Impressionante as generalizações pretensiosas sem qualquer fundamentação teórica ou factual, como estas: "lar, é claro, sempre foi a "esfera da mulher", desde as cavernas. Os homens estavam na floresta, caçando animais e lutando uns contra os outros."

Misandria descarada, disfarçada em argumentos generalistas.

Incrível que ainda tenha gente que ganhe para fazer generalizações estapafúrdias. O problema do jornalismo também passa por aí: se uma estudante escrevesse isso numa redação de colegial, tiraria uma nota baixíssima pelas generalizações absurdas e conclusões não suportadas pelo texto. Já o editor nunca chega para o colunista e recusa a coluna, falando que não dá pra publicar algo tão simplista.

Como se queria demonstrar (jargão da metematica 'cqd'!

A dinâmica entre o poder e o gênero sempre foi complicada, especialmente em países onde a figura da mulher no comando ainda suscita reações visceralmente contraditórias. Margaret Thatcher, conhecida como Dama de Ferro, personificou essa tensão com uma intensidade que continua a ecoar muito além de seu tempo. Ser mulher em uma posição de liderança é um campo minado. Cada decisão, cada palavra, cada gesto é esquadrinhado com um rigor que raramente se aplica aos seus colegas masculinos.

"Os homens veem O Emprego como um jogo de futebol; as mulheres, como um lar. Os homens veem como chance corajosa de enfrentar outros homens. As mulheres, como chance amorosa de fazer conexões, especialmente com outras mulheres." KKKKKKKKKKKKK, só rindo, mulheres são hipercompetitivas.

Isso eh que eh gênia! Perceber que homens e mulheres vêem coisas de formas diferentes eh de uma astúcia inigualável. As mulheres devem ficar despreocupadas, com uma representante do gênero como essa, elas estão protegidas de todos os males do liberalismo.

É difícil o trabalho de humanizar a Dama de Ferro.

Soube de uma história que perguntaram para os trabalhadores de Liverpool se eles estavam triste com a morte de Margaret Thacther e eles responderam: "Triste eu deveria ter ficado quando ela nasceu"

Há mulheres e mulheres. Na Inglaterra, talvez um símbolo de sucesso e boa fortuna que pode ter inspirado a Thatcher foi a rainha Elisabeth I. Já a antecessora dessa mandou cortar tantas cabeças que ficou conhecida como Bloody Mary.

Os comentários iniciais cheios de ideologia de gênero patriarcal (a verdadeira e que está aí há milênios, não a falsa, criada por religiosos para demonizar LGBTs e feministas) e continua nessa toada até o fim. Um desserviço. Informo à colunista de que reavaliações de ossadas e fósseis demonstram que mulheres também caçavam, coordenadas c leoas. Mas a ideologia de gênero patriarcal tentou apagar esta e muitas outras características, funções, inventos e descobertas femininas para subalternizá-las.

Sei não, Tia Auntie. Tive uma chefa, cientista competentíssima, honesta, ótima pessoa em geral, mãe evidentemente amorosa, que fazia da vida de quem trabalhava com ela um inferno. Eu, ao fim, colapsei. Disso eu conheço bem. A dona Margarete, sei não.

Muita boa essa passagem com Boris Becker, não conhecia. A Dama de Ferro faz muita falta