Opinião > A inércia e o Estado laico Voltar
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Por mim, tanto faz, mas se mantiver crucifixos, que se acresçam a estrela de Davi, o Om dos hindus, o torii do xintoÃsmo, um Exu para os cultos afro-brasileiros, e assim vai. Aliás, por que não um um tridente para os simpatizantes do 'andar de baixo'? Assim, todas as crenças (e descrenças) estariam representadas. O balcão da repartição vai virar quase um museu de antropologia religiosa, mas ou tem tudo ou não tem nada.
A presença da frase "sob a proteção de Deus" no preâmbulo da Constituição de 1988 resulta das deliberações coletivas dos constituintes, o que reflete a diversidade de opiniões e a tradição cultural do paÃs. Citar Deus ou não não vincula juridicamente a Constituição a esta ou aquela corrente. O mais interessante, hoje, é ver dona Folha criticando posicionamentos que pertencem a todos e a ninguém com o ar professoral de quarenta anos atrás.
Isso só seria notÃcia em pasquins na França, por exemplo, onde a laicidade é levada a sério. Quanto mal faz à razão o apego fanatizado a tradições, a religiões.
Achei que nunca diria isso, mas concordo com o editorial da Folha.
É maligna a vontade de proibir crucifixos nos edifÃcios públicos. A tradição cristão do Brasil precisa ser respeitada. E a maioria do povo pátrio continua dizendo ter fé no Nazareno. É, sim, anticristianismo pugnar que as imagens em foco não devem estar nos ambientes estatais. Ademais, é estapafúrdio querer bani-las das repartições por estas servirem a pessoas de todas as crenças. Só haveria discriminação se fosse exigida, para diferenciar o atendimento, uma identificação religiosa dos cidadãos.
correção: tradição cristã, não "tradição cristão", evidentemente
Na versão abaixo, troquei o "maligna" por "vil". E também, aà por me parecer melhor, o "em foco" por "em questão". Achei que ficou mais claro, pois usei "imagem" em vez de "sÃmbolo" e o "em questão" deixa o sentido mais claro. Acabei não percebendo isso quando enviei, mas fica aqui o texto na forma que me parece mais adequada.
É vil a vontade de proibir crucifixos nos edifÃcios públicos. A tradição cristão do Brasil precisa ser respeitada. E a maioria do povo pátrio continua dizendo ter fé no Nazareno. É, sim, anticristianismo pugnar que as imagens em questão não devem estar nos ambientes estatais. Ademais, é estapafúrdio querer bani-las das repartições por estas servirem a pessoas de todas as crenças. Só haveria discriminação se fosse exigida, para diferenciar o atendimento, uma identificação religiosa dos cidadãos.
Trinta anos depois do chute na Santa, agora pregam o banimento do crucifixo.
Essa discussão é notÃcia porque existem crucifixos em praticamente todas as repartições e escolas públicas do paÃs, contra nenhum sÃmbolo de nenhuma outra religião. É evidente que todos eles devem ser retirados porque o estado é laico, mas é evidente também a resistência contra isso, expressada nos votos nada jurÃdicos do Zanin, do Dino e do voto que o terrivelmente Mendonça apresentará. Voto "tradicionalista" ou religioso nem deveria valer, mas no STF não tem nenhum juiz "de verdade" atualmente
Deus EspÃrito é invisÃvel e preenche todo o universo. Segundo a FÃsica, todo corpo ocupa um lugar no espaço. Segundo a BÃblia, todo corpo ocupa um lugar no EspÃrito e é transpassado o tempo todo por Ele. Isso é fé. Se entendermos assim, não é necessário e nem correto, crucifixo pendurado em paredes.
Concordo com o editorial.
Concordaria se o Editorialista fosse imparcial e apontasse a imunidade para todas as religiões. O editorialista é parcial, porque se o Estado é laico, os contribuintes não têm que sustentar, indiretamente, todas as religiões.
Não há contorcionismo jurÃdico que justifique a clara preferência por religiões de matriz cristã ao se pendurar na parede tal sÃmbolo cristão. Obviamente isso ocorre em detrimento das religiões de matriz africana e de todas as demais, inclusive daqueles que não professam qualquer credo.
Parece até que está faltando assunto para se preocupar! Esse jornal não está valendo o que custa!
O PT sempre teve um pé na sacristia. Não surpreende que os dois ministros recentemente escolhidos pelo Lula tenham essa posição clerical.
Posição clerical evidente verificou-se só na nomeação do terrivelmente Mendonça, pois bolsonaro afirmou ao mundo que o nomeava por ser evangélico (ou talvez por ser muito muito próximo da Micheque). Lula indicou o Zanim porque quis agradecer (ou pagar) seu advogado "que deu certo", e o Dino porque era seu ministro da justiça. Lula também indicou Joaquim Barbosa, que depois foi o relator do processo do Mensalão.
Se fosse um sÃmbolo de uma religião africana, com certeza não poderia. Os brancos continuam impondo suas crenças e suas regras.
O editorial foi direto ao ponto, o estado é laico mas a inércia dos poderes constituÃdos é gigante...
Brasil é o paÃs das mudanças de superfÃcie. Para mim, é claro que a manutenção de crucifixos nos referidos lugares públicos fere a laicidade do Estado. Mas todo dia tem deputado pastor argumentando na Câmara com a premissa "está na BÃblia", contribuindo para todo tipo de "inércia", e não dicutimos laicidade para esses casos. Talvez porque a inércia brasileira seja mais profunda: é a inércia de quem evita os grandes embates polÃticos.
As manifestações religiosas deveriam ficar restritas as quatro paredes de um lar. Seus representantes deveriam atuar apenas nas igrejas, e não no Congresso, na polÃtica, TVs, imprensa, rádios e escolas. São os que têm a pretensão de sobrepor os dogmas e preceitos religiosos ultrapassados à s leis constitucionais. Respeitem os ateus!
Estado laico=Ausência de sÃmbolos religiosos ostentatórios em repartições públicas.
O Estado é laico, os contribuintes não têm que sustentar, indiretamente, todas as religiões. Pelo fim da imunidade tributária para religiões. A Carga tributária é alta, porque temos que sustentar essa gente.
Porém sem aversão a qualquer religião. Respeita todas, sem se submeter a qualquer delas.
Imunidade tributária! Isso é inconstitucional, porque o Estado sendo laico, a população não deve sustentar igrejas. Tem que acabar a Imunidade Tributária para religião e seitas. Por que os Ateus têm que sustentar , indiretamente, religião alheia? Deus, sendo Deus, não precisa de dinheiro.Se cada igreja pagasse tributo, a carga tributária para todos diminuiria. Porque quem entrou com a Ação não entra com a inconstitucionalidade da Imunidade tributária?
O Editorial da Folha aponta a tendência parcial do Jornal. Sou assinante,há mais de30anos, tinha uma coluna maravilhosa gls, hoje, indiretamente o seu lema: um Jornal a Serviço do Evangélico. Por que a Folha não bate contra a Imunidade Tributária para Igrejas ? Isso prejudica o povo brasileiro que paga uma alta carga tributária, para sustentar religião,e não SÃmbolo. As igrejas sanguessugam o povo ,indiretamente. Vou à Santa Missa rezar para que a Folha volte a ser imparcial em Religião!
Diante da diversidade de crenças existentes no Brasil, o mais coerente seria não permitir nenhum sÃmbolo para evitar tendenciosidade, principalmente no judiciário. Mas a pergunta que fica é será que permitirão outros sÃmbolos,como o atabaque de matriz africana e tantos outros??..
Exatamente, Pedro!
Tem que acabar a Imunidade Tributária para religião e seitas. Por que os Ateus têm que sustentar , indiretamente, religião alheia? Deus, sendo Deus, não precisa de dinheiro.
Infelizmente os ministros do STF parecem se acovardar diante do óbvio, se o Estado é laico, não deve permitir qualquer sÃmbolo religioso nas suas dependências.
Incoerência de quem postulou a retirada dos sÃmbolos e do Editorial da folha. Se o Estado é Laico, por que existe imunidade tributária para religiões? Por que um ateu, não religioso, tem que sustentar essas igrejas?
Editorial religioso? O SÃmbolo é o de Menos. Por que quem entrou contra o Crucifixo não teve coragem de entrar contra a famigerada Imunidade Tributária. Como dizia meu avô,nasceu no século xix, mas, muito mais sábio do que essa gente de hoje, dizia:Deus não come, Deus não compra roupas, Deus não compra remédios, Deus não precisa do dinheiro do povo brasileiro, se precisar não é deus. Acabe com a imunidade tributária ou quem ingressou, quer tirar o SÃmbolo, por motivo de sua Religião?
Esta imbecilidade defendida pelo articulista foi implantada ba Europa, o que se seguiu foi a invasão de outras religiões, que impõem seus sÃmbolos, sob o silêncio obsequioso dos fitos progressistas.
A França é a prova extrema que contraria o que dizes. Não se pode frequentar instituições públicas com qualquer vestimenta religiosa, nem padres com batinas, nem muçulmanos com turbantes ou véus que cubram rostos ou orelhas.
E o que uma coisa tem a ver com outra? O estado é laico e ponto. Por conta disso outras religiões irão impor seus sÃmbolos? Então a Europa deveria impor os sÃmbolos cristãos a quem não é cristão? É cada raciocÃnio tosco que a gente vê por aqui, que mal disfarçam que na verdade acham que existe religiões superiores a outras.
Não havia reparado que no plenário do Supremo há um sÃmbolo religioso pendurado na parede revestida de mármore travertino. Fica atrás e acima do ministro Barroso, atual presidente.
Esquece, o certo é não ter sÃmbolo nenhum, mas a sociedade não tá preparada pra isso. Daqi a 500 anos coloca o tema em pauta outra vez e ele será aprovado
uma das milhares provas que o próprio Estado e os polÃticos não se importam com a Constituição. E nesse momento, milhares e milhares matam outros seres humanos em nome de alguma religião, seita ou sÃmbolo religioso. E claro, igrejas cobram impostos de seus fieis para que eles entrem no céu mas essas mesmas igrejas não pagam imposto a ninguém em nome de Jesus. Será que é por isso que JC está crucificado, para não sair daquela cruz e tomar alguma providência contra seus filhos Ãmpios?
Não, José Eduardo, certeza de que não: ele já saiu da Cruz faz milênios, o problema é que continua em cima da Goiabeira. Talvez por segurança pessoal.
Num paÃs que aceita mensagens atribuÃdas a vÃtimas de assassinato pra que os acusados as usem como prova de sua inocência levaremos muito tempo para sermos sociedade laica.
Estou dentro! Aliás a Colombo tem de fato umas coisas fantásticas. Vou atrás da sangria.
Viva nossa ecumênica igreja! Falando a sério, caso queira formalizá-la, tô na fita. Só de bronca, mas sempre com categoria e espinha ereta - dois de nossos princÃpios indeléveis. Cê viu, carÃssimo, a notÃcia da universidade indÃgena multiétnica, que a Txai Suruà nos trouxe ontem nesta folha? Rapá, fiquei numa inveja de uma molecada que possa frequentá-la... Eu mesmo, se puder fazer uns cursos de lÃngua indÃgena, passo temporadas aà na Guanabara. Vamos tomar uns chopes na Colombo, com folhados?
Eu gostaria muitÃssimo que a mesma procuradoria de direitos do cidadãos, ou outra de mesma natureza, zelasse pela grana que subvenciona igrejas Brasil afora: esse negócio de cidadão pagar impostos e igreja receber isenções variadas, com apoio do legislabóstico, é revoltante. E nos humilha, por esfregar-nos na fuça o quanto somos impotentes frente a um lobby descarado. É o fim da pppiiicada.
Três vivas, Viva, Viva, Viva! Hahahahah, ainda não arrumaram remédio melhor do que o sarcasmo explÃcito, meu caro compadre.
E viva nossa Igreja Populista bolivariana agroecológica compadre!
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