Cotidiano > Complexidade da categoria pardo não deve colocar em xeque política de cotas Voltar

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  1. Rubens Souza

    O critério dos EUA é muito mais simples que o nosso, negro é ou era definido pela geração do antepassado negro e a nossa pelo fenótipo. Acredito que os benefícios das cotas no momento são bastante positivos e sequer temos uma geração inteira cotista. Implementar políticas universalistas é muito difícil, aliás, foi uma fala de Fidel Castro admitindo a desvantagem dos negros em Cuba que me convenceu a apoiar essa ação afirmativa, mas tenho dúvidas se ela deve se estender à pós-graduação.

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  2. Leandro Eustáquio da Silva

    Sou pardo e sempre fui tratado como negro. Hj me considero negro, mas já teve quem me considerasse como " não- negro.

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  3. Paulo Garcia

    É inegável que os pardos são discriminados também. Porém, como reconhece o autor, as pessoas mais escuras sofrem mais racismo do que as pardas. Assim, ao fixar totais de vagas para negros nas cotas, os pardos levam grande vantagem sobre os pretos, tendendo a ficar com todas ou quase todas as vagas. O melhor, a meu ver, seria manter o total de vagas para negros, mas com uma subdivisão entre pretos e pardos, de modo a que os pretos tenham suas vagas asseguradas.

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  4. Ailton Manso

    É delicado. Eu me vejo como pardo. Moreno com pele clara. Mas nao me considero branco. Porem em entrevista à uma banca examinadora d identificação me foi posto q nao sou negro (logo em tese seria branco). No recurso a banca afirmou q mimja pele morena é muito clara. Nao me permintindi ser negro. Logo se alguem me perguntar qual a minha cor, irei dizer o que? Branco.

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    1. CELSO ACACIOO GALAXE DE ALMEIDA

      Você,assim como milhões de brasileiros, é uma vítima da racialização das relações sociais, elemento importado dos EUA e aplicado como camisa de força no contexto do neoliberalismo, isso acontece pois o Estado abandona políticas universalistas e adota ações focalizadas, mais baratas e capazes promover a fragmentação da classe trabalhadora!

  5. DIRCE MARIA DE JESUS BARBOSA

    Esse debate me provoca uma profunda crise de identidade. Ainda na adolescência, diante de um formulário escolar, tendo consciência de não ser branca e já tendo aprendido na escola sobre o racismo, perguntei ao meu pai nordestino, branco, e com segundo grau técnico, qual era minha cor de pele: "parda" foi a resposta. Como não havia negros na minha família, só mestiços, automaticamente eu deduzi que era "quase branca". Só depois dos 60 anos descobri que não sou. Ainda não me recuperei do impacto.

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  6. Jaime Souza

    Cotas sociais sim. Raciais não. Pelo próprio argumento em favor delas: privilégio socioeconômico. Negros ricos pisam em pardos pobres e fazem campanhas pra expulsá-los das universidades públicas, alegando que são fraudadores de cotas - porque não suportam tirar notas inferiores do que eles. Vi isso de perto em universidades federais. Estudei em 3, e minha família inteira fez federais. Os negros maliciosamente usam os pardos e os perseguem. E são negros filhos de pastores ricos, de prefeitos.

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    1. vitor rezende

      Negros ricos? Conheço uns 2 ou 3.

  7. Jaime Souza

    Vários estudos de autores negros estadunidenses comprovaram que as cotas agravaram a desigualdade no país, com negros de classe alta cimentando privilégios, e os negros pobres ficando ainda mais marginalizados e sem acesso. No Brasil, os pardos pobres sequer tem chance: os tribunais raciais mutilam seus cérebros e vidas já no ingresso às instituições, destruindo saúde mental e futuro.

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    1. CELSO ACACIOO GALAXE DE ALMEIDA

      Ascender ***

    2. CELSO ACACIOO GALAXE DE ALMEIDA

      A sociedade capitalista não comporta generalizar benefícios que promovam a classe trabalhadora, apenas um inexpressivo número irá ascende, quem enriquecer irá explorar seus "iguais", essa é a condição para estar no topo, infelizmente, só com o tempo é que a grande maioria irá enxergar o óbvio!

  8. Gustavo Souza Machado

    Nessa dicotomia das cotas não existem pardos. Eles tem até um tribunal racial para decidir quem é pardo e não basta não ser branco para alguém ser aprovado. É preciso ter traços que eles considerem indubitavelmente negros. Isso faz sentido nos USA onde a miscigenação é mínima, mas não aqui no Brasil.

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  9. Alexandre Pereira

    Se queriam um estado estruturalmente racista, conseguiram. Temos um que distingue entre pessoas com base na cor da pele, que institucionalizou pobres tipo A, tipo B e tipo C, que estabeleceu tribunais raciais nas suas instituições. Nada mais stalinista, nada mais maoista, nada mais imoral. Um retrato da falta de princípios que rege nossas instituições e do apreço que têm da constituição. Infelizmente, não surpreende.

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  10. Carlos Alberto de Paiva Carvalho

    Articulista fez malabarismos lógicos para justificar um fato que a pesquisa deixa óbvio: a população não se vê representada nas caixinhas raciais que o movimento negro brasileiro importou dos Estados Unidos, onde a presença de pardos é insignificante. Simples assim.

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  11. DANNIELLE MIRANDA MACIEL

    Gostei de ler esse artigo. São bons argumentos colocados de maneira equilibrada. Obrigada.

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  12. marcos stein

    O colunista não quer o fim das cotas? Não seria lógico almejar este fim? O problema do racismo é que tem muita gente vivendo dele,se acabar perdem o emprego. Se o Estado providenciasse educação básica de qualidade não haveria necessidade de cota para universidade e nem concurso público.

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  13. ALEXANDRE DE CASTRO

    Se tivesse que existir a fa mi ge ra da cota, teria que ser de caráter social, pois pobreza não tem cor e nem raça!!! O resto é pa ti fa ria dos políticos.

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  14. Caio Fachini

    Engraçado como nessa complexidade do analista não cabe os descendentes de indígenas. No Norte, por exemplo, as pessoas que se declaram pardas trazem fenótipos dos povos originários. Mas não apenas no Norte. Uma pena que os formuladores das teorias raciais talhadas pelo financiamento Afro-Ford-Open Society não estejam dispostos a aceitar a legitimidade indígena na categoria pardo e vejam a mestiçagem sempre como manipulação e engenharia social das elites eugenistas.

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  15. Felipe Araújo Braga

    Eu defendo as cotas sim. Principalmente porque vivemos em uma sociedade que teve trezentos anos de escravidão e quase duzentos de discriminação racial após a abolição. A maior parte da população preta, parda e indígena está nas camadas mais pobres, estuda menos, tem menos trabalho qualificado e enfrenta discriminação racial. Como vamos resolver isso? Fingindo que todo mundo é tratado igual? Antes das cotas, quase não havia gente PPI em universidades públicas e altos cargos no setor público.

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    1. Alexandre Pereira

      Pobres? Consegue distinguir entre pobres, essa classe segregada há milênios, com base na cor da pele? Como é mesmo o nome disso? E não se esqueça das cotas sociais em sua equação.

  16. Alexandre Tavares

    Cotas raciais devem acabar

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  17. Antonio Emanuel Melo dos Santos

    Discriminação racial é crime e usar cor de pele para selecionar em concurso público é uma aberração. O identitarismo ataca a democracia, é violento e inefetivo.

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    1. Alexandre Pereira

      Felipe, leia a colocação antes de criticar, pois Antônio não disse isso.

    2. Felipe Araújo Braga

      Ah sim, e pessoas pretas, pardas e indígenas não enfrentam discriminação? Menos acesso a oportunidades?

  18. Paulo César de Oliveira

    Cotas são injustas porque, para cada cotista que entra, há um não-cotista que tirou nota maior e ficou de fora. Também são inconstitucionais visto que tratar pessoas de forma diferente - notas de corte maiores ou menores - conforme a cor da pele é a própria definição de discriminaçao racial. Faz pouco tempo a Suprema Corte americana proibiu o uso de critérios raciais na seleção de universitários por considerar que constituem discriminaçao racial.

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    1. vitor rezende

      Cotas são injustas? Diferenças de oportunidades são justas? Diferenças socioeconômicas e educionais são justas? 350 anos de escravidão foram justos?

    2. Felipe Araújo Braga

      Ah sim, e pessoas pretas, pardas e indígenas não enfrentam discriminação? Menos acesso a oportunidades?

    3. Paulo César de Oliveira

      Resumo da historia: cotas sao a legalizaçao da discriminaçao racial em favor de negros e pardos e contra as demais etnias.

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