Giovana Madalosso > Os CEOs da terra falida Voltar
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A obsessão pelo sucesso começa no jardim de infância como se fosse o único caminho a percorrer. E nessa jornada, o mercado da saúde mental e livros de autoajuda proliferam. Para tudo há uma saÃda rápida e por um preço.
Simplesmente brilhante.
Ponto de vista e reflexão fantásticos!
Texto que nos coloca para pensar...
Mais uma reflexão profunda e necessária. Obrigada, Giovana.
As coisas não podem ser excludentes . Minha filha é casada, mora há sete anos na Europa, è pesquisadora em renomada Universidade do extremo norte europeu , se comunica normalmente em inglês, alemão , português e estuda o complicado idioma do paÃs onde vive . Mas, com certeza, junto com o marido, também cuida dos afazeres domésticos . Assim é a vida .
Excelente, Giovanna. E esses pais são das mesmas damÃlias horrorizadas pela existência do Bolsa FamÃlia ou do cuidado necessário à população de rua.
Mais uma reflexão excelente e necessária. Gratidão Giovana!!!
Muito bom. Parabéns, Giovana.
O pior é a criança que não fala lÃngua alguma, não faz a cama e ainda passa o dia inteiro no jogo do tigrinho, gastando o bolsa famÃlia.
Se for CEO tem quem arruma a cama ora bolas.
Perfeito Wil, a autora do texto deveria agradecer seu comentario, exemplo curto mas eloquente da essência do que ela escreveu em sua coluna.
A fragilidade emocional das pessoas - incluÃdas as crianças - nunca foi tão grande como agora. Não sabem lidar com pressões, problemas (agora chamados de "desafios") e rejeições.
Noventa e cinco por cento da sua preocupação foi com o que pode lhe atingir, e não aos pobres do planeta!
OOOO
A desigualdade é cruel, mas sempre desconfio dos extremamente crÃticos. Será que em suas vidas privadas fazem um mÃnimo para melhorar o estado de coisas ou será que também se refestelam em cima da mão de obra mal remunerada? Será que são produtivos ou apenas consomem o fruto da mais-valia alheia? Os pais conscientes procuram o que pensam ser melhor para seus filhos. Coitados daqueles que não têm dinheiro e nem pais conscientes.
o que o Marcus descreve abaixo é um, absurdo completo, mas creio que, infelizmente, deve existir .
Exemplo de pais "conscientes": tive um aluno que aos 11 anos de idade ia à escola, ao inglês, ao espanhol, à natação, ao futebol e a um curso multirreligioso, para ele "aprender" as diferenças. Os pais tinham a melhor das intenções, claro. Mas o moleque já funcionava à base de rivotril, na época. Era uma criança de 11 anos com uma rotina que nem um adulto aguentaria.
O fluxo de capitais, literalmente, a velocidade da luz, só serviu para falir as pequenas empresas, enpobrecer o cidadão comum e enriquecer os megaconglomerados, criando os super bilionários, figuras que desafiam os governos, tem até o seu”itirano” particular e mandam no mundo, não é uma crÃtica, mas a ilusão de ser um bilionário ou alguém que se pendure na estrutura e a única coisa que move as pessoas, cada vez mais raivosas, ao mesmo tempo, manipuláveis, onde isso vai parar?
Como sempre Giovanna é cirurgica
Colunista tem bacharelado em ComunismoÂ… faltou falar da guerra de classes (na verdade nem sei se falou pq eu vomitei no meio)
e você, tem educação?
Vilma, eu apostaria que vc é uma filha de milico "solteira" que se locupleta da pensão deixada por papai e paga salário mÃnimo para sua empregada que dorme no quartinho dos fundos e tem jornada de trabalho de acordo com a sua vontade. AÃ, quando lê uma coluna que joga na sua cara o quanto vc é escr0ta, só resta vomitar de nervoso.
Ô Vilma, a carapuça lhe serviu tão perfeitamente assim? Eu não sei se a autora tem "bacharelado em comunismo", mas estou certo de que você é PhD em estupidez.
Ah nem vilminha, você ainda está nessa? Capitalistinha de fralda.
Eu geralmente discordo da colunista, mas nessa não tive como. Foi irretocável.
Vil e má.
Mas o que é isto criatura...vc não ter argumentos ou não expõe sem ofender... que papel triste para uma democrata não é mesmo??
Mas certamente não vomitou quando votou no Bolsonaro, não é, estômago sensÃvel?
Vilma, porque essa agressividade com a autora? Me considero de direita, moro em SP e posso afirmar que tive uma educação de primeira linha nas melhores escolas e faculdade e, infelizmente, não discordo da autora. Dou a melhor condição material que posso aos meus filhos, mas não deixo de passar os valores que aprendi com meus pais e avós e de ensinar a cuidar de si mesmos. Se você aprender a cuidar de si mesma, não terá medo de perder a sua condição privilegiada e será menos agressiva.
pelo comentário , v. deve ser daquelas que confunde empregada doméstica com escrava .e tem certeza que teu filho é o Rei do Universo .
Os pais sabem e escolhem tais escolas porque elas preparam seus filhos para ganharem bem e continuarem tendo quem limpe sua casa, lave sua roupa, faça sua comida e cuide dos netos.
Deveria lhes ocorrer que seus filhos precisam ser capazes de viver sem serem servidos por eles pais ou por estranhos.
Eu não afirmaria isso com tanta certeza. Atualmente já é bem difÃcil encontrar empregadas domésticas aqui em Buracoville-SC . Principalmente se v. tiver casa ou apartamento com mais de cem m2 . Talvez essa cultura escravagista ainda perdure nas regiões "mais pobres" sic . .
Cara Giovana seu texto é o melhor ou um dos melhores que li neste ano na FSP e digo que estes colunistas da folha são a nata intelectual do Brasil no momento,mas pior que mirar só para o alto é achar que o próprio umbigo é o centro da galáxia.
Qual escola será a colunista estudou para chegar a FSP???
Que coisa feia. Foi assim que sua babá lhe ensinou?
É uma questão de berço, cara Giovanna. No Japão já no ensino fundamental, são os alunos que limpam as salas de aula e servem as refeições. E o professores são mais reverenciados que o Imperador. O aluno sabe que o desrespeito ao professor dá um castigo severo, quando foi perguntado qual é o castigo respondeu: "Não sei, nunca ninguém o desrespeitou!
Berço? Outro nome pra desigualdade de nascença
Well. Afinal, de quem é a responsabilidade? Mamãe vai a universidade brigar, porque o professor "deu" nota baixa já que o(a) alunos(a) não presta atenção, faz pouco caso do(a) professor (a), que é mestre ou doutor em sua área , como já presenciei numa universidade de grife etc. Arrumar cama? Parece que o mundo está pedindo demais rsrs
Já existem relatos de jovens levando os pais às entrevistas de emprego. Patético demais.
Estabilidade profissional e financeira para os filhos, já ouviram falar em concurso público? Aliás, caros de CEO são muito limitados, mesmo sendo a elite, é muita gente e pouca vaga pra isso, haja estresse hein.
Folha, Estadão, O Globo, quando é que vocês vão fazer uma campanha pelo ensino público? Quando é que vocês vão sair da Torre de Marfim e ir para as ruas junto com a maioria da população? Vocês querem aumentar as sua assinaturas, ou querem mantê-las somente junto ao pequeno grupo que se diz, desavergonhadamente, de elite? Por que manter essas pessoas como colunistas? É um pedido que faço: revejam os colunistas e paguem gente que escreva para a maioria, e não para uma minoria!
É patético achar que a mudança ou as soluções para o Brasil estão em escolas de elite. Você está falando de uma aposição social para outros da mesma posição, e isto não cabe num jornal que se prese. A valorização deve ser dada à s escolas públicas no nosso paÃs, o desenvolvimento dos valores cidadãos está nas escolas públicas. A sua "ostentação de privilégio", juntamente com a dos seus coleguinhas colunistas, não acrescenta em nada ao debate, só mostra o quanto é limitado e elitista.
Não amiga! Você não entendeu. A colunista sabe o papel das chamadas escolas de elite na sociedade capitalista no modelo brasileiro, parece conhecer que a nossa distopia conta com a desigualdade destinada aos povos negro e originários. Apesar de não ter citado os povos originários. O recorte para a classe dominante aqui é uma crÃtica.
Não amiga! Você não entendeu. A colunista sabe o papel das chamadas escolas de elite na sociedade capitalista no modelo brasileiro, parece conhecer que a nossa distopia conta com a desigualdade destinada aos povo negro e originários. Apesar de não ter citado os povos originários. O recorte para a classe dominante aqui é uma crÃtica.
Você tem certeza de que leu o texto da colunista? Onde está escrito que ela é contra a escola pública?
*num jornal que se preze.
O artigo da colunista me fez lembrar que tenho uma pancada de conhecidos que se orgulha de nunca ter precisado pagar aluguel porque papai e mamãe os guardaram em casa até os trinta anos para o nenê CEO juntar a grana para a casa própria. Outra metade que conheço se orgulha de a famÃlia ter comprado um apartamento para o nenê CEO brincar de casamento ao custo tão somente do condomÃnio.
Giovana. Ótima contribuição. Obrigado mesmo. Tão simples, tão básico tão honesto e essencial. Você encontrou um caminho maravilhoso pra tratar do assunto. A única observação é que a parte de "ter certeza que essa geração irá encontrar ótimas saÃdas" precisa ser mais elaborada pra gente avaliar o cenário. Nos ajude.
É o artigo mais lúcido e realista que já li na FSP!
por que os jovens só se arriscam em casar após os trinta e vários anos de idade ? Porque as crianças mimadas abaixo dos trinta não sabem lavar uma cueca/calcinha, lavar a louça do café da manhã , trocar uma lâmpada ...
Um amigo me conta que na próspera (e branca) SuÃça todos os alunos dos cursos fundamentais e médios aprendem tarefas domésticas, entre outras cozinhar, pregar botões, enfim, tudo que um adulto precisa para se virar. E ajudam em casa, mesmo em famÃlias ricas. Aqui, quando não há empregada, há as mães, que mimam os filhos homens quase sempre. E os transformam em péssimos maridos e adultos comodistas.
É exatamente como voce diz, Maria. E näo podem entrar com os sapatos da rua na escola, e ao final do dia cada um tem que colocar a cadeira em cima da mesa para facilitar a pessoa que vier para limpa.
Cara Maria seu diagnóstico do futuro está perfeito,aqui em casa td que vc menciona já ocorre.
É mesmo uma lacuna do ensino. E as escolas oferecem o que os pais demandam. A moda agora é escola bilingue, seguida por intercâmbio no exterior, como preparação para um possÃvel curso superior lá fora.
... à s meninas eu pergunto o mesmo: e se você for modelo internacional, comissária no Oriente Médio, terá que dividir apartamento com outras coleguinhas, sabe desentupir a privada e passar seu uniforme sem queimar, saberia cuidar de si ? Penso que a falta de preparo é herança dos pais da terceira geração de mÃdias e consumo exacerbado, da satisfação instantânea, é, do capitalismo mesmo. Não terceirizem seu filhos aos profes, por favor !
Näo diria que tem a ver com o capitalismo, pois em muitos paises europeus o regime é capitalista, mas ninguém tem empregada e os jovens costumam fazer muita coisa em casa e säo bastante independentes. Eu diria que tem a ver com o sistema muito difundido de aprender profissoes. Isso leva a ser safo e pratico.
Leitores, Leitoras, há muito tempo pergunto aos meus alunos de classe média e de periferia, se sabem lavar seus shorts, se sabem lavar suas leggins, se sabem o que é a caixa da gordura, aquela nojenta que fica embaixo da pia da cozinha. Alguns sabem, outros riem de mim e dizem: é minha mãe que lava. Segunda pergunta é : se você for escolhido para jogar num time fora de seu estado, vai ter condições de sobreviver no centro de treinamento com o que vão lhe pagar ?
Parabéns pela postura!!
Maria Camila. Acredito mesmo que é por aÃ. Não gosto de quem desdenha das coisas simples mas que na verdade são essenciais e invisibilizadas. O que podemos fazer? Parabéns por perguntar aos seus alunos e pelo comentário.
Concordo totalmente . lembro que há dezessete anos minha filha (ainda menor de idade) deixou a vida de filhinha de mamãe e foi morar sozinha na minúscula Pontal do Paraná para frequentar a UFPR . Alugamos uma quitinete para ela com a orientação :"Te vire" . Hoje, aos trinta e quatro, com mestrado e doutorado, é casada e pesquisadora em renomada Universidade europeia E já esteve do Polo sul -Prantar brasileiro ao Polo Norte-Helsinki University.
Minha falecida vó, uma mulher muito sábia ainda que com pouco estudo, me ensinou a fazer todas as tarefas domésticas e outras como cuidar um mÃnimo de um carro, de uma obra residencial etc. O argumento dela era que, na vida, eu só poderia contar com uma pessoa sempre: eu mesmo.
Um grande exemplo com certeza. Não tenho visto este comportamento nos chamados millennials (Acho um nome estranho.) pelo menos de maneira geral, vejo pessoas fascinadas pelas rotinas das redes sociais e seus significados compartilhados via web. Quanto suas habilidades sociais o que sabemos? O que sabemos sobre a habilidade social das gerações impactadas diretamente pela tecnologia da internet?
O último que sair apague a luz! Buuuuummmm!
Como já comentei aqui um ótimo texto. Em relação à saÃda no último parágrafo, infelizmente não há. Viva cada dia como se fosse o último.
O texto é tão apropriado e bem escrito que parei de ler depois do terceiro parágrafo para tecer elogios à sensibilidade e inteligência da autora. Ele descreve de maneira muito articulada o fracasso civilizatório.
Muito boa sua reflexão! Lembrei-me de um fato absurdo ocorrido numa escola de elite, aqui de Salvador. Quando questionado sobre o clima de Salvador, um garoto respondeu que era frio!!! Tinha razão: Sai do ar condicionado de casa, entra no do carro e passa horas no da escola. Não tem contato com a rua, com o povo, etc. Como iria saber que Salvador é considerada a cidade mais iluminada do Brasil, e temperatura média de 26ºC?
CEOs = Crianças Exaustas e Oprimidas.
Maravilhoso texto!
Giovana, sua escrita mais uma vez me toca. Que olhar aguçado, que reflexão necessária. Me lembrei de um texto da Eliane Brum lido na escola de classe média alta dos meus filhos: "Meu filho, você não merece nada.". Menos CEOS e mais humanos sensÃveis, é isso que precisamos. O mundo não é uma empresa, é uma casa. Parabéns.
Bom dia , querida! Tá tudo dito aÃ!
Pertinente, verdadeiro, necessário, muito bem escrito. Você me representa com este texto Giovana.
Dizer mais o quê? Já disse tudo.
Excelente!
Já fazia algum tempo que não lia uma crÃtica social tão lúcida e direta ao analisar as raizes do problema social do mundo.
Cirúrgico. Parabéns!
Ok, a escola deveria preparar para a vida e não para vestibulares, ou carreiras como executivos. Ok, está certo, mas o cinismo e o pessimismo também não resolvem os problemas reais e nem o futuro das pessoas. Há muito mérito em propor saÃdas e pouco em pura crÃtica.
Artigo impecável!
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