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Com um ovo é a Camoes, porque ele era caolho. Com dois é a cavalo, segundo me contaram, por analogia aos dois testiculos de um presumido cavaleiro.
Em 1961 Brizola era governador do RS e liderou o movimento em defesa da posse de Jango na Presidência depois da renúncia de Jânio, desafiando os militares. Chegou a distribuir armas a trabalhadores sindicalizados. Um restaurante de Porto Alegre chamado Neve do Sul lançou o bife à Brizola, com três ovos. Culinária é polÃtica!
Boa Marcão. No almoço de hoje vou comer fÃgado a(ou à ) cavalo.
Desde sempre achei o nome estranho. Legal saber a origem francesa e abreviação dos ovos no nome. Isso traz paz a uma vida toda de incerteza! Mas, de imediato surge outra questão: por que cavalo, se é carne de boi? Ou não é?
Quando criança era o bife que eu adorava. Filé mignon nem pensar, era patinho ou pá batidos até ficar bem triturados. Fritava com o ovo também sobre eles. Não era frito separado. Pegava o gosto da gordura de porco e o tempero do bife. Bão demais. Na verdade, meu bife à cavalo (sic) tinha um ovo só.
Então era a Camões.
É!!! Cultura inútil também é cultura...
Nada melhor que Marcão no desjejum
Ótimo artigo. Obrigado. Humor e boa informação. Há alguns anos pesquisando o bitoque português procurei a origem do bife a cavalo. Não consegui nada definitivo, mas pode ter vindo da Russia czarista ou (mais provável), Australia no século XIX.
Hahahahah, Marcão, hilário: acompanhando essa substanciosa digressão sobre os acentos graves e a crase, estava eu rangando um oniguiri de camarão, de ontem, com fartos gengibre e raiz-forte, acompanhados por uma boa IPA. Deu Herda: no final camoniano, dei uma risada em que voou arroz e peixe... Tudo isso para dizer que as estranhezas ortográficas podem ser pouco frente àquelas que a insônia pode trazer à gastronomia: à s2, desjejuava pão com gorgonzola e café com leite. Às quase6, rango japa!
Hahahahah, tempero verde é ótemo pra boca, estômago e pra relaxar o célebro!
Uma(s) taças de vinho à sua saúde, com crase e agudo, caro Benassi. A propósito, uma certa ervinha resolve minha insônia...
Ah, detalhe relevante: estou em Londrina, visitando as irmãs carcamanas - donde pão integral feito em casa e o gorgonzola. Como é a cidade repleta de japas, a duas quadras de casa comprei os oniguiris dos quais comi o despojo agora na madruga. Tudo caótico, acompanhando a pouca lógica da vida.
Divertido, como sempre.
... Marcão Carbonara tem ressonância gigante à macarronada carbonara, nà mé, pessoal? ... Lasanha à muçarelada ( queijo fake)!... Pizza à calabresada ( linguiça fake), ..., Balofis-italianis!!!...
obrigado por disponibilizar a receita, estava procurando há séculos
Gostei! Obrigada.
Não é absurdo. É uma delÃcia, com crase ou sem crase.
Taà uma observação concisa e relevante! Hahahahah!
Que crônica deliciosa. Melhor do que o bife a cavalo.
Nos rincões das Gerais, o nome "zoiúdo" aparece em tudo: "arroz zoiúdo", "pro nobis zoiúdo", "bife zoiúdo". Até "pão zoiúdo".
A lÃngua e a comida são, definitivamente, um treco lindo.
Bife a lo pobre, na Argentina.Lá os bifões são tão generosos que um bife mais baixo com ovo frito é pra quem tá mal de grana.
Com a Era Milei, creio que os bifões já não estejam, assim, tão generosos...
Eu sempre imaginei que a montaria seria o bife, e nunca me liguei no detalhe de que os ovos é estão a cavalo, sem crase.
Pela mesma razão é bife a Camões. Sem a crase certo?
Qualquer que seja a denominação, interessa que é bom de qualquer jeito
Eu tenho feito bife a cavalo no air fryer por falta de tempo. Minha esposa prefere a Camões sem o alho, eu gosto de muito alho. Peço para o açougueiro fazer medalhões de filé mignon e congelo algumas peças. O ovo frito faço na frigideira para deixar a gema no ponto em que possa escorrer sobre os bifes. No air fryer faço algumas batatas. Muito bom. A tecnologia ajuda.
Voto na clara bem frita sob gemas moles escorrentes. Sem trocadilho, não é mole, mas, com décadas de treino, hoje consigo facinho. Bife bem passado (com o perdão dos quase-canibais) e muuuiiito alho. Oba.
Bom-senso, paladar e alguma audácia (oh!, gemas moles!) também, carÃssimo. E alguma capacidade econômica, evidente: filé mignon não tá pra geral, só pras numeradas.
Salve, Marcão! Além da verve sarcástica, você atacou de humorista nessa crônica elucidativa. Eu prefiro os ovos à parte do cavalo. Gosto de degustar os ingredientes dos pratos separadamente.
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