É difícil comparar um militar que lutou em guerras na Europa e na Africa, desembarcou na Normandia e venceu os nazistas com os nossos cucarachas que nunca estiveram em algum combate real, ostentam galardões por cursos teóricos e não ações em batalhas e o único inimigo que combateram foi a população civíl de seu próprio país.

Lugar de milíco é no quartel.

É magnífico o filme A Batalha de Argel, sorte de quem pôde ver, branco e preto e cenas um pouco toscas, o ambiente do terror na visão do perseguido, a família dentro da parede para fugir da busca. Se acharem em DVD mandem para mim onde compraram.

Não é Massu; é Aussaresses. Após derrota no Vietnã, tropas do General Jacques Massu venceram a Batalha de Argel, 1957/58.Seu capitão Ausseresse foi o pivô da vitória sangrenta dos paraquedistas franceses.Executam operações "por bairros" e “inteligência”, cerco aos alvos, interrogatórios de suspeitos de relações com revolucionários, tortura dos detidos, execução, massacres e 4 mil desaparecimentos de pessoas. Tudo está no livro "A guerra da Argélia" de Yves Courrière, jornalista francês.

Elio Gaspari, culto e sensato, conhece como poucos a história dos porões e da "rataiada". Aliás, conhecendo Golbery e observando os atuais personagens, nota-se como regredimos até nisto.

Primeiramente, Massu tinha a boina vermelha, caracteristica das foras especiais francesas. Segundamente, essa historinha toda é um floreio para a situação nada paralela. O golpe tentado aqui nada tem a ver com a organização criada pelos ressentidos da Argélia. A história até é boa. Aqui o golpismo é so para manter privilégios da casta que se julga acima dos brasileiros, que pagamos, escola, saude, viagens, moradia , aposentadoria integral e eles usam nosso dinheiro para nos golpear. Sem anistia

As Forças Armadas devem reformar seus currículos acadêmicos, limpar de instrutores e professores que tem visão arcaica dos tempos da Guerra Fria e ter uma visão mais democrática e legalista. A começar pela extinção do batalhão dos kids pretos. Proibição das escolas cívico-militares que em vez de formar alunos que pensam, formam robôs, cumpridores de ordens. Já pensou, humanos que pensam como robôs e IA que se tornarem coincidentes? Muita distopia ficcional para o meu gosto.

É difícil traçar um paralelo entre Massu e qualquer militar brasileiro. Massu, com sua cara de Inspetor Clouseau, era um combatente e nossos gloriosos militares, kids que não se tornaram adultos, são golpistas palacianos.

Não conhecia essa história e nem essa figura. Muito interessante.

Excelente análise. Sou assistente da Folha só por seus causa Mestre. Parabéns!!

Há uma inconsistência, Elio. A independência da Argélia foi em 1962. Se o capitão, ao criticá-la, foi "demitido", então não poderia estar na "caserna" nem "comandando tropas" em Baden Baden em 1968, quando Paris virou de pernas para o ar no célebre mês de maio.

Penso que aqui os militares querem fazer arruaças, tomarem o Poder, por absoluta falta do que fazer. Tem que dar trabalho para os Militares. Cabeça vazia, oficina para o diabo.Vigiar as fronteiras, por exemplo! Mas, ainda acho, que o maior erro da História Militar, no Brasil, foi o Exército ter mantido nas fileiras o Mau Militar! E, por seu comportamento, como deputado, presidente, percebe-se a falta de profissionalismo em quem o manteve no Exército!

Mundo Globalizado é assim mesmo. S os Kids fossem incolor não teriam problemas decerto.

Élio é um patrimônio. Belo e necessário texto, como de costume.

Ainda me pergunto: para que servem as nossas tão eficientes forças armadas? Que atos heroicos esse perequitinhos tiveram nos últimos 200 anos? Bando dr ve lh os barrigudos fantasiados de abacate e brincando de soldadinhos. Dá armas pra eles e é isto que acontece....

O dia do chacal tupiniquim deu chabu. Vão todos tomar café de canequinha e comer com a marmita no colo.

Xiiiiii, sêo Elio, Vossa Ilustrada Jornalência é muito erudito: botando o Massu como patrono, ensina-nos um pouco de História Universal, o que é bom. Eu, não somente ignorante, como também um pouco mau-caráter, já havia decidido pelo Mussum como patrono dos quidispretis, a despeito das graves repercussões à imagem do fantástico humorista e sambista, boa pessoa e boa-praça. Mó injustiça da minha parte...

Admirado apenas por psicopatas.

Texto muito bom! Nos faz lembrar aquela famosa frase, na verdade não dita pelo De Gaulle “o Brasil não é um país sério”. Inacreditável que essa trama toda tenha sido urdida somente por alguns militares, muito mais gente se meteu nessa aventura tresloucada.

Gaspari joga luz sobre a hipocrisia militar: heróis de tortura ontem, golpistas hoje. Os "kids pretos" continuam no jogo sujo, mas agora com uma boina mais cara.

Belo artigo, mas a boina de Massu era vermelha.

Perfeito.