Michael França > Brasil gasta com pobres, mas não investe neles Voltar
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É impossÃvel nivelar as oportunidades de pobres e ricos, pelo menos enquanto as crianças forem criadas por suas famÃlias. Mas o bolsa famÃlia, ao garantir alimentação adequada aos bebês, e a saúde pública, ao evitar a alta mortalidade infantil de algumas décadas atrás, são como uma rede para o trapezista.
O serviço público de edução não é competitivo. Competidores exibem nota no PISA 30% maior, ensino integral e portanto formam melhor em matemática, ciências e lÃnguas. Brasil depende muito de produtos primários que têm baixo valor agregado. Apesar de importar tecnologia estrangeira, negligencia a educação. Portanto, falta uma estratégia para gerar capital cultural, criar inovações e riqueza em maior escala. O capital também é caro de mais. PaÃs perde chance de enriquecer os pobres.
Cobrem do Lulla demagogo que se diz "pai" dos pobres.
Caro Marcelo, e verdade gerações de pobres acomodados nos assistencialismos de séculos e desprovidos de dignidades.
Lula? Isso vem de gerações,séculos ....
Eu entendo que a vida é uma estrada de duas mãos, E entendo que deva existir reciprocidade. O Governo gasta bilhões com a pobreza e na contrapartida a pobreza nada faz para melhorar a sua vida. O problema do Brasil não são os governos mas sim o seu povo que busca levar vantagem em tudo e não tem capacidade de perseverar, são oportunistas e imediatistas. Hoje tem transporte escolar,escola,alimentação e até uniforme escolar e mesmo assim a evasão escolar é gigante.
Penso q parte do problema da evasão escolar acontece por conta desse sistema esdrúxulo q proibe a reprovação do aluno. Sem base, vai sendo empurrado de série em série para a série até q seu raso conhecimento o impede prosseguir.
Governo de esquerda que manter a pobreza e não acabar com ela.
Escolas privadas e planos de saúde que aumentam suas mensalidades ano a ano acima da inflação: é disso que você está falando quando menciona não ficar dependente do Estado?
E, por fim, quando você trata de mobilidade social. Mobilidade para onde? Para o rumo dessa elite e classe média espoliadora e concentradora de renda? Sabemos que isso não é possÃvel no sistema capitalista. Que tal tirar mais dos ricos e até de uma certa classe média alta de nariz empinado para equilibrar o padrão de vida no Brasil?
Também queria saber o que você quis dizer com "e não oferecemos a eles [os pobres] uma oportunidade para contribuir com a prosperidade coletiva." Eles já não estão contribuindo com a prosperidade coletiva como mão de obra (inclusive como mão de obra de reserva), como pagadores de impostos indiretos?
Eu queria saber o que você quis dizer exatamente com superar "a permanência de uma massa de gente dependente do Estado". Isto porque ficar dependente de plano de saúde e de educação privada não me parece ser um objetivo a ser alcançado no Brasil (qual é o paÃs em que isso é funcional, você saberia me dizer?). Por que não podemos ter no Brasil escolas e saúde públicas de qualidade, inclusive para as horas de aperto econômico e planos de saúde falidos, fraudulentos e inoperantes?
PolÃticas compensatórias não são feitas para que ocorra a mobilidade social. Elas são pensadas para que o tecido social não se esgarce. A elite é a classe média brasileiras não tem o menor interesse em que os mais pobres tenham chances de ascender socialmente.
Estou de acordo com você, e é possÃvel fazer vários desdobramentos dessas ideias, tais como: adoção de programas governamentais, mas também de polÃticas de Estado que assegurem benefÃcios continuados; o sentido polÃtico dos programas ao nÃvel municipal, estadual ou federal, se de direita, centro ou esquerda; polÃticas locais e em regime de colaboração entre os entes da federação. Só sei que o Brasil é imenso, cheio de disparidades e não é da noite pro dia que vamos superar iniquidades.
Eu penso que todo mundo deve ter acesso aos estudo de qualidade, mas não creio que o as coisas irão melhorar geral se todo mundo estudar! O máximo que pode acontecer, é engenheiro ter que trabalhar de UBER, camelô, ou de porteiro.
Eu sou favorável a uma melhor educação, para efeito de seleção e não como solução de todos os problemas! Para melhorar a qualificação profissional, precisa produzir algo que se venda, se existir interessados em comprar aquilo que se produz. Temos que entender, que tudo de mais tem sobra, basta lembrar que em (1929,) o Brasil precisou queimar seu ouro negro por falta de preço. Quanto ao bolsa famÃlia, isso nunca acabará com a miséria, pois serve para comer hoje o que vai defecar amanhã...
Excelente texto. Penso exatamente como o autor. Para mim, ex-professora e ate hoje amante de criancas e de todos os temas ligados a educacao, eu investiria mais nos professores do ensino fundamental. Teria também que valoriza-los mais, com salarios muito melhores, e também precisaria de aperfeicoamento constante, material moderno etc.
Concordo, mas a dificuldade é fazer os dois investimentos ao mesmo tempo.
Ótima reflexão desde o tÃtulo.
Perfeito, França!! É exatamente isso. Que bom seria se o identitarismo, tão preocupado com o cancelamentos de escritores centenários e os linchamentos públicos sumários de supostos assediadores, se voltasse para as questões descritas no texto, as quais representam os fatores da manutenção da miséria no paÃs.
há muito tempo não vejo um texto tão bom e que demonstre a nossa realidade com clareza, que trata da causa do problema e não somente de seus efeitos, como é de costume no governo e principalmente na população que paga um alto preço através de sua dignidade ao receber passivamente esta "ajuda". Quanto a falta de motivação é necessário um esforço pessoal muito grande na busca do desenvolvimento e seus benefÃcios. É dificil mas a causa é nobre e mereçe que lutemos por ela.
Se reformas radicais não forem implmentadas,infelizmente,continuaremos no "Tomara,meu Deus, tomara."
E antes não se aceitava nem mesmo os gastos com os pobres. A cada tentativa de direcionar mais investimentos para essa parte da população, aquela outra, minoritária mas poderosa, estrila e barra. Como canta Wilson das Neves, "o dia em que o morro descer sem ser carnaval, ninguém vai ficar pra ver o desfile final..."
O texto näo trata disto, muito pelo contrario. Elogia todos os programas sociais, ao mesmo tempo em que chama a atencao para o fato de que os ditos programas näo estao levando a mobilidade social desejada.
Excelente texto!
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