Mirian Goldenberg > Das vantagens de ser uma velha ridícula Voltar
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Taà uma boa oportunidade de se autoconhecer. Levar a ridicularidade para o zafu (almofada de meditação) revela as narrativas interiores e outros sentimentos/emoções que sustentam tal sentimento. Com concentração e equanimidade você notará o senso de ridÃculo de um pequeno "eu", envolvido em medo, insegurança, preocupação, vergonha, além das respectivas narrativas. Contudo, você sai disso ileso e sereno...
Quem nunca fez algo ridÃculo, várias vezes, ao longo da vida? Toda pessoa já nasce com um senso de ridÃculo? A ridicularidade é uma construção própria de cada uma? Ela é assimilada, assim como acontece com outros padrões culturais? Ela varia conforme a sociedade e a época? É onipresente em cada pessoa e nas suas interrelações? Tê-la traz benefÃcios/danos? Esse sentido é imperativo? Ele poderia ser ignorado ou esquecido? Ele poderia ser totalmente perdido? Se afirmativo, poderia ser recuperado?
Numa mesma sociedade, pessoas diferentes podem ter sensos de ridÃculo semelhantes mas não iguais? Algo pode ser tido como ridÃculo para uma pessoa e não para outra? Nesse caso, quão confiável é o sentido de ridÃculo se ele é relativo? Quão eficaz ele é como mecanismo de defesa psicológica que evite situações que causem temor, desconforto ou vergonha? Tal sentimento impediria a exploração do desconhecido? Ele impactaria no aprendizado do novo?
O senso de ridÃculo se referia ao medo de que os outros riam de nós ou nos julguem? Esse sentimento poderia deixar alguém se sentindo mal ou até paralisá-lo na hora de agir, justamente por medo da reação alheia diante de seus erros, malfeitos ou fraquezas? Logo, quem se propõe ser ridÃculo não se orienta por qualquer senso de ridÃculo, nem teme o riso zombeteiro (reação) dos outros, tampouco se preocupa com as opiniões alheias? Já que deteria as rédeas de seu bem-estar e de seu valor próprio?
Todos nós alimentamos a delusão de que somos seres conscientes e bem racionais a maior parte do tempo. No entanto, a Neurociência diz que 90% de nossas decisões e ações passam por processos inconscientes (cérebro subliminar); somente 10% são conscientes. Logo, uma pessoa nunca estaria livre do senso de ridÃculo? Ou só em certos momentos, quando o "puxão" deste sentimento tenta fisgá-la, mas ela consegue transcendê-lo?
Será que existe alguém assim?
As reações emocionais e opiniões alheias são quase sempre involuntárias. Daà serem inevitáveis, não é verdade? Ciente disso, haveria nessa pessoa uma generosa autoaceitação, em que o medo da reação/opinião alheia deixou de ser relevante, pois o senso de ridÃculo deixou de exercer um controle avassalador sobre a sua vida? Cultivar essa autenticidade exigiria reflexão, tolerância, autoconhecimento, coragem e autocompaixão?
Feliz Niver ! ... mazááááá, guria, tô no teu time desde agora !!!! Já dou palpite: um livro contando as histórias mais iradas de velhas ridÃculas , vai juntando, se já não tens um repertório , vai ser best seller na certa . Profe camila, 69 , setentinha em maio, para acompanhar a Feira do Livro de Porto Alegre deste ano.
Amei a ideia Camila, vamos?
Olá,minha raridade!! Parabéns pelo texto e pelo aniversário. Se dê de presente hj e sempre que quiser "Envelhecer" de Arnaldo Antunes e Fernando Pessoa, especÃficamente,"Cartas de amor" . Bjsss no seu coração ridÃculo e lindo!!
Amei as dicas nada ridÃculas, Marcelo
Parabéns Mirian, pelo texto e pelo aniversário! Que você continue assim, linda e com a liberdade de ser uma velha ridÃculamente feliz.
Adorei Marta, fiquei muito feliz
Tradicionalmente, "ridÃcula" poderia ter uma conotação negativa, significando algo que é alvo de riso zombeteiro; merecedor de escárnio. No entanto, o apresentador Everaldo Marques já usava a expressão "Você é ridÃcula" quando era da ESPN, sempre de forma positiva e irônica para destacar o quão incrÃvel e extraordinária é uma pessoa. Marques usou este bordão ao homenagear a skatista Rayssa Leal nas OlimpÃadas 2024.
Adorei o elogio, ainda mais de um leitor tão especial
Quero ser cada vez mais ridÃcula
A primeira mensagem que escrevi para vc não foi liberada até agora. Triste
Segundo o narrador esportivo, o uso da palavra "ridiculous" nos Estados Unidos é um elogio, que "significa algo que está acima da média e excepcional"; que coincidentemente vai ao encontro do artigo da Mirian. Assim sendo, imbuÃdo desse viés positivo da palavra "ridÃcula", então aà vai: "Mirian, você é ridÃcula!" Vou além e digo também: "Claudia Liz, você é ridÃcula!".
Ah, também quero parabenizar a Mirian pelo seu aniversário. Deixo aqui meu abraço carinhoso e fraterno.
Um lindo presente, Filipe. Adorei
Que texto maravilhoso; gratidão! A idade e a liberdade (ainda que tardia) me fez muito ridÃcula, rsrs
Adorei Marcia. Sempre Juntas
Gratidão por tudo Mirian, por me ensinar transformar a tristeza em beleza. Sinto uma dor dilacerante e você escreve com a alma. Feliz aniversário muita saúde, amor e paz.
Escrevo com minhas lágrimas e minhas risadas, Carlos. Escrever cura. Muito obrigada pelo carinho
Gostei muito do artigo de Mirian Goldenberg, vale tanto para a como o. Parabéns.
Que bom Zeno
Embora geralmente não concorde com sua visão benevolente com a esquerda, não posso deixar de cumprimentar. Feliz aniversário, muita saúde e paz. Muito amor.
Felipe Moura Lima vc não entendeu nada, mas não vou explicar....talvez vc não entendesse mesmo assim. Não é pelo fato que pensamos diferente é que não possa haver amor...
Beleza. Vamos reverenciar pneus. Direitista é assim, gosta de peneumatizar a vida.
Muito amor e humor, sempre
Parabéns Mirian! Que esse novo ciclo que começa amanhã, lhe acolha com afagos em todas as suas empreitadas. Seja Feliz! Fique Bem
Muito obrigada pela mensagem carinhosa
RidÃcula é morrer antes de envelhecer, já que a vida passa tão rápido. sempre um prazer ler sua coluna .Feliz aniversário.
Verdade, passa rápido demais
textos , muitas vezes, melancólicos
Para os seus traumas de infância, receba meu abraço e reinicie-se. A menina autoconfiante também tem seus problemas que talvez ninguém percebe .
Verdade, ela também tem
"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome". (Clarice Lispector)
Lindo! Uma mulher à frente do seu tempo.Libertária
Liberdade é pouco, muito pouco
Precisamos fugir de vidas amargas; do registro de loucuras e desventuras da humanidade, daquilo que nos oprime. Lançar mão de teorias que resolvam problemas. O real pode ser racional e ser cogniscÃvel pelo ser humano. Temos que ser pragmáticos e lançar mão de teorias libertárias para evitar que a barbárie triunfe sobre nossas cabeças. Liberdade para escolher a vida que queremos.
Liberdade e autonomia
Mirian, você é uma Pepita de Ouro! Como é gostoso ler as suas crônicas aqui na FSP. Melhor, só se fossem diárias. Eu admiro muito a sua inteligência, sua sinceridade e sua energia, emolduradas por um talento afetuoso. Ainda não sou 60, mas estou chegando lá. E quero ser sempre ridÃculo, de bem com a vida e andando pro que dizem os outros. "Mais louco é quem me diz, que não é feliz". Eu sou ridiculamente feliz. Bjs
André, você nem imagina como me deixou feliz. Melhor presente de aniversário. Também quero ser ridÃcula e feliz
A Claudia Liz arrebentou mais uma vez com essa ilustração...Nela, a figura feminina está livre, leve e solta...Show grau mil...
Verdade
No próximo dia 11 a Mirian faz aniversário, mantendo-se firme entre os privilegiados da terceira idade...Parabéns Mirian/Mônica...Sou imensamente grato por você existir!!! ... Que você seja cercada de amor, saúde e alcance muitas realizações...
Muito feliz com a sua mensagem tão carinhosa, muito mesmo
Vou responder de novo, já que não liberaram minha resposta anterior. Seus comentários, sempre inteligentes e profundos, sempre me deixam muito feliz.
Respondi à sua linda mensagem, mas não sei pq não liberaram até agora. Estranho
Esse botão do Foda-se é mara....o meu vira e mexe é acionado...
É libertador
Muito boa e inspiradora. Faz-me lembrar do texto do Cicero na mesma toada de dois mil anos atrás.
Fico muito feliz
Miriam afiada como sempre
Eu tento Luiz
Mirian, como homem e aos 67 anos, realmente uma das coisas que mais gosto, dentre o que vc citou é aprender a dizer não e a ligar o botão do foda-se para a opinião e julgamento dos outros." É uma sensação de liberdade.
Para mim também Carlos
Sensacional, Viva todas nós velhas ridÃculas com ou sem tinta nos cabelos.
Yes
Viva viva viva
Deixe de tingir os cabelos e assuma a idade. Tem mais de sessenta e essa foto de menina consolando a velhice não convence
E você, deixe de ser deselegante, rapaz.
Puxa-vida! Envelhecer e amadurecer não precisa incluir desmerecer a juventude ou sua aparência. Pode-se admira-la e até mesmo desejá-la, ainda que inalcançável. Pelo menos, lembrar-se dela e mantê-la na memória.
A liberdade e a autonomia da velha ridÃcula inclui decidir se quer ou não pintar os cabelos. Essa escolha é dela, e só dela.
A fabula de La Fontaine da Uva verde quem não conhece é bem instrutiva.
Está parecendo que vc é a raposa.
Eu sou um velho ridÃculo que foi ridicularizado a vida toda, e de uns tempos para cá eu acionei o botão do foda-se. Assim me sinto menos ridÃculo...
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