do colega Cristiano, acima? Hahahahah!
Teve também os Secos e Molhados que se apresentavam com pinturas nos rostos e o Cauby Peixoto,que tinha as roupas mal costuradas e pagava as fãs para rasgarem a roupa .
Pô, aquela belezinha do Ney Matogrosso, os três talentosÃssimos, mas ele meta-humano - até hoje! - escaparam muito bem de levar pau de milico. Talvez por conta do "anonimato", Zeus protegeu.
Faltou falar de Bolsonaro. Dava pra encaixá-lo no penúltimo parágrafo, quando o nobre escritor fala sobre as duplas sertanejas.
Mas todos tinham algo em comum: talento. Hoje, a aparência e maneirismos dos artistas (sic) são meras distrações que procuram acobertar a incapacidade e falta de talento de muitos.
É impressão minha, ou Ruy Castro tem uma implicância com Elis Regina?
É apenas o bom humor do mestre Ruy, que também tem sua marca registrada.
Não tem. Acho que você não entendeu a ironia
Ruy, não foi Lennie Dale quem ensinou pra Elis os braços em hélice?
Foi. Dale contou em entrevista ao saudoso O Pasquim.
Lembro do Xavier Cugat com um cão Chihuahueño no colo e não com um mico. Gostei da matéria, própria para um fim de semana.
Em inÃcio de carreira Elis já ¨voava baixo¨ . O gestual à la Lannie Dale, nos primeiros anos, levou Bôscoli a sugerir um ajuste no nome: Hélice Regina. Ou Eliscóptero, segundo Rita Lee. A cantora aprimorou, como poucos, a magistral arte de interpretar.
O fundo musical é a Elis cantando Arrastão no festival de 65.
Lê-se na legenda da foto
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Ruy Castro > Cada qual com seu gimmick Voltar
Comente este texto