Marcos Mendes > A política fiscal está sem lastro Voltar
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Para lembrar ao colunista Mendes, a taxa de juro do Banco Central em outubro de 1998. Lembra, Mendes? Certamente, não lembra. Refresquemos a memória do Mendes: 49,50% nominal. Inflação: 3,5%. Taxa real: 46%. Explosão da dÃvida interna. Quatro meses depois, DESVALORIZAÇÃO de 60%. Mais explosão, agora da dÃvida externa. Desde 1994, portanto, ao longo dos últimos 30 anos, o paÃs, seja governo A, B, C, mercê da polÃtica monetária e cambial, tem crescimento medÃocre, precário e insustentável.
Parece td tão quadradinho!
Hoje há uma crença de setores do governo de que o aumento da dÃvida em relação ao PIB não gera inflação, se ela for denominada em moeda nacional. Como os diversos setores do governo e da economia tentam manter e ampliar seus benefÃcios, e não há uma força decisiva contrária, vamos testar essa tese nos próximos anos.
A "Carta ao Povo Brasileiro" é de 22 junho de 2OO2, ainda no primeiro semestre e anterior à campanha presidencial. A coluna comete, então, algumas imprecisões importantes ao situar "no segundo semestre de 2OO2" uma suposta "campanha em que se prometia não pagar a dÃvida pública" e deslocar a publicação da Carta para o contexto da transição.
"Sem lastro" tucano entende bem A carga fiscal despejada no lombo dos pobres com Plano Real cresceu 50%. Saltou de 22% a 33% do PIB em 8 anos. A memória de Mendes precisa de refresco para "Show the Whole Picture". Com Malan COFINS de 2% foi a 3% e CSLL de 8% a 12%. CPMF de 0,20% a 0,38%. Aumento de 50% e 90% de alÃquotas. O estupro fiscal do Real. Superávit primário médio tucano: 0,25% do PIB. Mesmo assim o Plano Real quebrou 4 vezes. Não mais se verá crescimento! Só voos de tucano ou galinha.
Que preguiça de contestar todas as mensagens histriônicas da esquerda festiva. Limito-me a dizer que quem ousar enfrentar o malvado mercado vai perder. E quem viver vera.
Não Fernando. Sou um mero realista, atento aos fatos econômicos que afetam nosso dia a dia. Pelo jeito vc eh daqueles não vão a feira e nem ao supermercado toda semana e acha que os problemas se resolvem com bravatas.
Até porque sua contestação não contesta nada. Só mostra que você é um ludibriado que defende quem piora a sua vida.
A coluna é de uma aridez técnica, mas ecoa em nossas mentes. Até quem nunca se preocupa realmente com os rumos da economia deve estar sentindo o peso da conjuntura. DÃvida pública. Algo tão distante e impessoal, mas que de repente se materializa diante de nós, como um fantasma do futuro, pronto para cobrar sua existência no presente. Ao ler os jornais, sinto o sopro gelado da responsabilidade que parece vir de cada número estampado. A dÃvida cresce como uma criatura faminta.
Ainda bem que esse tipo de conversa se desmoralizou. A economista Mônica de Bolle, radicada em NY EUA, explica tudo isso bem e revela que no exterior se surpreendem com o nÃvel e o atraso do debate econômico no Bradil.
A sociedade perceber? ou os banqueiros deixarem de especular? Vale lembrar que o trágico congresso que temos, bem representa os donos do capital financeiro. A análise não pode deixar de fora os que se fartam e impõem a atual exorbitante taxa de juros. Esse indicador dÃvida/PIB de que tanto se fala, para a riqueza real do paÃs, sem tanta especulação, podereia ser maior. O negacionismo econômico não permite ver o desenvolvimento possÃvel e necessário além do que a oligarquia rentista quer.
Ou os banqueiros deixarem de mandar no BC? Ou o BC trabalhar para a sociedade e não para os banqueiros?
Banqueiro deixar de especular? Em que planeta vc vive, Gustavo? Banqueiros tem na especulação sua razão de existir, e isso não significa pecado.
E o congresso trabalhando firme e forte para aumentar as despesas do paÃs. O congresso e o cancro deste paÃs
Lula está destruindo a nossa moeda. O paÃs está diante da seguinte questão. Precisamos antes ter uma hiperinflacao, uma mega recessão e outro escândalo de corrupção astronômica pra botarmos essa esquerda pra fora???
Esse governo acabou. Melhor apresentar logo o atestado médico, descer a rampa e se mandar.
Chora mais e vai visitar o braguinha na cadeia.
Com rombo fiscal, a popularidade desse governo está mascarada. Rombo fiscal é uma bomba relógio. Esse governo reoresenta mais uma década perdida. Detalhe. Erraram no timing. A eleição é daqui a dois anos e não dá pra sustentar essa polÃtica econômica até lá.
A DÃvida circulava em torno de 65% do PIB quando tiraram a Dilma pra impor austeridade. Resultado: essa relação chegou a 90% com Bolsonaro. Entre 2018 e 19 a inflação aumentou, mas o BC diminuiu a SELIC, depois na pandemia, despencou-a ainda mais, interferiu no câmbio mais de 100 vezes. Pra Lula, juros nas alturas e 2 intervenções n câmbio. É, realmente precisa de vontade polÃtica...
Esquerdada, equilÃbrio fiscal não tem nada a ver com luta de classes. Também não se resolve problemas como fome, miséria e pobreza com rombo nas contas públicas. Não há ideologia nessa matéria. Fome se combate com educação, emprego, crescimento econômico, combate à corrupção e Estado eficiente. Mas, sinceramente, acho a esquerda brasileira completamente incapaz de entender algo assim.
Os colunistas precisam criar coragem e falar com clareza onde está o problema que está lavando o paÃs a beco sem saÃda. O problema do Brasil está nos polÃticos. Sem resolver essa gastança dos polÃtico o paÃs vai descendo a pique ao abismo cada vez mais fundo. O governo tira R$11,00 p/m do salario mÃnimo e libera R$8 bilhões para os polÃticos comprar apoio. Desse jeito o destino vai ser a falência.
Plano Real explodiu a dÃvida entre 1995 e 2002. Multiplicou-a por 10! Fê-la crescer 900%! A contenção da dÃvida é insolúvel com a polÃtica monetária do BC "autônomo e independente". Antes do Real pagava-se menos de 3% do PIB de juros sobre a dÃvida (exatos 2,9% do PIB) e o "imposto inflacionário" equivalia a 5% do PIB. Com o Plano Real, a carga tributária foi de 22% PIB em 1993 a 32% em 2002, e o juros sobre a dÃvida chegou a 11% PIB. Nem se fale no câmbio fictÃcio do Real para reeleger FHC.
Alberto, agora o culpado eh FHC e não mais Campos Neto. Pelo jeito vc preferia continuar em um pais com mais de oitenta por cento de inflação ao mês. Do jeito que a coisa vai, logo voltaremos a esse patamar.
Os problemas fiscais e financeiros no governo Lula são solucionados pela complacência do Congresso, mediante módicas distribuições de emendas e cargos. E viva o Brasil.
Há um pacote fiscal proposto. O presidente da Câmara prefere votar pautas ideológicas de direita. Mas para o colunista a responsabilidade é do Governo Federal
O Presidente da Câmara comanda uma base forte, mediante módicas distribuições de emendas e cargos pelo Lula. E viva o Brasil.
Este texto prova que é o tal mercado e os rentistas privados que são o mal deste paÃs, dadas as condições, hoje, muito melhores do paÃs, em relação à reservas cambiais, emprego, inflação e juros, quando comparadas com 2002. Este paÃs sempre foi saqueado.
Com a atual polÃtica monetária do Banco Central, mantendo a taxa Selic nas alturas, com o 2º MAIOR juro real do mundo, o paÃs não reduzirá a proporção dÃvida/PIB nunca. O Copom, na última reunião, contratou mais 150 BILHÕES de reais de dÃvida, ao, praticamente, definir que haverá mais 2 aumentos seguidos de 1% na Selic, em janeiro e março/25. Não existe justificativa plausÃvel para se manter a Selic nesse patamar, a não ser a exclusiva determinação de beneficiar o tal "mercado", os rentistas.
A Selic subindo não tá conseguindo conter a inflação, mas faz a dÃvida explodir, e faz a economia produtiva esfriar. A inflação só vai cair quando o BC colocar o paÃs em recessão. Logo, logo.
Manda o IBGE fazer uma pesquisa e melhorar os numeros. Faz o L.
O IBGE virou um puxadinho do PT.
Quem está aumentando a dÃvida pública são os "agentes " do mercado financeiro, que aumentam os juros sem motivo e especulam com o dólar, liderados por Campos Neto, felizmente quase exonerado. Semana passada, os sanguessugas abocanharam mais cinquenta bilhões do orçamento público. A Folha apoia e depois vem reclamar da aposentadoria dos velhinhos e do benefÃcio dos deficientes.
Falou o premio Nobel da economia.
O paÃs sempre repetindo os mesmos erros, será que um dia vai aprender com eles?
Pouco provável. Notadamente enquanto a população eleger essas espectros polÃticos que constituem a barafunda nacional.
Os juros são determinados com base nas expectativas de "agentes" que ganham mais dinheiro com... juros altos. Mas o BC é "independente", não?
Vixe.
Mais didático impossÃvel. Goste-se ou não, o PaÃs depende dos fluxos de capital externo. O Congresso ecoa o grito dos grandes grupos econômicos pelo corte de gastos, desde que as emendas [mais de 50 bilhões em 2024] sejam liberadas. Do lado das receitas, os referidos grupos clamam há décadas pela reforma tributária. Quando esta chega, ótimo, desde que o nosso setor seja beneficiado. Pobre Brasil.
Propaganda do mercado financeiro. A serviço do financismo improdutivo.
Negar a realidade é o que o Bolsondalton tem feito desde dois mil e dezoito. Pelo visto tem dado certo.
Negar a realidade é uma ferramenta eficiente de auto convencimento.
Finalmenteo Marcos Mendes atirou no alvo certo. Reconheceu a competência de Lula e mirou na direção correta; impossÃvel governar com um congresso reacionário, fisiológico como esse. E só deixar o viés ideológico de lado e ser intelectualmente honesto. Parabéns,deve ter sido um esforço hercúleo.
O seu comentário refere-se a alguma outra coluna, não ?
Prezado Paulo, você faz ideia da estultice do seu comentário? Você cita um sujeito cujo currÃculo é ter ganhado dinheiro e usa uma referência desse energúmeno para criticar um sujeito que nasceu miserável e hoje é o maior lÃder polÃtico do planeta? Tudo bem que os seus valores convirjam, mas você desprezar o significado humano do presidente Lula e chamá-lo de bem intencionado é petulância, denota muita ignorância e falta de respeito.
Competencia de Lula? O autor afirmou que foi a ameaça de Lula de não pagar a dÃvida pública que quase causou uma grande crise no inÃcio do seu primeiro mandato. E hoje, o principal obstáculo ao tão necessário ajuste fiscal é a relutância do presidente em fazê-lo. Na generosa avaliação de Luis Stuhlberger, "Lula é um incompetente bem-intencionado".
Em 2003 o PT tinha pela frente a oposição camarada do PSDB. Foi moleza. Hoje o governo tem pela frente o gabinete do ódio. Não vai ser fácil.
O Waisman esqueceu do Centrão, movido a grana.
Mesmo assim o Brasil cresce.
O prezado missivista não tem credibilidade porque o senhor não comenta os movimentos especulativos do mercado, que explodiram o dólar de forma criminosa. O senhor também não comenta o quanto ganham os mesmos atores que fazem o relatório focus. Omite da população as operações compromissadas dos bancos que permitem que eles manipulem os juros de longo prazo e forcem o aumento da taxa selic. Não comenta a quantidade de dinheiro que é distribuÃdo à s grandes empresas, que superam em muito o BPC, etc.
Prezado Fernando, você está coberto de razão. A Folha e toda a mÃdia corporativa só entrevistam economistas do mercado, os clamados consultores, que são todos lobistas, ganham para emitirem opinões que reforcem esse modelo que retira dinheiro do pobre para dar aos ricos. Mas a informação correta circula na mÃdia alternativa com muita sofisticação e elegância. Pessoas como LuÃs Nassif, Leonardo Attuch, Chico Pinheiro e outros tantos profissionais de alto nÃvel fazem um excelente trabalho.
Seria interessante um comentário sobre esses movimentos, mas não creio que a Folha dê liberdade para tocarem no assunto.
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