Ruy Castro > Canções do outro mundo Voltar
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Ruy, acredito que não. A propósito, ontem levei você (Ela é Carioca) e Rubem Braga comigo para um passeio em Serra Negra (SP).
Estes artistas citados e outros mais continuarão influenciando eternamente.
Há vÃdeos de crianças cantando Beatles no Youtube. Jovens violonistas interpretando Dilermando Reis, Canhoto, Paco de Lúcia etc. Acho que nem tudo está perdido. Porém, as TVs abertas e as academias continuam dando espaço para o que há de pior na música. O "batcu" espalhou-se pelas universidades e deu sua cara até no ministério da saúde.
A santÃssima trindade da melhor música do planeta de todos os tempos - The Beatles, The Rolling Stones e The Who - continuam e e continuarão influenciando gerações por décadas a perder de vista. Sem eles, não haveria música como conhecemos hoje.
Gil, Caetano e Chico. Verdadeira trÃade ! Sem contar Aldir, João Bosco. MPB4 . Fagner Belchior Amelinha . Se vc vier pro que der e vier com8ligo. Paro por aqui. Boa noite
"Melhor musica do planeta" só rindo...
Outro dia, assisti a um vÃdeo do violonista Nestrovski, no qual ele explicava a harmonia que Tom usou em Ãguas de Março. À medida em que ele mostrava, com a maior competência e emoção, as invenções empregadas no samba, comecei a chorar. Chorei diante da grandiosidade, do gênio criador que um dia compôs, de forma premonitória, uma música chamada Saudades do Brasil.
Todos recebem influências. Jobim, por exemplo, Chopin em Insensatez e Debussy em Estrada do Sol. Duas obras-primas!
Rapá, esse 75foi de arrepiar, hein? Se 25/26emplacar um terço disso, é coisa da iurd: milagre!
Em matéria recente com o maestro Júlio Medaglia ele comentou sobre alguns gêneros aruais de sucesso dizendo não serem música. De fato, noto muita gente ouvindo, assistindo shows, mas raramente alguém cantarolando. Daqui a 50 dias somem e provavelmente nunca serão tema de um livro.
Adauto, meu caro o seu Júlio enfiou um dedo no'zóio cortante e incapacitante nozoio; cê foi gentil.
Influencia e muito. Até hoje músicos são requisitados nos Estados Unidos para tocar canções de Jobim em eventos de qualquer natureza.
Mesmo que a pessoa não saiba, ela foi influenciada pela obra de Tom Jobim. Em alguma medida a música do Jobim entrou nos ouvidos da humanidade. Agora, claro que diretamente, bebendo de sua obra, é muito mais prazeroso: Insensatez, Olha pro Céu, Ãgua de Beber e por aà vai. Tê-lo na nossa playlist, no nosso imaginário ou nas páginas de um livro, como o "Ouvidor do Brasil" é o reconhecimento de um artista sem precedentes. Viva a música!
O futuro é opaco. Canções influenciam pessoas. A canção Die with a Smile de Bruno Mars tem boa letra e melodia. Já foi traduzida para o espanhol e é tocada em festas. Logo pode ser trilha sonora de filmes e por aà vai.
Recomendo o livro do Ruy para entender melhor esse enrosco .O ouvidor do Brasil vale um presente de natal.Enfim,música boa sempe será influência .O patropi tem ótimos músicos.Antigamente era na marra,hoje tem as Faculdades de música e a garotada saà lendo partiduras e daà optam pelo belo,se não Noel Rosa que morreu com 26 anos,já era.
"O homem não nasceu para ser grande. Um mÃnimo de grandeza já o desumaniza". (Nelson Rodrigues)
Penso que todos artistas influenciam de uma forma ou outra artistas contemporâneos. Mas, ouvir desde criança musica de qualidade, ajuda bem!
Valeu aÃ, Ruy Castro! Você sempre nos presenteia escrevendo bem sobre o assunto que domina. Bela crônica! Poderia sempre fazer isso. Quando envereda pela polÃtica, costuma não se dar muito bem, como naqueles tempos que você se postou sobre o muro no golpe contra a Presidente Dilma, que aliás faz aniversário hoje, dia da prisão de Brega Neto, o outro golpista.
Parece que o gosto musical das novas gerações foi consumido pelo imediatismo comercial das produtoras, e o mau-gosto impera em músicas pobres, executadas por artistas medÃocres interpretando letras muitas vezes chulas, sem nenhum valor poético. Além dos artistas citados na maravilhasa crônica do Ruy Castro, será que já ouviram um Ataúlfo Alves, um LupcÃnio Rodrigres, uma Dolores Duram, um VinÃcios de Moraes, um Angelino de Oliveira, um Catulo da Paixão Cearense, para ficar só nesstes?
Pois concordo em tudo com você, colega. É de exasperar a mediocridade que chega aos nossos ouvidos sem que possamos evitar. É o som do carro na rua, o vizinho do lado... um castigo dos infernos! Tenho discos do Tom, e de um punhado de seus intérpretes, incluÃdos os craques do jazz que gravaram suas canções do outro mundo. Viva Tom!
Por essas e outras é que o choro é a música brasileira por excelência. Não há músico que toque choro e não saiba quem foram Ernesto Nazareth, Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Garoto e outros virtuoses.
Infelizmente, a atual geração só quer saber de hip hop, pancadão, sertanejo e o que chamam de funk (mas nao eh). Letras pauperrimas, ritmo maçante e repetitivo e letras apelativas, para dizer o mÃnimo, revelando o triste nÃvel de educação do nosso povo. Os bons tempos ficaram para trás e não voltam. Ainda bem que temos as gravações para recordar a era de ouro da musica brasileira. .
Julio, não gosto de nenhum tipo de ladrao, sejam os que roubam joias, sejam os que assaltam fundos de pensão. Quanto ao seu gosto musical - e eh disso que estamos falando - vc deve ser fa mesmo eh do xou da Xuxa.
E o Vinicius Branco só quer saber de Bolsonaro!
voce acabou não respondendo a pergunta.
Você deveria ler a boa crônica novamente!
Confesso que a questão me pegou de surpresa. Não porque duvide da relevância de Tom Jobim - isso seria como questionar a importância do sol para os dias claros -, mas porque, no mundo de hoje, o conceito de influência parece ter se transformado em algo muito diferente. Influência, na era de Tom, significava inspiração, um mestre que apontava caminhos, alguém cuja obra se tornava referência para criar, sonhar ou simplesmente existir. Hoje, influencia quem acumula seguidores, likes e visualizações
Lendo esse monumental artigo uma questão me vem à tona: Qual a música de valor e sucesso deste século no Brasil. Aonde foram os nossos cantores e compositores que tanto nos deleitaram em vários gêneros: De Luiz Gonzaga ao tenorzinho Edson Cordeiro que faz sucesso no exterior porque o Brasil hoje mais sertanejo ou falso sertanejo. Há gente dublando e até rinchando e fazendo sucesso como dupla sertaneja. Sertanejo é gênero musical lindo, basta ouvirmos Luar do Sertão de Catulo da Paixão Cearense..
Certa vez, o radialista e produtor musical Adelzon Alves recebeu em seu programa a banda de forró Mastruz com Leite. A certa altura, após ouvir a falação do pessoal da banda, que não apontava claramente uma influência para seu trabalho, Adelzon cravou o seguinte: "A música nordestina não começou no dia em que vocês nasceram".
Pode-se inquirir se Bach ou Beethoven, por exemplo, exerceram alguma influência sobre compositores de gerações posteriores. Sim, para quem desejava aprofundar-se nas bases sólidas da música. O que não significou necessariamente ter havido o surgimento de novos Bach ou Beethoven, mas de manifestação da arte sob outros parâmetros. A qualidade? Depende da época, do gosto do público, das necessidades de ocasião.
No contexto musical daquela época, não pode ficar sem ser citado o lp Meus caros amigos, de Chico Buarque, que apesar de lançado em 1976, tinha várias canções inesquecÃveis, compostas naqueles anos (inclusive em 1975), tais como: O que será?; Mulheres de Atenas; Vai trabalhar, vagabundo; Meu caro amigo; Olhos nos olhos; Passaredo. (por absurdo que seja, este comentário também vai passar por moderação da Folha; será que é porque eu falei no Chico Buarque?)
A moderação no caso, apesar de injustificável, é do número com mais de dois algarismos.
"E alguém já se perguntou se as novas gerações querem ser influenciadas?"... Ruy propõe uma reflexão importante sobre a falta de nexo entre gerações. Dias desses - podem ser anos - um cantor da nova geração disse ser o primeiro a defender abertamente a bandeira LGBT+ na música brasileira. Fiquei entre pasmo e indignado. Ney Matogrosso fez o quê no perÃodo mais duro e crÃtico da ditadura? Por vezes não é uma decisão sobre não se influenciar. É orgulhar-se de ignorar.
Esse magnÃfico artigo me fez lembrar de uma questão que levantei há algum tempo: como seria a memória afetiva musical da geração que hoje é adolescente ou jovem? O que de bom há para trazer boas lembranças dentro de vinte anos ou mais? Eu sou de uma geração privilegiada que cresceu e amadureceu ouvindo na rádio AM e, depois, FM, tudo o que o Ruy mencionou. Ouço-as hoje com o mesmo prazer e deleite de cinquenta anos atrás!
Oi, não te conheço mas já te considero meu irmão. Também cresci ouvindo AM, inigualáveis emissoras de SP e RJ principalmente. Um abraço.
Excelente texto. A questão do que seja a influência foi posta por Ruy Castro de maneira mais completa e complexa, embora com toda a simplicidade tÃpica de uma crônica, do que muita teoria acadêmica tem feito. A influência não se dá pela imitação, mas pela altura da régua posta pelo gênio para os que querem fazer algo grande também. É questão de parâmetro. Existe isso hoje?
Certas canções jamais deixarão de influenciar pessoas. O mundo de hoje no Brasil ouve outras coisas, em geral de qualidade inferior. Outro dia fui a uma festa jovem do colégio de meu filho. Tudo muito diferente do que curtia na minha juventude. Hoje a musica é descartável, serve pra dançar e fazer rir os ouvintes. Ou seja, serve para quase nada.
Em uma de suas crônicas vc diz ser assinante do “ Terra e-mail”: lhe ofereço um pirulito se conseguir cancelar este serviço. A estrutura leva-o a todos os lugares menos a este, necessitará de muita paciência. Se for realizado após seu óbito, bem vc deixará pessimas lembrancas
Amei seu último livro sobre o Tom Jobim.
Bom exemplo da influência de John Lennon sobre as novas gerações é mostrado no filme "Danny Collins" ("Não olhe para trás", 2015), inspirado num acontecimento real. Ali, um músico jovem e talentoso declara, numa entrevista a um programa de rádio popular, sua admiração pelas composições de Lennon. Décadas depois, muito famoso mas artisticamente decadente, o personagem - vivido então por Al Pacino - recebe uma carta que irá mexer com as suas estruturas.
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