Rui Tavares > O problema é que a mudança mudou Voltar
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O negócio é dançar, como o eterno deus Mu
Prazer imenso poder agora ler Rui Tavares na Folha. Os leitores saÃram ganhando com essa novidade
Ótimo texto, caro Rui Tavares! Obrigado, fomenta muita reflexão!
O Chico Buarque explora essa mudança da mudança em uma canção: e se o galo virar galinha? e se o botafogo for campeão? (Tá certo que modifiquei um tiquinho o verso).
Sutil, caro botafoguense José Cardoso (rs)!
"O novo sempre vem"
Seu Rui, carÃssimo, percebi que o senhor trata a mudança em termos de sua dimensão e compasso; a mim, talvez fique mais claro tratá-la como qualitativa e quantitativa. P ex, as relações humanas: hoje, há "amigos" à s centenas; todavia, por digitais, de qualidade muito distinta (inclusive a do meio de relacionamento). Foi "lenta", uma geração e meia, mas muitÃssimo significativa, tão disruptiva quanto a IA o será pro trabalho. "A direita", com intenso do novo meio, promoveu outro cisma (e sismo!).
Continuando, não chego exatamente a conclusão alguma, mas gostaria de sugerir estas duas categorias adicionais a essa compreensão da mudança. Aqui, nesta Ãgora digital, toda a comunicação é muito curta, e fica até desagradável quando estendida na necessária medida para reflexões mais cuidadas. Mas dá pra nos provocarmos e plantarmos sementes de variadas cepas. Vamo que vamo!
Ótima matéria. O articulista pensou por nós. Tudo que se pensa para o amanhã tem prazo de validade até hoje. Eu não tenho medo das mudanças que virão; eu espero pensando nas benesses.
De tão bom, oportuno e complexo o texto que inevitável é o relar. E relendo, posso garantir de antemão que outras mudanças, sinápricas inclusive, me hão de ocorrer...
"Sossegar a opinião pública e juntar as vontades coletivas." Conheço alguns paÃses onde isso já foi feito. É uma ótima receita pra manter o povo no cabresto e os amigos do rei na opulência. E tudo pode ser usado como pretexto: pandemia, clima, IA,etc etc.
Mudanças dos que não mudam são andanças que nos perturbam, como falsas lideranças que nos levam a tristes lembranças, sem liberdade e longe das bonanças. Falo de golpistas na Ãsia, na Europa e na América Latina, gente louca que com as liberdades não atina. Que Inferno! Chamem Dante e VirgÃlio para verem a Coreia do Sul e o Brasil nesse martÃrio. Fomos salvo pelo gongo da golpista incompetência de nossos atuais golpistas, homens torpes, vulgares e nada otimistas! Viva Camões! Viva o Brasil!
O lema do Iching, ou Yi Jing, ou o Clássico das Mudanças: "A única coisa que não muda é que tudo muda".
Se nos colonizacolonizassemdsem Holanda, em lugar de Portugal, como o queriam os traidores Calabar e Bolsonaro, terÃamos queijos e organização ótimos mas jamais terÃamos a brasilidade que carregamos com tanto orgulho. Assim falou Zarathustra.
Hahahahah, dedo no'zóio: a mim, a herança do afeto Tuga (no qual incluo a possibilidade de amor por Pretos e IndÃgenas) é inestimável, bem como a de seu humor - no pequeno tempo em que morei por lá, tive excelente desfrute dessas qualidades. E morei no Norte, no Minho, lugar meio desprezado pelos cidadãos da parte de baixo, mais rica e mundializada: o sotaque distinto, uma certa grossura nos modos, menor pujança. Eu, não troco meu Portugal, Minhoto ou não, por Holanda ou Inglaterra!
Veja a Indonésia, colonizada pelos batavos. A colonização portuguesa foi muito melhor.
BelÃssima crônica ! Dessas que fazem bem para a Alma. Viva Camões! Obrigado, Rui!
Muda-se tudo, por "mor" ou ódio, e o novo atropela tudo, para bem ou mal. Se soubéssemos, efetivamente, tal qual outro lusitano, F. Pessoa, que somos "cadáveres em potencial", quiçá assimilariamos as mudanças sem dor.
Eita, caro Seu Rui, que prazer encontrá-lo por aqui - essa foi uma positiva e incremental mudança da folha - que, como o órgão institucional, só têm mudado pra pior. Se no atacado a coisa degringola, no varejo há progresso. Excelente reflexão, inda por cima belamente escrita. Vou pensar e, se ela fizer efeito, volto melhorado e comento. Por enquanto, apenas agradeço.
Tenho também, história ótima de ilhéus, povo que brota da Ilha da Madeira, e cuja fala, nem os portugueses entendem. Tive um tio que tinha um jazz Band, onde tocava bateria e sambas do maestro Nazareth. Lá pelos anos 30, foi tocar no clube deles, e seu barbeiro, um baixinho, pediu para ir, pois adorava dançar. Esses ilhéus plantavam chuchu, flores e criavam porcos. No meio da dança, sem querer o barreirinho roçou no ilhéu, que gritou: Fid passou a Man na min'ha ban. - continua -
O baile se dividiu em duas alas, a ala do ilhéu sem Fair play, e a ala em defesa do barbeiro baixinho que já havia puxado a navalha. A briga de cajados comeu solta, enquanto o baixinho rastejava pra fora, e se arrancava.
Prezado Marcão, falo-te cá, por que por certo a mensagem chegará a teu email. No comentário que fizestes, informas haver morado ao Minho, terra que não conheço, mas conheço Novelass do Minho do Camilo Castelo Branco. Dos 12 volumes, li dois. DelÃcia das delÃcias, tem até padres portugueses. O primeiro livro tem o sugestivo nome de Gracejos que Matam. É famosa a luz dourada do Minho, e os aquedutos romanos. Brava gente. Vivem a cantar e a caçar sarilhos.
Óia, carÃssimo, dá um estofo bem do bão, dá não? E, em havendo miolos pra maximizar seu aproveitamento, a coisa fica fina. Mesmo sem muito dos clássicos, a gente sobrevive com alguma dignidade - não li tantos e, por um condão pessoal, não me lembro de grande coisa. Aliás, o esquecimento é uma de minhas grandes competências, que é ainda capaz de me levar a morar na Alemanha; no mÃnimo, a residir no olvido do Alzheimer! Hahahahah!
Ruy começa com um clássico, e constrói outro. Ora que pois. Cada dia mais m encanta a musa da lusa'alma. Há pois uma coisa que porém não muda; o Poder do Pensamento Clássico, posto que clássico, guiou, guia e guiará.
O eterno Deus Mu Dança.
Pena que tudo está como sempre esteve: classes, castas, brigas entre cores, crenças...
Bela e oportuna citação de Camões. Que não lia desde o colégio. Que ótima coluna. A seguir.
Caminho duvidoso define bem, caro Marcos. Restam poucos e Rui é dos bons.
Maria, minha cara, o seu Rui é um excelente Tuga a contribuir com nosso cotidiano de leitores. Ô camarada bom, sô! Daquelas coisas que até nos espanta, estando a folha nesse rumo duvidoso (pra não dizer decadente) que anda tomando.
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